Aventuras na História Nº 42 (Fevereiro de 2007)

Aventuras na História Nº 42 (Fevereiro de 2007) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 42


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Marcus Martins 17/11/2023

Datada, mas legal
Parece irônico dizer que uma revista de história ser datada, mas é o que parece.

A matéria principal sobre o final do término do governo Fidel é demonstra um claro viés, mas a própria história demonstrou que os dados e as opiniões sobre o governo cubano não são confiáveis e que o povo cubano vive mais oprimido do que se sabia na primeira década do séc. XXI.

De resto a revista é muito interessante e as demais matérias são bem redigidas e isso só prova o quanto a linha editorial da Aventuras da História evoluiu.
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z..... 26/08/2019

Fevereiro de 2007
No "Dito e Feito", a etimologia para:
- "rasgar a seda" - o puxassaquismo vem de uma peça teatral do século 19, que tinha um comerciante de tecidos que bajulava certa moça, tentando conquistá-la. E esta, vendo os excessos, respondia ironicamente para não rasgar a seda, pois esfiapava (em outras palavras, ta demais isso, hein! enchendo o saco).
- "dor-de-cotovelo" - se origina de uma LER (lesão por esforço repetitivo), quando os desiludidos afogavam as mágoas em longas horas nas mesas de bar.

Nas "Notas Históricas", algo curioso sobre a realeza britânica: a rainha Elizabeth recebeu a coroa porque seu pai (o segundo filho na linha de sucessão) tornou-se rei por desistência do irmão mais velho (o herdeiro natural), por conta do amor à mulher, que tinha sido casada e não poderia se casar com ele enquanto herdeiro do trono. É o que a revista registra... Então é uma curiosa história de amor... se as coisas aconteceram realmente assim, né!
Outra nota refere-se à rivalidade entre Brasil e Argentina. É algo que remete à disputa entre Portugal e Espanha pelo colonialismo, desde o tratado das Tordesilhas. As nações europeias se mandaram, mas deixaram essa herança, que foi especialmente transferida para o plano esportivo, em face dos acordos e parcerias nos rumos políticos.

O infográfico trouxe bela ilustração sobre o “Farol de Alexandria”.

“A morte sem mistério” – A reportagem que mais gostei, sobre a ciência criminalista, hoje definida como ciência forense. As séries investigativas explodiram na década passada (tipo CSI), fascinando o público pela engenhosidade no desvendamento dos mistérios. A abordagem vai nesse embalo e cita 4 exemplos reais de resolução de crimes em diferentes momentos da história.
Destes, vou deixar em registro um, ocorrido na China (vários séculos a.C), em que o médico (ou autoridade local) Song Ci, descobriu o assassino de um trabalhador de campo de arroz. Em linhas gerais, o homem amanhecera perfurado por vários golpes que Song Ci associou à foice dos trabalhadores. Depois de breve entrevista intuitiva com a turma, pediu para depositarem as foices no chão. Pronto, aquele é o assassino! Como descobriu? Apenas observou o êxtase de moscas em relação a certa foice, que carregava ainda resquícios do crime.
Ah, poderiam citar também a passagem bíblica de Salomão e a rixa entre as duas mulheres que reclamavam por certo bebê vivo, dizendo que a outra era a mãe do morto.

"Senhor Terror" aborda o czar Ivan, chamado O Terrível (século 16). Causou a morte de muitos de seu próprio povo, e também matou o próprio filho com seu cajado de metal.
O que a reportagem destaca é que ele seria doente mental, um louco, tendo histórico familiar.

Voltou "Páginas Amarelas"! E mais polêmica que nunca... Dessa vez, o entrevistado foi o galinhão do Casanova e, olha só, colocaram num contexto em que seduz a repórter. Esta, na maior afronta para feministas, cai facim facim na canalhice do sujeito.
De interessante, só a informação que teve feitos positivos, como a tradução de "Ilíada" para o italiano, e também a idealização e adaptação de peças teatrais. Queria saber mais sobre esse seu lado...

A reportagem de capa abordou o Fidel Castro. Conta um pouco de sua biografia, a trajetória de Cuba no antes e após seu governo, e as expectativa que existiam sobre a saída definitiva, de um governo que se perpetuava em quase meio século. Lembrando que chegou ao poder em 1959, se afastou definitivamente em 2008 e faleceu em 2016.
A parte mais interessante é a história cubana desde o colonialismo, passando: pelo momento como um dos principais mercados negreiros; a projeção no plantio da cana; a intervenção dos norte-americanos na política (criando privilégios para suas empresas); o desenvolvimento com o mercado de entretenimento capitalista americano (como os cassinos hotéis e cabarés); o estabelecimento da máfia na década de 1920 (potencializado pelo período da Lei Seca); o golpe do militar Fulgencio Batista; e a Revolução Cubana (o ápice dessa história).
O que se seguiu daí é controverso (como vemos nos relatos de alguns cubanos na reportagem, a favor ou contra) e minha visão é limitada no assunto. Penso o seguinte, que todo governo alicerçado em ditadura, a custa de morte de muitos, não há de ser algo positivo. Essa opinião é reforçada principalmente no ocorrido na crise dos mísseis em 1962, em que os relatos dizem que Fidel desejou a guerra e teria ficado ressentido com o recuo dos russos. Uns contestam, mas não duvido! Tá doido se essa guerra realmente desenrolasse...
A história da revolução é muito interessante, mas ele (Fidel) se tornou um ditador (o que motivara também a revolução). Ditador não representa mais interesses do povo e sim os que lhe convém. Tem a questão do embargo americano, mas se ele, em quase 50 anos, não conseguiu resolver a situação que prejudicava seu povo, é porque não devia estar lá. Pesa em suas mãos todo impacto que a nação teve, afinal, era a autoridade.
Minha opinião é limitada, extremamente superficial, mas nunca encontrei algo que me convencesse ou fizesse reverter para o contrário. Pesa sobre Fidel, e mais ninguém, toda desventura que se associava e existia na nação, em seu contexto no poder.
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Matheus 03/03/2011

Conheça o país desde a guerra de independência, no século 19, até hoje. E entenda o mar de incertezas que cerca a ilha após 48 horas do comante no poder. Ainda nessa edição: O primeiro Czar da Rússia; A Revolta da Cachaça; O Monarco da Portela.
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