Bem-vindo ao deserto do Real!

Bem-vindo ao deserto do Real! Slavoj Žižek




Resenhas - Bem-vindo ao deserto do Real!


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Juliano 11/08/2018

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Thiago 14/03/2014

Bem-vindo ao deserto do Real
Segundo livro do Zizek que leio e dá pra perceber um certo padrão em sua escrita. Tive alguma dificuldade na compreensão de alguns termos. O fato de ter lido "Como Ler Lacan" me ajudou com os conceitos lacanianos, porém para outros termos (novos pra mim) foi preciso ler alguns parágrafos mais de um vez (duas ou até três)o que deixou minha leitura um pouco lenta. Atribuo essa dificuldade ao fato de ser neófito nos campos da filosofia, sociologia, psicologia...

Zizek é um crítico ácido e não mede esforços em criticar tanto a esquerda como a direita - e o faz muito bem. Apesar do livro girar entorno do 11 de setembro e os acontecimentos diretamente ligados a ele, o esloveno busca dialogar também com o passado distante e recente dos 2 lados do espectro político afim de trazer um pouco de clareza para os acontecimentos presentes. É nesse livro que encontramos uma de suas frases mais populares na internet (pelo menos no Brasil): "com essa esquerda que está aí, quem precisa de direita?". Que foi usado num contexto de dura crítica às soluções da esquerda americana no pós 11 de setembro.

"Bem vindo ao deserto do real" é muito mais que sua proposta original (o 11 de setembro), trás diversos assuntos para a mesa do debate e gera no seu leitor boas reflexões. Acaba por ser uma porta de entrada para diversos assuntos que orbitaram o 11 de setembro. Acredito que, como uma coletânea de ensaios, cumpre muito bem o seu papel.
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Lista de Livros 24/12/2013

Lista de Livros: Bem vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek
“Com essa “esquerda” (que temos hoje), quem precisa de direita?”
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“Ao longo do século XX, percebe-se o mesmo padrão: para esmagar seu verdadeiro inimigo, o capitalismo começou a brincar com fogo, e mobilizou seu excesso obsceno disfarçado de fascismo; mas esse excesso assumiu vida própria, e se tornou tão forte que o capitalismo “liberal” foi forçado a unir forças com seu verdadeiro inimigo (o comunismo) para derrotá-lo. Significativamente, a guerra entre o capitalismo e o comunismo foi uma guerra fria, ao passo que a grande guerra quente foi lutada contra o fascismo. E o caso do Talibã não seria idêntico? Depois de criar um fantasma para combater o comunismo, eles o transformaram em seu principal inimigo. Consequentemente, mesmo que o terrorismo nos mate a todos, a guerra americana contra o terrorismo não é a nossa luta, mas uma luta interna do universo capitalista. O primeiro dever de um intelectual progressista (se é que esse termo tem ainda hoje algum significado) não é lutar as lutas de seu inimigo por ele.”
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“As “férias da história” dos EUA foram uma farsa: a paz americana foi comprada com catástrofes que aconteciam por toda parte. Nos dias de hoje, a imagem dominante é a de um olhar inocente que confronta o Mal indizível que atacou do Exterior – e mais uma vez, com relação a esse olhar, é preciso reunir forças para aplicar a ele o conhecido dito hegeliano de que o Mal reside (também) no olhar inocente que percebe o Mal em tudo.”
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Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2013/10/bem-vindo-ao-deserto-do-real-slavoj.html
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Erick 21/01/2013

Bem-Vindo ao Deserto do Real
Em Bem-Vindo ao Deserto do Real, Zizek faz uma critica a ideologia, sendo esta a que fundamenta o estilo de vida ocidental. Antes de tudo, deve-se entender Real não no sentido de realidade, mas no sentido lacaniano de "Coisa que escapa a nossa apreensão, o princípio de distorção da realidade".

A partir dessa critica a ideologia que Zizek caracteriza a era moderna como "Paixão pelo Real", o período em que os conflitos chegam a tal ponto, que a realidade perde seu conteúdo totalizante. Para isso, ele conta uma anedota da antiga Alemanha oriental.

" Um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda sua correspondência será lida pelos censores, ele combina com os amigos: ' Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver em tinta vermelha, tudo é mentita'. Um mês depois, os amigos recebem uma carta em tinta azul: ' tudo aqui é maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes Ocidentais, há muitas garotas, sempre prontas para um programa - o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha".

Zizek conta esse causo para exemplificar o atual sentimento dos povos: falta-lhes a tinta vermelha para expressar sua verdadeira condição, ou seja, só nos sentimos livres por nos faltar uma linguagem que articule nossa não-liberdade.

É nesse contexto de sensação de infelicidade generalizada que ele insere os grandes conflitos de nossa época: "guerra ao terror", "democracia e liberdade", direitos humanos" etc. Todos esses tópicos são postulados como Absolutos, o estado normal das coisas, quando é necessário se escolher um dos lados: ou se está do lado das "democracias ocidentais", ou dos "terroristas islâmicos". Zizek enfatiza que se deve evitar escolher um dos lados, " pois quando as escolhas são muito claras a ideologia se encontra em seu estado mais puro e as verdadeiras escolhas se tornam obscuras".

Após os atentados de 11 de setembro, estabeleceu-se o conflito do Bem contra o Outro. O Bem são todas as democracias ocidentais, capitaneadas pelos EUA, que lançaram uma guerra contra o terrorismo. O Outro é qualquer resíduo de resistência as imposições do Ocidente. Por isso deve evitar escolher, pois a democracia liberal não é uma alternativa ao fundamentalismo religioso, visto que o ocidente, a medida que dinamiza suas relações capitalistas, é reduzido a imobilidade social, ou seja, uma ordenação "democrática" que proporciona a falsa sensação de liberdades, implantando a " noção totalitária de um mundo administrado, em que a experiência mesma da liberdade subjetiva seja a forma como surge a sujeição aos mecanismos disciplinadores".
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Lucas Ferreira 03/01/2010

Mais real do que a realidade
Este foi o meu primeiro livro de Slavoj. Crítico tanto da esquerda quanto da direita (principalmente norte-americana), ele dialoga Lacan com os pós-modernos e ataca Habermas no que tange a questão do genoma (na qual diz que o herdeiro da Escola de Frankfurt acaba se aliando aos mais reacionários da Igreja ao se posicionar contrário à manipulação). Ponto alto para o autor que no meio disso tudo, utiliza o cinema Hollywoodiano como exemplo de algumas de suas teoria. “Bem-vindo ao deserto do real” é uma das frases proferidas por Morpheus, da série Matrix.

“O fato dos ataques de 11 de setembro terem sido a matéria de fantasias populares muito antes de realmente acontecerem oferece mais um exemplo da lógica tortuosa dos sonhos: é fácil explicar o fato de os pobres de todo o mundo sonharem em se tornar americanos – mas com que sonham os americanos abastados, imobilizados no seu bem-estar? Sonham com uma catástrofe global que viria a destruir suas vidas” (p.31-2).

Sua prosa é muito fluída e agradável. A tradução está muito boa e o artigo do professor Vladmir Safatle, no final do livro, auxilia quem quiser um aprofundamento nas discussões.
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Joaquim 31/07/2009

Bem Vindo ao deserto do Real
O livro de Slavoj Zizek é um convite ao conhecimento filosófico de diversos temas, entre eles o pensamento liberal, a realidade segundo Lacan e a desconstrução segundo Deleuze. Zizek, de maneira bem simples, fala nesse trabalho sobre o Filme "Em busca do vale encantado", cujo o autor faz uma paralelo com a idéia liberal de de sociedade multicultural.
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