Resenhas - Orgasmos Fatais

Renato420 11/09/2016

Realmente Fatais
Sabe aquele livro que o título, a capa e até a sinopse indicam certo enredo, e voce se motiva pra ler, mas que no transcorrer da leitura voce vai descobrindo que se trata de algo muito mais além? Pois bem foi essa prazerosa sensação que pude desfrutar recentemente.

Escrito pela carioca Fernanda Borges e publicado em 2011 pela editora Biblioteca 24 Horas, “Orgasmos Fatais” faz jus ao título. Com 270 páginas, o livro é uma aventura policial, recheada com muito suspense e com pitadas eróticas bem, bem quentes. Eu sinceramente pensei que o erotismo seria maior, mas a dose presente é de bom tamanho.

A trama gira em torno do trio Mariana, Daniela e Douglas, com participação efetiva de outros(as) personagens. Mariana é encontrada pela mãe, Mary, com quem morava, ensanguentada, agonizante. Antes de dar o ultimo suspiro, a moça murmura para a mãe as palavras “foi ela”. Essa “ela” se trata da Daniela. As duas moças possuíam atritos, e os motivos deles era Rodolfo, jornalista e advogado influente, noivo da Mariana. O cara já tinha sido amante da Daniela!

O policial responsável pela investigação é o Douglas. Ele já possuía experiência em casos semelhantes, mas o emaranhado que se desenha diante dele parece muito complexo. A moça acusada de cometer o crime apresenta-se na delegacia e em seu depoimento ela afirma que no dia e hora do crime estava em outro lugar, na companhia de sua amiga, álibi esse que é confirmado por outras testemunhas.

Diante dos fatos, Douglas parte para descobrir o culpado e nessa busca ele esbarra em possíveis suspeitos, como o próprio noivo da Mariana, sua irmã e seu cunhado. Todavia, muitas surpresas estarão reservadas para o policial.

As moças são muito bonitas. E além da beleza, a luxúria também faz parte de suas vidas. Surge uma forte atração entre Douglas e Daniela, mas eles não podem dar lugar a esse desejo. Ou podem? O policial luta e muito para não deixar sua libido falar mais alto que seu dever. A tentação é grande...

O que o final reserva? Você precisa ler. O desfecho é sim, surpresa. E particularmente uma parte deste desfecho fez com que eu me tornasse ainda mais admirador da obra.

A historia não fica devendo nada aos grandes best sellers que seguem a mesma linha. Uma das coisas boas de ter acesso a livros de autores e autoras desconhecidos(as), fora do círculo dos famosos, é poder saborear uma leitura boa, envolvente, e poder também indicar para aqueles(as) que também gostam de se deliciarem com boas leituras

Xandy Xandy 07/05/2017

Thriller erótico eletrizante!!!
A história começa quando Mary Alves resolve fazer uma visita e acaba por encontrar sua filha Mariana no sofá, gravemente ferida. As últimas palavras de Mariana foram: “Foi ela, foi ela”.

Entra em cena então, o inspetor de polícia Douglas, que é designado para o caso. Ele começa por ouvir os membros da família da vítima e um nome surge como possível autora: Daniela. Mas quem era a tal mulher?

Ao conhecê-la, Douglas descobre que Daniela é uma belíssima loira e ex-namorada de Rodolfo, político poderoso e influente e de quem Mariana era apaixonada a tal ponto de criar um perfil falso no Orkut sobre ela, dizendo que ela seria uma garota de programa. Ela também era uma inspetora de polícia licenciada, que mantinha um restaurante de frutos do mar.

