Macbeth

Macbeth William Shakespeare
Manuel Bandeira
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Resenhas - Macbeth


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Daniel 06/07/2019

Pouco a dizer sobre o ambicioso Macbeth
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2019/07/macbeth-tragedy-of-macbeth-de-william.html


WallaceSD 01/01/2013

Macbeth
Como toda tragédia de Shakespeare, "Macbeth" surpreende a cada ato. A riqueza de detalhes e a forma como a história se amarra me deixou preso a leitura. A maneira como shakespeare trabalha a ambição pelo poder, as consequências da busca imensurada por ele e como isto afeta o psiquê de cada personagem é impressionante. Sem falar que a parte mais mística da história é sempre divertida, e no caso de "Macbeth", muito instrutiva, vendo que depreende-se o perigo de acreditar cegamente em profecias sem analisar os vários lados que elas podem ter.
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Luciano Luíz 24/03/2016

MACBETH, a menor obra SHAKESPEREANA. Aqui outra vez vemos um homem e sua esposa obcecados pelo poder. Ele mata o rei e assume o trono. E assim os verdadeiros herdeiros são caçados e blá, blá, blá... É mais do mesmo que já vimos em tudo quanto é livro, quadrinho, filme, novela, série...
A narrativa é aquela já conhecida. O texto em alguns pontos flui rápido, em outros é bem arrastado. Tem mais traições, mais mortes e claro, batalhas físicas e verbais.
Macbeth não me conquistou. Eu esperava que fosse algo do nível de Hamlet.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/L-L-Santos-254579094626804/?fref=ts
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Maria Bárbara Menezes 19/06/2016

O estudo da degradação da alma e cultivo do mal
Macbeth foi escrita em 1623, porém há indícios que foi em 1606, devido a fatos e eventos que influenciaram a peça e a incentivaram. É a mais curta de todas as tragédias de Shakespeare, porém na minha opinião a mais intensa. Nela o autor utilizou de lendas, histórias e culturas antigas da Inglaterra e Escócia para criar o tão fiel cenário que se passa. Aqui o autor estuda a degradação da mente humana, inicialmente boa, corrompida pela ganância. Ele até mesmo nos leva a questionar se aquela alma, a de Macbeth, era mesmo boa ou já possuía o mal em suas profundezas. Uma peça única e intensa, marcada por tragédias e assassinatos.
Macbeth, honrado general, que após ouvir o presságio de 3 bruxas, decai ao mal começando a conspirar contra seu próprio rei e cometendo o assassinato. Tomado pelo medo e a ganância começa seu reinado com o sangue de todos os que lhe apresentem ameaça.
Riquíssima leitura!
Recomendo a todos os leitores!
Shakespeare é brilhante!
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Bells 19/05/2013

Fantástico
Um drama teatral que nos proporciona emoções diversificadas, de personagens marcantes e bem montados; Macbeth, após receber de três bruxas a previsão de que seria rei, não mede esforços nem consequencias para chegar a concretização de seus ideais, e obter total poder sobre todos.
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Dora Sales 21/09/2016

