Resenhas - O Resgate no Mar - 2ª Parte

Caroline Gurgel 26/07/2014

Supresa, choque, agonia, amor, aflição, felicidade...
Li os dois primeiros livros da série há quase cinco meses e resolvi dar um tempinho antes de começar o terceiro. Eu já nem lembrava mais porque eu parara a série, mas foi só ler algumas páginas que, puft, claro!, ou eu parava ou a Diana Gabaldon me despedaçava completamente!

Os comentários abaixo são sobre as partes 1 e 2 de O Resgate no Mar, e contém spoiler dos livros anteriores - se não os leu, melhor parar por aqui.

Em A Viajante do Tempo Claire volta cerca de 200 anos no tempo através de uma fenda entre as pedras de Craigh na Dun, conhece Jamie, casa-se e se apaixona perdidamente. Entre muito amor, torturas, castigos e um toque de humor, a autora me conquistou e me fez amar esse casal em cada pequeno detalhe. Fez-me também sentir uma dor que eu jamais sentira em uma leitura, uma agonia quase insuportável, um gosto amargo, um cheiro ruim, uma raiva infinita de um certo Jack Randall e uma vontade imensa de fazer o que quer que estivesse ao meu alcance pelo Jamie, para curá-lo, para salvá-lo.

Passamos para A Libélula no Âmbar e, What the fuck?!, Diana joga um balde de água gelada bem em cima de nossas cabeças. Brianna Randall! Randall?! Claire e Jamie vinte anos separados?! O quê?! E começa a nos contar o que aconteceu com eles no período que antecedeu a tal separação. Não sei se devido ao choque inicial, mas confesso que achei esse livro longo demais, um pouco cansativo - apesar de ainda considerá-lo muitíssimo bom.

O Resgate no Mar é nossa esperança de entender o que aconteceu naqueles 20 dolorosos anos, ou melhor, é nossa esperança de que tudo não tenha passado de uma brincadeira - sem graça! - da sádica, ops, digo, da autora. É, principalmente, nossa esperança de um reencontro entre Claire e Jamie! *suspiros*

Há o reencontro, a sinopse já estraga essa surpresa, mas enquanto ele não chega lemos sobre os anos de Jamie na prisão e vemos Roger e Brianna ajudarem Claire a reunir todas as informações possíveis sobre seu grande amor.

A maior parte da estória continua sendo contada em primeira pessoa pela Claire, mas temos alguns trechos - sobre Jamie - em terceira pessoa. Oh, céus! Pensei que ia morrer de tanto medo e de tanta ansiedade a cada parágrafo, já que a autora adora maltratar o belo Fraser.

É impressionante como essa autora consegue escrever sobre...er...sobre nada e coisa alguma, mas de uma maneira tão envolvente que você nem percebe até que se dá conta de que leu duzentas páginas e nada avançou. Ledo engano! Tudo avançou, tudo tem uma razão, cada frase, cada ação, cada detalhe tem seu porquê e se conecta com algo lá na frente. Ela faz sumir, surgir e ressurgir personagens e histórias! E ai de quem se perder no meio do caminho!!

Como já era de se esperar, um turbilhão de sensações nos acompanha a cada capítulo, muitas sensações, todas, das mais diversas, das boas e das ruins. Porém, considero-as um pouco diferentes - e é difícil explicar o porquê, mas talvez seja por termos aqui situações distintas das que já vivemos nos primeiros livros.

Quantas paradas cardíacas tive? Não sei, algumas, mas cito três delas. Na primeira, lá pela página duzentos, meu coração ficou pequenininho. Não, Diana, não faça isso! Não! Jamie! Nãooooo!

Rá! Grande piada! Mal sabia eu que aquilo não era nada se comparado ao que a querida autora faria no início da parte 2. Diana, sua filha d....., se esconda, mas se esconda bem escondidinha porque se eu lhe encontrar vou lhe matar e lhe cortar em pedacinhos, mas antes disso vou fazer você sofrer, vou apertar uma corda ao redor do seu pescoço até você ficar sem respirar, vou cravar minhas unhas no seu peito e só parar quando o sangue começar a jorrar, vou fazê-la tremer, vou torturá-la até você perceber que é EXATAMENTE isso que você faz comigo! Jenny merecia ser estrangulada e até no Jamie eu quis bater!