Douglas acaba por envolver-se com Daniela a ponto de apaixonar-se por aquela bela, sedutora e inteligente mulher, que demonstra uma frieza capaz de levantar suspeitas em sua cabeça: mesmo tendo um álibi sólido para a hora do crime, seria ela a autora de um crime tão cruel?
Quer saber mais, visite: https://lendomuito.wordpress.com/2017/05/07/orgasmos-fatais-fernanda-w-borges/

site: https://lendomuito.wordpress.com/2017/05/07/orgasmos-fatais-fernanda-w-borges/

Cris 26/05/2013

Absolutamente surpreendente!!!
Quando decidi ler Orgasmos fatais foi motivada pela curiosidade em ler o próximo livro da Fernanda, e como só tinha lido boas críticas quis ler o primeiro antes de sair o segundo. Em momento algum subestimei a capacidade da escritora, até porque sou uma entusiasta da nova safra de escritores brasileiros. Apesar de achar que gostaria da leitura não imaginava que fosse tão bom, e bem escrito como foi. Encontrei um errinho ou outro de pontuação ou de alguma letra trocada; que deve ter passado despercebido na edição.
Logo após o assassinato e o desenrolar da trama policial eu achei um toque nítido de instinto selvagem,e principalmente na personagem Daniela e Catherine Tramell. Não foi surpresa ao ler no fim do livro que a história teve influência em seu livro.
Não errei em minha opinião em quem seria o assassino desde o começo, o que de modo algum tirou o brilho do desfecho e a surpresa de como ele se dá.
Só tenho a agradecer pela ótima história, bem desenvolvida, bem explicada, onde percebemos uma cuidadosa pesquisa, com embasamento em suas colocações, tanto jurídicas como policias. Sua escrita é fluida, não tem vícios de linguagem ou alguma 'muleta verbal'. Fernanda Borges é uma escritora iniciante que já chegou com jeito de veterana, e seu livro nos deixa claro o seu dom. Recomendo para quem gosta de romance policial, e antes de tudo para quem gosta de um livro bem escrito. Muito ansiosa pelo próximo lançamento!

Raredes 23/05/2013

Um suspense delicioso e cheio de reviravoltas. Vale a pena ler.
Mary Alves encontra sua filha, Mariana, agonizando no sofá da sala após levar várias facadas no tórax. Depois de pedir por ajuda, Mary ainda teve tempo de escutar as últimas palavras da filha: “Foi ela, foi ela.”.

Durante a investigação desse assassinato, o Inspetor Dougas, designado para investigar o caso, acaba conhecendo Daniela.

Daniela é linda, loura, poderosa e policial civil também – como Douglas. A partir desse ponto, Douglas trava uma batalha com ele mesmo: uma parte dele quer Daniela e por isso precisa acreditar que ela é inocente; outra parte, a profissional, sabe que se envolver com um suspeito é altamente errado.

Partindo dessa atração que policial e suspeita têm um pelo outro, uma série de acontecimentos se desenrola e a trama fica muito, muito interessante. De fato, em certos momentos fica muito difícil de saber quem é bom ou mau, quem cumpre a lei e quem não. Certo e errado se enredam de tal maneira que fica difícil saber quando acaba um e começa outro.

O que o livro tem de bom:
A trama é muito bem pensada e a escritora domina a técnica de fazer suspense. Sabe exatamente a hora em que deve mudar de assunto pra manter o leitor curioso sobre o desenrolar de um evento.
Os diálogos são rápidos, e muito bem escritos.
O que não é tão bom:
A narrativa poderia ser mais coloquial.

O uso de palavras como genitora ao invés de mãe e de expressões como “a(o) mesma(o)” ou “este(a)” pra se referir a um sujeito comprometem a narrativa e dão a impressão, ao leitor, de que se está lendo um B.O.ou uma daquelas declarações feitas em cartório.

Pra quem nunca leu um B.O. vou dar um exemplo do que digo com um trecho da página 50 do livro: “… disse ele, dando um sorriso simpático para Daniela. Esta permanecia aparentemente calma…”

O que esperar do livro:
A trama é realmente muito boa, e cheia de reviravoltas. O texto tem alguns problemas de revisão e de diagramação, coisa muito comum em produções independentes mas nada que prejudique o andamento da história.

Eu mesma já peguei absurdos como “chícara” e “sinto de segurança” em publicações da Suma de Letras e da Intrinseca então, pessoalmente, acho que Orgasmos Fatais mandou muito bem.