Macbeth - Resumo
----------------------------------------------------------------------------------------- SPOILERS
Macbeth e Banquo eram generais do exercito da Escócia. Após uma guerra, os dois ouvem vozes de três feiticeiras que lá apareceram. Essas feiticeiras profetizam que Macbeth iria ganhar o título de Barão de Cawdor e posteriormente viria a ser o novo rei da Escócia.
Macbeth e seu amigo Banquo ficam intrigados e logo Banquo pede que as feiticeiras profetizem algo para ele também. Elas o falam que Banquo gerará reis, mas não será um.
Após a saída das bruxas, um mensageiro informa a Macbeth que ele é o novo Barão de Cawdor e que o antigo iria ser morto no mesmo dia por traição.
O rei parabeniza Macbeth por seus feitos na guerra e se oferece para comemorar no castelo do novo Barão. Macbeth então vai depressa para casa avisar sua esposa sobre as novidades, apenar de já ter mandado uma carta para Lady Macbeth onde falava sobre as profecias das bruxas.
Lady Macbeth influencia seu marido para que ele mate o rei Duncan e assuma seu lugar, como foi dito nas profecias.
Aos gritos, todos na casa acordam e Macbeth e sua esposa encenam desespero e tristeza. Após descobrirem que os guardas assassinaram o rei, Macbeth mata os dois para que não possam falar.
Com medo de serem assassinados também, os dois filhos do rei, Malcolm e Donalbain fogem e a culpa da morte do rei Duncan recai sobre eles.
Macbeth é o novo rei, no entanto seus atos maléficos começam a pesar em sua cabeça e ele vai tendo ainda mais visões estranhas. Ele manda matar Banquo e seu filho, para que os descendentes de Banquo não se tornem reis, mas os assassinos contratados só conseguem matar Banquo, o garoto escapa.
Macbeth então começa a ver o espírito de Banquo no banquete que planejou para comemorar sua coroa. Macduff não havia comparecido ao Banquete e Lady Macbeth decide que ele é a próxima vítima dos dois. Aos poucos alguns nobres começam a se afastar de Macbeth e a se aliarem ao rei da Inglaterra.
Preocupado, Macbeth vai ao encontro das feiticeiras e pedem que elas façam mais profecias para ele. As bruxas dizem que ele só seria derrotado se um “bosque chegasse ao castelo”, e que “nenhum homem nascido de mulher” poderia matá-lo. Com isso Macbeth se sente invencível, pois tais profecias são impossíveis.
Macduff fica sabendo por meio de mensageiros que sua esposa e filhos foram assassinados pelos homens de Macbeth, e decide voltar para a Escócia com ajuda de dez mil homens do exército inglês, camuflados com galhos de árvores, para lutar com seu inimigo.
Macduff mata Macbeth e este acaba descobrindo que Macduff não nascera de mulher, mas fora tirado do ventre de sua mãe prematuramente.
------------------------------------------------------------------------------------------------- SPOILERS
Blog: https://atocadalebre.blogspot.com.br/2017/04/william-shakespeare-obras.html

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Amanda Lavinea 25/05/2024

Gostei
Comecei esse porque terminei Como se fôssemos vilões e Prazeres violentos e fiquei com sede de ler um Shakespeare, escolhi esse porque justamente é fazendo essa peça aí que tudo começa a desandar em como se fôssemos vilões. Gostei bastante é só traição atrás de traição e foi muito tranquilo de ler e entender. Mas acho que ainda prefiro Romeu e Julieta, mas ainda quero ler o Rei Lear que também tenho curiosidade.
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Paulo Silas 22/12/2016

A corrupção pelo poder. O poder que cega, que destrói, que mata, que cobiça, que logra, que trai, enfim, que corrompe. Tal é o mote que sustenta a tragédia exposta em "Macbeth". As nuances da cobiça pelos louros do destaque trazido pelo domínio de tudo, ou seja, sendo o poder o cerne da notoriedade, são apresentadas de forma visceral pelo famoso autor. A escrita é bela, aprazível e muito bem construída. Mas o espírito da corrupção pelo e com o poder que se apresenta da história é sujo e lamentável. Uma grande tragédia que narra os meandros da briga e disputa pelo poder.

Macbeth é um general notório no reino da Escócia. Braço direito do rei Duncan, o general tem muito prestígio em seu país. Em determinada ocasião, Macbeth, juntamente com o seu amigo e também general Banquo, acabam encontrando três bruxas, quando estas profetizam que Macbeth será rei, que Banquo, apesar de menos importante, é mais poderoso que Macbeth, e que os filhos de Banquo serão reis. Mesmo sem entender a profundidade do vaticínio naquele momento, as palavras das bruxas acabam gerando uma reviravolta na vida de Macbeth. Ao relatar o episódio para sua esposa, Lady Macbeth, o protagonista passa a praticar atos jamais imaginados a fim de que algumas das profecias se cumpram e outras não. Assim se inicia uma série de traições e assassinatos. Ira, sangue, cobiça e poder definem o rumo da história de Macbeth, transformando a história de um rei no relato de uma tragédia.