E quando você acha que fez as pazes, puft, seus olhos se arregalam quando um certo lorde John Grey aparece. Inspira, expira, pira... Talvez uma parada cardíaca não se encaixe bem aqui, já que meu coração disparou, prendi a respiração, fechei o livro, tomei um copo d'água, reuni todas as minhas forças e continuei - suando frio, mas continuei! Como pode tudo parecer tão palpável? As reações que temos são tão verdadeiras que torna-se embaraçoso ler diante de alguma plateia. Afinal, como explicar que você jogou o livro na parede enquanto rangia os dentes de raiva?!

É o livro mais fantasioso dos três, tem muitas coincidências e um certo misticismo a mais, mas é tão bom quanto A Viajante - ou até melhor. Minha única ressalva é a parte em que se passa dentro do navio, que me entediou e me deixou tão enjoada quanto se eu estivesse a bordo. Adoro o fato do toque de humor continuar presente e do amor entre os dois ser cada dia mais forte, mais sincero e maduro. Amo a sinceridade e a confiança que existe entre eles, amo as declarações, as provocações. É difícil explicar esse amor, um amor que espera e que supera, um amor que transcende o tempo e que só se fortalece. Um amor que compreende sem que palavra alguma precise ser dita. Um amor que faz bem, que ilumina, que é vivo; que me encanta mais e mais, sempre mais! Diana, sua vadia, eu te amo!!!


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Amanda 11/08/2017

Antes de mais nada eu quero dizer que essa nota 3 é um protesto, porque o livro merece facilmente uma nota 4. Mas eu preciso dizer que não é bonito fazer uma história inteira baseada em coincidências. Na parte um foram outras coisas que me decepcionaram, fora que é difícil avaliar como um livro o que na verdade é meio livro.

O ponto chave aqui é que a história é boa, a autora poderia ter feito a mesma coisa, mas de maneira diferente. Eu aceito que depois de vinte anos separados o Jaimie casaria de novo, acredito que ele quisesse tentar formar uma família, que mesmo escolhendo esse caminho, a Claire estaria para sempre em seu coração, mas o Jaimie precisava casar JUSTO com a Vaca Loira? É sério isso, Diana? Tanta mulher bonita e solteira nas terras altas, ele foi casar com a louca que tentou matar o amor da sua vida queimado na fogueira. Poderia ser exatamente a mesma história, um casamento, filhas adotivas, separação, Claire de volta sentindo-se traída, não tanto pelo fato, mas porque o Jaimie preferiu não contar, as brigas, etc. Qualquer mulher agiria como a Laoghaire, tentando defender seu casamento e culminaria nas mesmas consequências quase catastróficas.

Sério que o Fergus foi se apaixonar JUSTO pela filha da vaca loira? Ahh não... sério, para quê? O Jaimie iria agir da mesma forma com qualquer mulher que o Fergus levasse a bordo, Jaimie é um homem muito correto, ele não vira os olhos para certas 'safadezas' ou questões de honra, ele iria ficar bravo com o Fergus por ter trazido e casado com a menina sem o consentimento dos pais, por a menina ser nova demais, por não terem sido abençoados por um padre, culminaria na mesma coisa... E me pouparia virar os olhos toda vez que a fulana - que eu não lembro mais o nome - dissesse "mamãe Claire"...

Sério que a Claire esbarrava ao acaso em pessoas conhecidas? Qual a chance de coincidir lugar e hora para ela encontrar aquele padre - que eu não também não fiz questão de guardar o nome - no meio de Paris? Alguém aí, por favor... Vocês já se perderam das amigas dentro da C&A? Estou ali vendo a roupinha, olho para o lado e... ué? cadê elas? Olho em todas as direções, ando atenta, dou a volta na loja e não acho... Aí eu tenho que ligar para saber onde estão, ou então ficar em pé de vigia do lado da porta esperando alguém querer sair. Mas a Claire esbarra nas pessoas mesmo... DUAS vezes... Não feliz em fazer os dois se esbarrarem em Paris para trocar meia dúzia de palavras, ela ainda conseguiu ir para na mesma ilha que o padre...