A ambiguidade ou dualidade dos personagens também me agradou muito. Sobretudo com relação ao herói da história. Douglas não é aquele homem perfeito, profissional irrepreensível que alguns autores teriam apresentado. É um homem tão cheio de defeitos quanto de virtudes. De fato, em alguns capítulos eu me peguei questionando o caráter e o profissionalismo dele. É um anti-herói.

O texto também carrega duras críticas ao sistema de comando e ao funcionamento organizacional da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Pareceu que, às vezes, pra um crime ser resolvido, é preciso um cavaleiro solitário que se disponha a trabalhar sem apoio e sem suporte.

Vale a pena ler Orgasmos Fatais?
A gente aqui no LeVo lê de tudo, sem preconceito e, quem já leu a sessão Quem Somos do blog lembra que pra gente, não existe livro bom ou ruim. O que gostamos mesmo é de uma boa história.

Mas, é claro, que temos nossos julgamentos pessoais, e eu tenho um método muito particular pra decidir se eu acho um livro bom ou não.

Pra mim, um livro é bom quando: ou eu sonho com a história dele, mesmo que seja acordada; ou eu não consigo parar de ler até ver o final.

Orgasmos Fatais entrou na minha pele antes do fim do segundo capítulo. Esse foi o tempo que eu precisei pra me acostumar com o estilo da narrativa e mergulhar de cabeça na história. Depois disso, só sosseguei quando cheguei ao final da história.

Nanda Meireles 12/01/2013

Super indicado!
Um suspense quente.

Uma trama policial temperada com personagens intensos, tiradas inteligentes e divertidas.

A história começa com um brutal assassinato de uma linda jovem. Uma investigação minuciosa é iniciada pelo charmoso detetive Douglas e as suspeitas caem sobre Daniela, a quem, aparentemente, tinha maiores motivos para o crime.

Deliciosamente escrito, Fernanda me surpreendeu totalmente com o uso tão apropriado de seu conhecimento sobre nosso sistema judiciário entre as cenas de investigação de uma forma imprevisível que tornou a leitura viciante.

As reviravoltas seguiram até a última página, onde somos brindados com um desfecho sensacional!

Super indicado!

Ilmara Fonseca 20/07/2011

Um orgasmo intelectual!
A escritora Fernanda Borges nos traz um romance policial com muito mistério e uma trama muito envolvente. O livro prendeu a minha atenção da primeira até a última página e realmente me surpreendeu com o final.

Tudo começa quando Mary encontra sua filha, a bela Mariana Alves, agonizando e morrendo logo em seguida. O assassinato misterioso tem vários suspeitos e entre eles está Daniela, inimiga declarada de Mariana e Rodolfo, noivo da vítima e ex-amante de Daniela.

A partir daí, começam as investigações para solucionar esta morte brutal. Douglas, o responsável pelas investigações, vai trilhando passo a passo os caminhos desta história ao mesmo tempo em que se vê envolvido num jogo de poderes e sedução. Ele é um policial à moda antiga, que acredita nos valores e na justiça, mas se vê enredado pelas ardilosas curvas de Daniela.

O romance é recheado de surpresas e só lendo até o final para conseguir descobrir quem é o assassino. E quando você pensa que acabou, é novamente surpreendido! Você é surpreendido a cada linha, numa escrita rápida, objetiva e cheia de detalhes. Cada parágrafo atua como uma peça de um complexo quebra-cabeças que vai se montando rapidamente à nossa frente.

Fernanda traz em sua escrita um detalhamento rigoroso sobre a rotina policial, fazendo uma boa crítica ao sistema. Também afronta ao modo maniqueísta de posicionar os fatos mostrando que a linha que separa amor e ódio é mais tênue do que imaginamos. E as cenas mais “picantes” são muito bem escritas, temperadas com muita sensualidade e malícia. Os personagens são muito bem construídos e é como se os conhecêssemos, tal a riqueza e propriedade com que a autora os apresenta.

Fico muito feliz em ler e conhecer novos autores nacionais e mais feliz ainda em saber que são livros tão bem escritos e tão bons. Adorei e estou ansiosa para ler o próximo. Desperta em nós um prazer de conhecimento, um verdadeiro orgasmo intelectual!