É uma peça trágica, a qual relata com acurácia o íntimo de cada um dos personagens - pelo menos daqueles de maior destaque, cujo papel recebem mais relevo na condução da trama. Assim, o leitor pode contar com os pensamentos mais profundos daqueles que se deixaram levar pela cobiça a fim de melhor compreender os fatores que culminaram nas barbáries que seguem na obra. A escrita é mágica, profunda, encantadora. Impossível o leitor não se deixar seduzir pela narrativa digna do nome que leva o autor.
Indico!
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Ângelo Von Clemente 06/01/2017

Obra prima da humanidade, deu-me um acesso de risos incontrolável. Amo esse livro e vou protege-lo
Viva impressão tive acerca do texto integral, lapidado originalmente para a encenação. Shakespeare revela-se aqui com um esplendor sem igual, simplesmente digno do titulo de maior dramaturgo de todos os tempos.; O estilo é único, inigualável.Tive uma identificação sobre-humana com a extrema fragilidade denotada por alguns personagens, estes, quase sempre caricatos, dramáticos, de gestos teatrais. Simplesmente cativaram o íntimo de meu ser. A impressão que tive é a de estar vivenciando todo o enredo, com uma profundidade que palavras não são capazes de descrever. Definitivamente, aos meus olhos pouca relevância tem o ponto de vista histórico que o autor defendeu por pura conveniência. Parafraseando uma das irmãs Rondolli (personagem encantadora de Guy de Maupassant) fica meu eterno "Che mi fa" para as picuinhas de cunho autoral que rondam a figura de Shakespeare. Tem minha devoção e meu amor incondicional, e foi uma conquista merecida, se em outros tempos eu o odiei ou o considerei de "gosto duvidoso".
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Cristiano.Santos 26/01/2017

O que há de mais escuro no ser humano
A alma humana é o personagem principal em todas as peças de Shakespeare. Isto aprendi com um profundo conhecedor do gênio inglês e sua obra, num ótimo curso on-line sobre leitura dos clássicos. Dentre as obras que eu li do famoso poeta inglês, Macbeth me pareceu o mais sombrio, onde bruxas estão entre os personagens por exemplo. Como vi em Romeu & Julieta, Hamlet, Othelo e Mercador de Veneza, com Shakespeare aprendemos muito sobre nós mesmos e, naturalmente, sobre todos com quem convivemos. Aprendemos com quem era de fato profundo conhecedor da alma humana. Em Macbeth notei um destaque no que há de mais escuro no ser humano. Nesta peça os vilões tomam a maior parte da trama. Como a alma humana está na base de toda a obra do dramaturgo, nesta obra vemos uma amostra do que de pior podemos ser, dependendo das escolhas que fazemos...

site: https://twitter.com/cristianosvdsan
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Luísa Coquemala 03/02/2017

A ESCOLHA SHAKESPEARIANA

Shakespeare é um dos meus autores favoritos. Quando eu tinha por volta de treze anos, li Romeu e Julieta pela primeira vez e foi uma leitura memorável. Sempre acabo visitando novas obras de Shakespeare ou revisitando as que já conheço – constantemente aprendendo algo novo e notando algo que tinha passado despercebido, como é justo que aconteça na leitura de um autor tão bom.

Contudo, não sei exatamente o porquê, mas nunca tinha lido Macbeth. O livro sempre ficava ali, na prateleira, sorrindo para mim. Eu sabia algumas coisas do enredo e da presença das bruxas na história (o que me atraia particularmente), mas, como uma daquelas coisas das quais a gente não sabe bem a resposta, eu adiei a leitura da obra até esses dias.