Sério que JUSTO no dia e na hora que o Ian foi nadar na ilha das focas tinha mais gente por lá? Sério que JUSTO quem estava por lá era um navio duvidoso que iria sequestrar o Ian? Lógico que Jaimie e Claire se viram obrigados a salvar o Ian e partir as pressas em direção das Américas e JUSTO o navio deles foi interceptado por um navio de guerra inglês? Poxa, olha o tamanho desse mar... Mas essa nem é a pior parte, sério que era um navio levando o novo governador da Jamaica que era JUSTO o John Grey, amigo do Jaimie? Sério que JUSTO nesse mesmo navio tinha a única pessoa que estava participando da trama para desmascarar o Jaimie como contrabandista na Escócia e dedou o Jaimie para o capitão? Sério que depois de uma tempestade a Claire, o Jaime e o navio do Jaime foram parar JUSTAMENTE na mesma ilha?

E o livro ainda não acabou... Porque a Claire conseguiu esbarrar em uma pessoinha random, até o momento, e pasme você, a pessoinha já conhecia o Jaimie da Escócia. Que coisa, não? E para finalizar com chave de ouro, depois de tanta coincidência, você acreditaria que eles iriam parar justo na casa da Geilis Bruxa Loira Duncan? Pois é, ela não morreu. Faria mais sentido se tivesse sido um super mega plano, armado por ela, para sequestrar o Ian, e atrair Jaime e a Claire, mas foi uma coincidência. A Claire conseguiu esbarrar mais de uma vez até com os mesmos escravos.

Finalizando, eu não gosto de coincidências. Quer fazer uma história com toda essa galera aleatória precisando se encontrar, trabalhe para me convencer que o que estou lendo é real, não construído em cima do acaso.

Paola437 12/06/2020

Aventuras e mais aventuras
Sensacional!!!! Esse livro é de prender o fôlego, literalmente. Muita coisa acontece, o elo de Jamie e Claire começa a se reestabelecer, a aventura atrás de Ian, o reaparecimento de Geillis, até então dada como morta, o mistério de Abandawe, nossa, foi uma delícia de ler. E agora o casal está na América, longe de toda a perseguição.

Amei

thais.moore 13/09/2017

Muitas coincidências
A continuacao de resgate no mar me surpreendeu , mas nao foi tao poitiva quanto eu pensava .

O que mais me incomodou no livro foram as benditas coincidências, tudo bem que na vida existem coincidências que te deixam perplexas , mas esse livro ultrapassou todos os limites rs. Acho que tia Diana ao escrever esse volume devia estar passando por um momento de bloqueio mental de imaginacao. Facilmente tirei 1 estrela por esse motivo.

A história e boa e somente nesse volume vamos entender pq o livro se chama o Resgate no mar. Gostei muito da abordagem dos negros e ds escravidao.

O livro me rendeu algumas risadas boas com o meu casal favorido Jaime e Claire.

Bora pro proximo pq ainda tem muita historia pela frente. So torco pra Diana nao se perder no meio de tanto detalhe.

Mila F. @delivroemlivro_ 29/09/2016

Minha série favorita!!!
Recapitulando alguns acontecimentos de O Resgate no Mar, parte I, Claire volta a fazer a viagem no tempo e se reencontra com Jamie após 20 anos de distância, muita coisa mudou na vida dos dois, sobretudo na vida de Jamie que agora é um "contrabandista" e vive sob vários nomes, portanto, Claire - que o conhecia tão bem - tem que aprender a conhecer Jamie e Jamie tem que se abrir para deixar Claire fazer parte de sua vida e isso nem sempre é fácil, pois teria de confessar várias coisas que fez e que tem medo que distanciem Claire.

A volta de Claire não é fácil para ela e tão pouco para Jamie e sobretudo sua irmã Jenny que viu todo o sofrimento do irmão com a ausência de Claire, no ínterim das confusões e dramas da família Fraser, as coisas parecem tomar um rumo totalmente inesperado quando, em Lallybroch, Claire descobre que Jamie está casado com Laoghaire MacKenzie. Acreditem há uma enorme confusão nesta descoberta.

Para se livrar de Laoghaire e sem deixá-la a própria sorte, Jamie acaba saindo numa empreitada em busca de um tesouro que ele descobriu enquanto estava preso em Adsmuir, mas como está machucado, leva seu sobrinho Ian Murray para mergulhar em busca do baú. Nisso Ian é sequestrado juntamente com o tesouro e um navio pirata, o Bruja, segue viagem pelo mar. Essa hora é angustiante, pois Claire e Jamie se encontram em terra firme enquanto o navio segue viagem e o nosso casal favorito nada pode fazer.

