rhesus 31/05/2024
Finalmente terminei esse aqui.
Esse livro me surpreendeu no final! Por ter uma finalização extremamente sombria, cruel e agoniante. O destino final de Emma, Charles e sua filinha é de cortar o coração.
O autor demorou 5 anos pra finalizar e eu senti que estava há 5 anos lendo essa história. Cheguei a cochilar em alguns momentos, o que me fez pensar se era a intenção dele de mostrar o quão entediante uma sociedade francesa e burguesa consegue ser, ou se ele só escreve meio mal mesmo. Esse livro é maior do que deveria ser, ele se arrasta, os diálogos soa chatos (apesar de alguns momentos engraçados). É aquele tipo de história que, para mim, só se encaixa conforme vai chegando ao final.
A Emma é uma mulher entediada e entediante, ela acha que é muito mais do que realmente ela. Ela idealiza tudo na vida dela, vive de ilusões tão fortes de como a vida deveria ser, no amor (em que não ama ninguém de verdade), na maternidade (sendo uma péssima mãe), na vida financeira (possuindo talento nenhum e nenhuma herança grande). Ela vive na procura do que não tem e não pode ter, ela é insatisfeita com todas as partes da vida. Pobre de espírito, cheia de ganância e invejosa, vive de sonhos em busca de uma vida perfeita (da qual entendemos que, mesmo se ela tivesse tudo, não estaria satisfeita). Tudo para ela é sentimentalista demais e exagerado, é sufocante! As cartas que ela escrevia ao Rodolphe, os diálogos entre eles, mostra como ela era desesperada e maluca. Às vezes eu tinha vontade de sair correndo junto com ele.
De toda forma, não é um personagem a se ter pena. Tive pena foi do Charles que, apesar de sua mediocridade, é esforçado e teve um final de amargura e derrota.
Enfim, é uma história que melhora no final, mas nem de longe entraria no meu top de clássicos.