Acrescento ao início do meu relato o fato de ter lido o texto de Auerbach, O príncipe cansado – texto sobre Shakespeare presente no grande clássico Mímesis. Enquanto lia Macbeth, o texto do teórico vinha sempre à mente. Mas nós vamos chegar lá. Antes, entendamos um pouquinho melhor a trama da história.

Macbeth é um fiel guerreiro e serve a Duncan, rei da Escócia. Após uma luta férrea contra tropas rebeldes irlandesas e norueguesas, Duncan decide, após receber notícias, agraciar o nobre Macbeth com o título que fora do Thane de Cawdor, agora derrotado na batalha. Macbeth ainda não se encontra ciente de tais detalhes.

Enquanto voltam para suas casas, em meio à floresta, Macbeth e Banquo, seu amigo, cruzam com três bruxas – as quais trazem as seguintes mensagens: a primeira é que Macbeth será rei e a segunda e que Banquo será pai de reis (ou seja, por mais que Macbeth seja rei, não é a sua dinastia, mas a do amigo, que vai prosperar).

É importante ressaltar aqui que as bruxas, apesar das predições, não dizem em nenhum momento como os acontecimentos se desenrolariam (ou seja, pulam os meios e predizem logo os fins). Assim que fica sabendo de notícia (também manifestada pelas bruxas) de que Thane de Cawdor está morto e o título seria seu, Macbeth passa a dar mais credibilidade ao que fora dito pelas bruxas e, então, atenta-se para o fato de como, se as bruxas de fato estão certas, se tornará rei. Não demora muito e vemos que o fiel Macbeth logo começa a pensar em um assassinato como meio de chegar ao reinado:



“Se boa, por que cedo à sugestão

Cuja horrível imagem me arrepia?

E bate o coração contra as costelas,

Negando a natureza? Estes meus medos

São menos que o terror que eu imagino;

Meu pensamento, cujo assassinato

Inda é fantástico, tal modo abala

A minha própria condição de homem,

Que razão se sufoca em fantasia,

E nada existe, exceto o inexistente.” *



Tomado por sua ambição (e também incitado por sua ambiciosa esposa, Lady Macbeth), Macbeth acaba seguindo seus planos e mata Duncan. Não demora muito e toda a rede de mentiras criadas, para se manter, precisa de mais mortes por parte de Macbeth – já não tão entusiasmado assim, mesmo sendo rei.

Basicamente, eis o enredo da peça de Shakespeare. O restante, eu deixo a quem interessar possa. Contudo, apenas com esse breve resumo já é possível chegar ao grande questionamento da peça: estaria Macbeth predestinado a se tornar o rei, e as bruxas seria apenas as anunciadoras do fato? Será que ele poderia se tornar rei por outros meios e se precipitou cometendo o assassinato? Ou, então, será que Macbeth se tornaria rei de qualquer maneira?

É então que me lembro do texto de Auerbach e todas as consequências que sua interpretação acarreta.

Resumidamente, Auerbach acreditava no fato de que o mundo para Shakespeare era diferente, por exemplo, do mundo de Sófocles, grande dramaturgo da Antiguidade clássica. Consequentemente, a maneira como se representa os destinas das personagens nas peças de teatro também se tornam diferentes: se no teatro grego clássico nós nos confrontamos com a definição de tragédia, uma situação negativa e inescapável, em Shakespeare, as personagens passam a ser responsáveis por seus atos – que são escolhas de conduta exclusivamente suas. Dessa maneira, nas tragédias antigas nós percebemos a interferência divina na vida das personagens trágicas, enquanto que, em Shakespeare, o fim das personagens é resultado direto de suas ações, e não de uma vontade divina pela qual são guiadas.