Temerosos, angustiados, tristes e confusos Jamie e Claire, partem com um grupo de contrabandistas, Fergus e marinheiros a bordo do Arthemis para seguirem as pistas do Bruja, o navio pirata, que aparentemente está seguindo viagem rumo à Jamaica. Pense numa empreitada inimaginável, longa e perigosa... isso mesmo, há muitos perigos em alto mar e podem acreditar: Jamie e Claire têm a má sorte de passarem pelos piores e mais perigosos eventos.

Em vários momentos da narrativa vemos que apesar do amor entre Jamie e Claire serem uma das peças fundamentais para encontrarem Ian, até porque os casal pode juntar várias peças e serem capazes de montarem o quebra-cabeça todo, é notável como o relacionamento dos dois está muito fragilizado por conta de todo o tempo que passaram longe um do outro e o quanto ainda existem segredos que Jamie não revelou para Claire - e que nós leitores sabemos, pois acompanhamos, no livro anterior, a história dos dois - esses segredos e revelações são desconcertantes e machucam Claire, mas ela é madura o suficiente e tenta solucionar os problemas.

Vale ressaltar que no meio de toda a ação, aventura e dramas da viagem em alto mar, separação, reencontro, quase morte, segredos, o sexo entre Claire e Jamie é ainda de tirar o fôlego e o casal é a coisa mais linda junto. É impossível não suspirar e ficar tipo NOOOOSSA.

Não, não é nada fácil Jamie e Claire conseguirem encontrar Ian, há muita história envolvida nesta trama, e muitos fios que aos pouquinhos são costurados. O plot twist é terrivelmente angustiante, até porque o risco de morte ou de perigo maior é passado por Claire e não Jamie, então é assustador o quanto Claire sofreu neste volume. Além de toda essa ação que deixa o leitor angustiado, ainda nos deparamos não apenas com o perigo de encontrar piratas ou a marinha inglesa, mas de tempestades perigosas, de fato, com a sorte de Jamie e Claire, é previsto: o casal enfrenta tempestade e naufrágio!

Nas páginas finais, Diana Gabaldon surpreende com o desfecho de forma a dar um gancho para o próximo volume, no entanto, é impossível o leitor não se perguntar: o que diabos irá acontecer a partir de agora? Estou confusa e ansiosa. Confesso.

Outlander é uma série que não só fala de viagem no tempo, mas definitivamente faz o leitor atravessar o portal do tempo e se sentir imerso na história. Toda vez que mergulho nesses livro sinto-me atravessando o Circulo de Pedras em Craigh na Dun.


site: www.delivroemlivro.com.br

Marina | @booksbymarina 10/01/2020

Neste livro maravilhoso, temos a continuidade da história de Claire e Jamie, após Claire retornar de seu tempo.
Assim como no anterior, a dinamica e o (re) descobrimento entre ambos continua!

No entanto, temos muito mais aventura aqui do que no anterior.

Este livro é delicioso. Claire e Jamie saem busca de seu sobrinho, Ian, que foi sequestrado por um navio Português. Como sempre, Jamie está sendo procurado, e Claire se joga em aventuras e oportunidades perigosas.

Além da aventura, temos também a desenvoltura do relacionamento entre Jamie x Claire x John Grey.

John Grey ocupa um papel importante na história de Jamie, e Claire sente ciúmes do que isso possa significar. É muito interessante o modo com a Autora lida com a relação e a tensão entre os três.

Por fim, neste livro nos reencontramos com Geillis Duncan, que mais do que nunca está sombria, utilizando-se de bruxaria e profetizando o retorno de um rei Stuart ao trono.

Minha opinião

Esta parte da história é bem mais interessantes que a primeira, aborda temas como escravidão, dilemas morais, feminismo, ocultismo, homossexualidade, assassinatos.

A cena que mais chamou minha atenção é a cena da caverna entre Claire e Geillis, o jeito como Diana descreve os limites que Claire estaria disposta a ir pela filha, por Brianna é espetacular!

Ja sabem, leiam, leiam e leiam!!!

TraumadaAyA 26/10/2022

A loucura que foi isso aqui!
A parte 1 foi simplesmente fantástica, o reencontro de CeJ é muito fofo... Já na parte 2 eu achei que faltou diálogo entre os personagens, queria que tivesse uma conversa mais madura e um tanto quanto definitiva e com tantas páginas acho que a DG deixa a desejar um pouco em profundidade dos relacionamentos de todos...

Achei uma loucura o final do livro, com aquela história de jacaré (quem leu sabe) e eu tava me perguntando pq ela tava fazendo aquilo...

