spoiler visualizarTata_liaaa 30/04/2024
Deveria ter começado pelo livro
De início, acho fundamental pontuar que sim, existem diferenças entre o livro e série, mas muitas delas estão em detalhes e omissões, portanto, de acordo com minha memória longínqua da primeira temporada, parece-me uma boa adaptação.
Todavia, como já era de se esperar, o livro traz uma magia diferente, colocando o leitor dentro da cabeça de cada personagem e nos guiando a uma compreensão mais profunda de uma série de situações, interesses e conflitos.
Nesse livro, pudemos ver melhor a honra do Eddard e como ela foi o ponto crucial de sua morte, uma vez que, se ele não tivesse tentando ser tão ?correto? com a Cersei, muitas das coisas provavelmente não teriam acontecido. Pudemos ver que a Caetelyn não é só uma chata, reclamona e sofredora, pelo contrário, mostrou-se uma mulher forte e muito inteligente, planejando uma série de ações e auxiliando na construção de tantas outras estratégias (estando no direito dela de não gostar da situação que levou ao surgimento do Jon). Sobre ele, conseguimos ver que ele é mais do que o rei da coitadolândia, como na série, mostrando-se muito maduro e preparado para idade, revelando sim muito da da honra de seu pai, mas uma força que apenas um bastardo poderia ter, é claro que fiquei incomodada com o esforço dele em citar todos como irmãos, exceto a Sansa, mas veremos mais.
Entrando nas crianças Stark:
-O Robb se mostrou um personagem muito mais interessante no livro, a ponto de sentir falta de uma narração dele em uma série de momento e ocasiões;
- A Sansa parece uma menina que foi muito protegida, mimada e treinada para uma realidade muito diferente dos outros irmãos, o que a colocou em terrível desvantagem, a qual, no final do livro, já revela uma mudança, através de seu novo olhar em relação ao insosso do Joffrey
-A Arya começou como chata, desenvolveu-se como uma chata diferente das outras garotas e burra por não conseguir sequer enxergar o poder da educação e de outras abordagens que não envolvam violência e teimosia, porém, já no final do livro, ela parece mais interessante, provavelmente por deixar de lado a vida no castelo e encontrar uma nova realidade.
-O Brann e o Rickon vou deixar em aberto, porque acredito que ainda há muito para ver.
Sobre nossa rainha mãe dos dragões: IMPECÁVEL, disparado o melhor ponto de vista do livro, com uma evolução sensacional já no primeiro livro, demonstrando uma inteligência, força, gentileza e ao mesmo tempo uma inocência típica de sua pouca idade e da falta de experiências. Ela cometeu seus erros, mas não falhou em convertê-los em acertos.
O Tyrion, desde cedo, um personagem interessante, que traz muitas críticas e muito alívio cômico, sem perder a sagacidade, mas sei que ainda vou me frustrar muito com ele.
No mais, para o primeiro livro de uma saga extensa, acredito ter sido uma boa introdução para o universo, conseguindo apresentar os conceitos e organizações sem deixar maçante ou repetitivo.