Pensemos, por exemplo, em Édipo Rei. Na famosa peça de Sófocles, Laio, pai de Édipo, recebe o vaticínio de que um dia há de ser morto pelo próprio filho. Partindo disso, Laio pede para que matem seu filho jogando-o de um penhasco e o assunto fica por aí. Contudo, anos depois, Laio, em meio a uma viagem, é atacado e morto por seu próprio filho (que fora, na verdade, salvo). Édipo, então, se torna rei de Tebas e se casa com a viúva de Laio, Jocasta (sim, Édipo se casa com sua própria mãe, mesmo não estando consciente disso). Contudo, quando Tebas se vê em meio a uma peste, cabe a Édipo, para se livrar dela, descobrir quem matou o antigo rei – e é então que Édipo precisa de confrontar com a dura verdade de seus atos e com seu funesto destino.

A questão a ser ressaltada aqui é que esse desfecho é uma espécie de destino inescapável do próprio Édipo. Os passos são guiados por deuses e eles já traçaram o destino de Édipo e de sua família, não importa o que façam ou quanto tentem fugir disso. Cabe a Édipo, naquele momento, aceitar seu próprio fado.

Se em Sófocles temos um vaticínio feito por um vidente, em Shakespeare temos as bruxas. Assim, por mais que se anuncie um hipotético reinado de Macbeth, as maneiras pelas quais Macbeth chegará ao poder dizem respeito ao próprio Macbeth – é ele quem quer o atalho, é ele quem pensa no assassinato e o executa. Já não temos, aqui, a ideia de tragédia como algo inevitável e designado pelos deuses. Macbeth comete todos os atos de maneira voluntária, calculada de acordo com seus próprios interesses – enquanto Édipo mata o próprio pai e casa com a mãe sem nem desconfiar da gravidade do que está fazendo.

Inclusive, depois de refletir sobre seus atos, Macbeth sinaliza a falta de verdade em tudo o que as bruxas dizem. É preciso desconfiar:



“Maldita a língua que me conta isso,

Pois me acuou e me fez menos homem.

Não creia mais ninguém em falsas bruxas,

Que nos enganam com sentidos duplos.

Cada palavra é dada ao nosso ouvido,

Mas traída se agimos com esperança:

Não combato contigo.”



Shakespeare se utiliza de um artifício da tragédia grega (o vaticínio) justamente para contestar sua validade em um mundo já não mais governado por deuses – e mostra, assim, seu novo significado em um mundo onde nossas ações dizem respeito a nós mesmos. Ou seja, temos um artifício semelhante, mas voltado para um significado completamente diferente. Dessa maneira, Shakespeare, com toda sua maestria, nos ajuda a vislumbrar um pouco mais da complexidade humana, da dificuldade em assumir os próprios erros e lidar com a ambição.

A maneira pela qual Shakespeare conduziu suas tragédias, onde as personagens executam suas ações governados pela vontade e consciência, fala muito mais ao mundo atual. Hoje, já não levantamos nossas mãos aos céus, culpando os deuses, mas preferimos olhar para a frente, procurando explicações plausíveis para os acontecimentos (o que não faz de nós melhores, mas isso é outro assunto).

Assim, se Macbeth assume o reinado através de meios ilegítimos, é assim que vai precisar mantê-lo: escondendo verdades, enganando e subornando. O poder ilegítimo por si só já traz problemas e está envolto em mentiras. E é claro que existia poder corrupto antes de Shakespeare. Mas agora é preciso encarar a própria corrupção de frente, como uma escolha de conduta própria, e vislumbrar a ganância que leva à conquista de um poder corrupto. Surge, logicamente, a dificuldade de mantê-lo. (E pra perceber isso a gente não precisa ir muito longe).

O mundo de Shakespeare segue essa linha. Diante do que os homens podem fazer, agindo por vontade própria, é inevitável o reconhecimento de que, como escrito em Macbeth, vivemos em um mundo onde “agir mal às vezes é louvável, mas o bem é tido qual loucura perigosa.”