Acho que existem muitas coisas convenientes demais, parece que o mundo é do tamanho de uma ervilha e o universo tá conspirando pra tirar eles das maiores enrascadas o tempo todo!

Apesar de ter muito do que reclamar eu não consigo dar uma nota menor, sou apaixonada nos personagens em si.. amo o Jamie como pai dos filhos dos outros e como estou assistindo a série em paralelo, muita coisa que vejo como falha na história, vejo sendo suprido na tela..


É apaixonante a história em geral, ansiosa demais para os próximos!!!

cotonho72 10/03/2017

Ótimo!
Essa é a resenha do quarto volume da série Outlander, denominado como o Resgate do Mar Parte II

Nesse volume temos foco em Clarie e Jaime, que após vinte anos separados se reencontram e se redescobrem, pois apesar do amor e atração que ainda existe entre o casal, a distancia os obriga a se “conhecerem” novamente.


E é em meio dessa nova fase que Clarie recebe a notícia bombástica: Jamie está casado com Laoghaire (não podia ter feito pior escolha né?). Apesar de várias discussões, de estar triste e ressentida, Claire entende que o casamento não tem relevância para Jaime e o ajuda a descobrir uma forma de obter a anulação do casamento, e assim o casal resolve usar o tesouro escondido por Jaime, na companhia do Jovem Ian, seu sobrinho.

Ocorre que o Jovem Ian é sequestrado por piratas para ser vendido como escravo, e assim Clarie e Jamie embarcam em um navio a caminho das Índias Ocidentais para resgata-lo.

No decorrer da busca o casal passa por diversas provações, que colocam em risco não somente a união dos dois, mas também suas próprias vidas.

Claire e Jaime são os personagens centrais e nos cativam a todo o momento, mas o livro possui muitos outros personagens que também são encantadores, além de resgatar personagens antigos.

A leitura além de extensa é cansativa em alguns capítulos, pois faltou objetividade à autora, os cenários não foram tão bem descritos como ocorreu nos volumes anteriores, mas, em contrapartida, a vida dos escravos, a sociedade em que viviam e aos atos irracionais a que eram submetidos foram muito bem descritos.

Enfim, o livro não é ruim, mas após a leitura dos volumes anteriores o leitor pode ficar um pouco frustrado e até mesmo cansado em alguns trechos da história, ainda assim, a série continua sendo interessante e deixa curiosidade com relação ao próximo volume. Um livro que recomendo com certeza.

site: http://devoradordeletras.blogspot.com.br

Tamirez | @resenhandosonhos 17/10/2018

OUTLANDER: RESGATE NO MAR I E II *esta resenha fala das duas partes
A primeira coisa que eu preciso ressaltar sobre essa resenha é que com a divisão dos volumes, ficou ainda mais complicado falar sobre a história. Eu optei por fazer uma resenha só, comentando ambos, pois afinal de contas estamos lidando com uma narrativa que foi concebida em um volume só. Para aqueles que ainda não leram até pelo menos o segundo, é claro que essa resenha conterá spoilers e, caso você só tenha lido o primeiro tomo dessa terceira parte, é possível que pegue algo por aqui também, então atenção, todo mundo foi avisado!

Eis que todos os forninhos caíram ao fim de A Libélula no Âmbar, quando descobrimos que Jaime estava vivo. Não que fosse algo completamente inesperado, afinal estávamos apenas no segundo livro de uma longa série e as esperanças de que algo tivesse acontecido diferente estavam altas. E esse é o dom de Diana, romper nosso emocional com revelações.

“Eu acordava gritando e gemendo, sentindo o cheiro de desinfetante e ouvindo palavras apaziguadoras, incompreensíveis diante de ecos da gritaria em gaélico dos meus sonhos. Depois adormecia de novo, a mão fechada com força sobre o pequeno ferimento na base do polegar. Então abri os olhos e Frank estava lá. Parado na porta alisando os cabelos negros para trás com uma das mãos, parecendo hesitar – e não era de admirar, pobre homem.”

Meu primeiro pensamento ao descobrir isso foi: Claire precisa voltar! E é claro que isso também passou pela cabeça dela. Porém 20 anos se foram, ela não sabe em que pé Jaime sobreviveu e, acima de tudo, ela tem uma filha e uma vida nos anos atuais.

Daqui em frente vivemos no livro uma busca por respostas: como Jaime sobreviveu, o que aconteceu, como é possível, pra onde ele foi, onde ele está. Esse é o drama principal da primeira parte, coletar informações sobre o que aconteceu. Vamos ter isso retratado através dos capítulos do “presente/futuro”, e também no passado, com um olhar sobre Jaime e sobre o que realmente lhe aconteceu.

O jovem escocês, por mais que pareça azarado, é na verdade dono de uma imensa sorte. Alguém o qual lhe devia um favor cruza seu caminho, e mesmo sendo um inimigo, deixa que ele escape, pois acha que ele está ferido o suficiente para que a viagem o mate, livrando-o o da culpa. Mas Jaime sempre foi resiliente, e não morrerá tão fácil. Sua vida a partir daí varia entre estágios de isolamento, enclausuramento e prisão. Mas ele sobrevive. E adquire novos amigos, inimigos e histórias pra contar.

“Ele nascera um líder, depois foi moldado ainda mais para adequar-se a esse destino. Mas e quanto a um homem que não nascera como o papel que exigiam que ele cumprisse?”

Enquanto isso se desenrola, temos uma Claire aflita e confusa. Ele viveu e isso significa uma série de coisas. E a principal delas é que sua vida poderia ter sido completamente diferente se ela não tivesse voltado. Isso a assombra também. E a vontade de voltar cresce cada vez mais.

Quando ela finalmente toma uma decisão é que a sua parte da história passa a ser interessante. Eu acho que qualquer leitor ávido de Outlander sabe o que ela vai escolher. É impossível ser outra coisa. Claire precisa voltar, reencontrar Jaime, reavivar esse amor e finalmente, finalmente viver.

O que não se pode esquecer é que com tanto tempo tendo se passado, nenhum deles é o mesmo de 20 anos atrás. Claire teve uma filha, fez faculdade de medicina, aceitou Frank novamente, voltou para alguns confortos de anos a frente, está mais velha, mais experiente, tem uma carga sobre seus ombros. E com Jaime não é diferente. Talvez o que ele tenha passado no primeiro e até segundo livro, não chega perto do que ele sobreviveu após Culloden. Ele também não é o mesmo. Será que o amor deles é?

Digo pra vocês que aflita foi pouco, para o que eu fiquei conforme esse momento parecia se aproximar. Eu queria vê-los junto novamente e temia o que iria acontecer. Afinal, no primeiro tomo sabemos apenas de alguns pares de anos, não da totalidade dos 20 que passaram. Será que ele se casou novamente? Tem filhos? O que ele está fazendo? São muitas incertezas, além daquela que lateja até a hora H, Claire é realmente capaz de voltar?

E uma coisa com toda certeza já ficou clara pra mim, Diana Gabaldon é mestra em me deixar agoniada com essa história. Toda vez que leio me pergunto como será possível estendê-la por tanto tempo e eis que ela apresenta algo novo. O fim desse livro (parte II) chegou completamente inesperado pra mim. Eu não fazia ideia e nem tinha recebido spoilers sobre. Agora estou novamente intrigada pra onde isso vai ir e em que encrencas vamos ver os personagens no volume quatro.

O título do livro, Resgate no Mar, acaba por só fazer sentido depois do começo da segunda parte, no primeiro tomo não há referência nenhuma e fiquei me perguntando quando isso iria se esclarecer. A escrita da autora segue cadenciada e muito gostosa de ler. Gabaldon é detalhista, mas não de forma ruim. Ela faz com que nos apaixonemos por seus personagens e lugares pela paixão com a qual os descreve.

“Sempre, sempre, eu tive que equilibrar compaixão e sabedoria, amor e ponderação, humanidade e impiedade.”

Algo que gostei muito de ver aqui foi o quanto ela modificou os personagens sem despi-los de sua essência. Muito tempo se passou, eles tiveram novas experiências, mudaram. Não são os mesmo do primeiro ou segundo livro. E, mesmo tendo algumas posturas diferentes, mantêm aquilo que lhes é mais característico. Eles evoluíram, mas não mutaram em algo completamente desconhecido.

Foi muito legal acompanhar as coisas que se passaram, o quanto eles conseguem sempre se meter em confusão e, até uma situação que acontece no primeiro terço da segunda parte onde eu achei que tudo iria ir por água baixo novamente. Confesso que achei a reação um pouco exagerada e Claire está bem mais no limite nesse livro do que jamais esteve nos outros. Acho que há uma sensação de tudo pode mudar a qualquer momento que a assusta e faz com que a personagem esteja tensa durante grande parte do livro.