*A tradução utilizada é a de Bárbara Heliodora

site: www.velhocriticismo.com
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Andre.Crespo 06/04/2009

Simplesmente um livro de Shakespeare
Como todo livro de Shakespeare, este mostra todo o sentimentalismo do autor, todo seu tom de tragédia, o drama dos personagens, suas decisões que precisam ser tomadas. Como todo livro dele, digo novamente, toca de verdade o íntimo de qualquer pessoa.
Sua linguagem rebuscada não atrapalha em nada a leitura, pelo contrário, deixa ao livro um aspecto sensacional, parece que você está lendo uma pessoa que veio do outro mundo e "estacionou" na Terra para deslumbrar os seres humanos deste planeta. Esta pode ser a explicação para tanto talento, tanta perspicácia, tanta magnificiência desta pessoa!
O livro é perfeito, mas não pode ser comparado a "Otelo" e "Hamlet", na minha opinião, suas duas obras "mais primas" de todas que até agora li! Mas é óbvio que o livro é maravilhoso e, mesmo com uma linguagem rebuscada, qualquer um que ler gostará!
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Leila.Cavalcante 19/01/2012

Macbeth
Uma tragédia shakespeariana com todos os ingredientes de uma tragédia shakespeariana. Isso por si poderia encerrar os comentários, afinal, Shakespeare é Shakespeare, e sim, existe uma razão muito boa para o bardo inglês ser considerado um dos escritores mais influentes de todos os tempos.
Macbeth era um general do exército de Duncan, Rei da Escócia, e aparentemente um cavalheiro honrado, até que a possibilidade de galgar altos degraus mexe com sua cabeça. Uma vez nomeado Barão de Cawdor, Macbeth sente que para cumprir a profecia feita pelas três bruxas, que lhe disseram que ele seria rei, teria que assassinar Duncan, e encontra em sua esposa, a engenhosa Lady Macbeth uma aliada perigosíssima.
Apesar de ser fã, entender Shakespeare nem sempre é fácil; o que consegui absorver do livro foi em resumo, o modo como o poder domina facilmente a mente humana, que demonstra-se muito frágil e ambiciosa. Macbeth era um homem honrado, respeitado, e considerado um inestimável amigo pelo seu Rei, mas a ambição levou-o a trair tudo isso; além de ambição, eu diria que Macbeth também era covarde, afinal, ele deixou-se claramente incitar, ora pelas três bruxas, ora pela esposa. Ouvia a várias pessoas e terminava não ouvindo a si mesmo, tornando-se arrogante e tirano, envolvendo-se numa sequencia trágica de mortes, que culminou em sua própria cabeça cortada pela espada de Macduff, este sim, um honrado cavalheiro que não traiu seus princípios.
Aquela frase “seria cômico se não fosse trágico” também encontra aplicação a esta obra; como é de costume nas obras de Shakespeare, alguns personagens são tão caricaturados que chegam a parecer ridículos; neste, a comicidade encontra-se no próprio personagem título, quando, louco fala coisas sem sentidos, começa a ver aparições, e se comportar de uma forma realmente ridícula.
O livro é rápido de ler, óbvio, pela própria estrutura, que compõe-se basicamente de diálogos; claro que, eventualmente é preciso ler a mesma fala por mais de uma vez para entender melhor. E finalmente, qualquer livro de Shakespeare oferece pelo menos uma boa citação, que a pessoa com certeza vai encontrar um momento na vida para usar, aqui vai a minha preferida de Macbeth: “apaga-te, apaga-te, breve chama! A vida não passa de uma sombra que caminha, um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco – faz isso por uma hora, e depois, não se escuta mais sua voz. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, e vazia de significado”.

Desafio de Férias - Cultivando a Leitura
http://cultivandoaleitura.blogspot.com/2011/12/desafio-de-ferias-20112012.html
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