2017 vai ser o ano de eu ler o quarto livro e dar continuidade à história desse casal que eu adoro. Comentando um pouco sobre a série, só tive coragem de ver a segunda temporada bem recentemente, pois não queria me despedir dela sem já ter uma próxima temporada. Achei as interpretações ótimas e a fidelidade está altíssima, assim como a primeira temporada. Não vejo a hora agora de ter a terceira temporada pra acompanhar a adaptação de Resgate no Mar. Mesmo estando bem longe do fim, já sei que quando ele chegar vou ficar bem orfã dessa trama.

Se você é fã da série e por algum motivo ainda não tocou esse terceiro volume, vá sem medo. Diana Gabaldon segue emocionando a gente e também fazendo com que demos altas risadas durante a narrativa. Os protagonistas e sua história é encantadora, e o background histórico ajuda a moldar a trama na sua direção. Não sei o que esperar do quarto livro, mas estou ansiosa para seguir em frente.

site: http://resenhandosonhos.com/outlander-resgate-no-mar-i-e-ii-diana-gabaldon/

lady.irrelevante 04/06/2024

Meus piticos
De todos os livros de Outlander que li até agora, esse foi o único que escreveu 4,5 estrelas até agora.

Isso não significa que considero o livro ruim, na verdade ele é muito bom, mostrou o que aconteceu em todos esses anos que Jamie e Claire passaram separados, explicou coisas que não obtemos respostas na série e até aprofundou um pouco mais a história de outros personagens ( o que eu particularmente amei), mas acredito que a minha nota foi baixa (em comparação aos outros dois livros) por causa do tempo que eles passaram no mar.

Teve comédia, teve drama e tudo o mais, mas o momento que eles ficaram no mar acabou ficando um pouco... Maçante? A autora conseguiu deixar a essência de todos intacta, mas a falta de cenário diminuiu algumas oportunidades que deixou tudo meio "ok eles estão no mar e já enfrentaram desde marinha real até piratas, agora vai aparecer o baú do Davi Jones?" O que sim, meio que apareceu também.

E agora finalmente estamos na América, vamos ver como vai ser o próximo livro.

Sheyla 09/06/2020

Muito bom!
Fico me perguntando como a Diana Gabaldon consegue ter tanta imaginação pra dar continuidade a um livro de forma tão extraordinária?!
Emocionante do início ao fim.
Agora os personagens estão mais maduros e o casal Fraser se conhecendo mais uma vez! Prometi que leria outro título depois desse, pra mudar um pouco de ares mas quem consegue viver sem saber o que acontecerá a seguir?! Rumo aos Tambores do Outono. \o/

Lorena 03/08/2016

Sassenach...
Eu realmente não tenho mais palavras para descrever a grandeza de Outlander. Bem, acho que nunca as tive. Essa saga maravilhosa que me conquistou para sempre.
Muitas coisas acontecem nesse livro, muitas coisas acontecem para seus personagens, é um livro maravilhoso para quem ama história, para quem adora romance, para quem gosta de aventura, para quem deseja umas pitadas de mistério e até quem quer magia, são tantos elementos num único livro, na verdade, vários livros porque a saga é bem grande, para minha alegria e também para meu desespero.
Mas no final das contas tudo que interessa é ver Claire e Jamie sempre juntos, nos piores e nos melhores momentos, eles tem o tipo de relação, o tipo de amor, cumplicidade e parceria que qualquer pessoa no mundo desejaria ter e sonha em ter.
E todas nós garotas só queremos ser uma Sassenach e ter o nosso Jamie para amar... Essa vida de conhecer e se apaixonar por personagens literários é bem difícil!

Luana.Andrade 28/07/2022

Eu gosto bastante do reencontro Jamie e Claire, mas não curto muito toda a questão da aventura atrás do jovem ian pelo mar e novamente eles se separando, depois de quase 2 mil páginas de outlander parece meio batido. Mas mesmo assim a autora consegue a fluidez.
De qualquer modo, os livros não me agradam tanto quanto a série.

Rose 12/09/2015

Podemos afirmar claramente que Claire e Jamie não tiveram uma vida fácil. Obrigados a viverem separados, não só fisicamente, mas principalmente em épocas bem distintas uma da outra, eles tem pela frente 20 anos para passarem a limpo.
Logicamente ambos estão mudados e não só fisicamente. Mas o que parece não ter mudado foi o amor existente entre os dois. Um amor forte o bastante para não só sobreviver aos anos de separação, como também vencer a distância do tempo e espaço.
Agora que estão juntos novamente, e que Jamie está conhecendo um pouco sobre sua filha por intermédio de Claire, eles terão uma longa e difícil situação a enfrentarem: resgatar Ian, sobrinho de Jamie do mercado de escravos.
Fora esta situação tensa, onde além de enfrentarem piratas, epidemia de tifo e mares revoltos e traiçoeiros, ainda tinham que lidar com a própria desconfiança que nascia entre ambos.
Claire estava um pouco indecisa se Jamie era o mesmo homem por quem se apaixonara e por quem ainda era apaixonada. Aquele homem que estava na sua frente tinha muitos segredos, de uma vida da qual ela não fazia parte. E não era fácil encarar o segundo casamento de Jamie e a saudade de Brianna.
O único lugar que ela já se sentiu em casa, e que sabia Jamie amava, já não a recebia como outrora. O próprio Jamie não sentia-se mais tão em casa. A vida de ambos precisa de um novo rumo, mas eles terão que esperar, pois antes de tudo, precisaram cruzar as Índias Ocidentais e encontrarem Ian.
Só depois disso é que poderão sentar e decidirem o que querem para si mesmo e para a união de ambos.
Mais uma vez Diana me conquista, e mais uma vez ela castiga meu amado Jamie. É impressionante como ele não tem uma folguinha... É só confusão, fuga e confusão. O pescoço dele vive a prêmio, quem vê até pode pensar que ele é um personagem com ações desprezíveis...
Mais uma vez também acho que a autora poderia fazer um enredo mais enxuto, não que eu não tenha gostado, mas mesmo assim acho que algumas partes poderiam ser descartadas.
Neste volume, diante de todos os acontecimentos, de todas as idas e vindas, uma ação me desagradou imensamente e fez eu colocar o personagem na minha lista negra, que aliás, acho que dificilmente sairá de lá! De quem estou falando? Da Jenny, a irmã de Jamie.
Achei extremamente egoísta e mesquinho o que ela fez com ele. Metendo-se entre ele e a Claire. Sabendo que sua ação provocaria uma confusão sem tamanho e possivelmente a partida de Claire. Logo ela, por quem Jamie fez tudo, foi preso, torturado, viveu foragido, deu as própria terras dele para ela, ajuda a sustentar a multidão de filhos que ela tem. Lamentável! Ainda mais por ela saber exatamente como Jamie amava, ou melhor ama Claire. Do quanto ele sofreu achando que ela estava morta, que nunca mais a veria. Ela só pensou nela mesma, justamente contra uma pessoa que nunca pensa em si própria, que sempre faz as coisas pensando antes nos outros.
Felizmente tanto Claire quanto Jamie são cabeças duras suficiente para não se deixarem abater. E caso você ainda não tenha começado a ler esta série, não perca tempo, a cada novo livro o enredo melhora e ganha novos ares. Ah, e não se assuste com o tamanho nos livros, acredite, mesmo eu achando que a autora poderia diminuir sua história, em nenhum momento nos sentimos entediados com o enredo. Pelo contrário, queremos é mais Jamie!


site: http://fabricadosconvitesblogspot.com

Thais 02/05/2010

... e os dois são novamente um só!
Não esperava o ressurgimento de Laoghaire. Isso é fato. Assim como não esperava o encontro com a Sra. Abernathy.

Muita adrenalina neste livro, mas bastante diferente dos anteriores. È incrível a capacidade que Jamie e Claire possuem de se meter em confusão. Algumas cenas um tanto esdrúxulas, como as ocorridas com o padre na ilha, e com os escravos e o reverendo.

As páginas 442 e 443 realmente são de profunda emoção. Meus olhos transbordaram ao lê-las.

"- Só você – ele disse, tão baixinho que eu mal podia ouvi-lo. – Adorá-la com meu corpo, dar-lhe todo o serviço de minhas mãos. Dar-lhe meu nome e todo o meu coração e minha alma também. Só você. Porque você não me deixará mentir... e assim mesmo você me ama."

Os segredos não existem mais. Jamie e Claire são novamente um só corpo, uma só alma. "Sangue do meu sangue, ossos dos meus ossos [...] até o fim de nossas vidas."

Muito além do fim, na minha humilde opinião. Esse amor que transcede o tempo não será minado pela mortalidade.