A Mão de Fátima

A Mão de Fátima Ildefonso Falcones




Resenhas - A Mão de Fátima


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Geisi.Ferla 05/03/2021

Guerra religiosa
Rico em detalhes, sofrido ao extremo e muito bem escrito, nos remete à Espanha na época da mais sangrenta guerra entre mouriscos e cristãos.
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Alipio 02/08/2020

A Mão de Fátima
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" A Mão de Fátima", é um romance histórico de Ildefonso Falcones, que me impressionou pela sua fidelidade histórica. O autor narra os fatos, eventos personagens e datas, que notadamente fora muito bem pesquisados, inserindo na narrativa alguns fatos e personagens fictícios para romancear a história deixando-a ainda mais emocionante.
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A história inicia-se no ano de 1568, em Juviles, Alpujarras , onde nesse período os mourisco viviam sob o domínio cristão e eram obrigados a viverem conforme os seus preceitos e impedidos de viverem os seus costumes sociais e religiosos. Ressentidos, o descontentamento dá lugar a uma sanguinária revolta. Os cristãos são Vilipendiados e martirizados, mas negavam-se a apostatar da sua fé.
É dentro desse contexto histórico, insuflado pela intolerância religiosa que o autor vai construir a sua história tomando como protagonista Hernando Ruiz, um jovem bastardo, fruto de um estupro a qual a sua mãe sofrera por um sacerdote cristão. Devido a essa desonra, recebera a alcunha pejorativa de " nazareno". Hernando vive um conflito interno sobre a sua fé : Cristão ou muçulmano?
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Durante os conflitos brutais, Hernando encontra uma jovem viúva por nome Fátima, pela qual apaixona-se profundamente. A relação com o seu padastro Brahim que já era insuportável, piora pelo desejo lascivo de Brahim em tomar para si Fátima, deixando -o profundamente amargurado. O ódio de Brahim por Hernando é intenso ao ponto de vendê-lo como escravo.
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Com genialidade, o autor vai lançando sutilmente na narrativa, aspectos da cultura, costumes, hábitos e liturgia dos muçulmanos, sem perder a característica literária ao qual se propós.
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Dominada a inssurreição dos mouriscos, muitos são deportados para Córdova aonde Hernando continuará vivendo as sua aventuras e seus dilemas.
Em Córdova, Hernando viverá períodos de prosperidade e infortúnios porém a facilidade que atraía a simpatia de algumas pessoas, o livrava de muitas situações embaraçosas.
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A história é conduzida pelo autor com muita maestria deixando o leitor totalmente envolvido nas 767 paginas desta sensacional saga do nazareno.

Amor, ódio, aventuras, romance, crueldade, oscilações emotivas estarão presente nesta sensacional e instigante
Obra.

.A mão de Fatima ( Hamsã) , que é um Talismã, representando os cinco pilares do Islamismo é também a personagem de seu romance.

@livros.historia
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Hester1 17/08/2019

Historicamente é bom, mas muito descritivo, claro que por ser histórico em uma época conturbada faz sentido ser descritivo, mas cansa um bocado.
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Livros da Julie 16/07/2019

Saga sobre os mouros no final do século XVI
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"Vitória duvidosa, e de acontecimentos tão perigosos, que algumas vezes se teve dúvida se éramos nós ou os inimigos quem Deus queria castigar."
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"Morte é esperança longa."
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"... dedico este livro em homenagem a todas essas crianças que sofreram e infelizmente ainda sofrem as consequências de um mundo cujos problemas somos incapazes de resolver."
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O livro narra as desventuras de Hernando Ruiz, filho de uma mourisca espanhola e de um sacerdote cristão que a violou. Submetido a uma vida de maus tratos em Juviles, sul da Espanha, após o casamento de sua mãe com o muçulmano Brahim, que despreza sua origem, Hernando encontra refúgio no aprendizado da cultura e da religião islâmica com um respeitado sábio da região.

A história começa em 1568, quando acontece a Rebelião das Alpujarras, também conhecida como Guerra ou Revolta dos Mouriscos, motivada pela insatisfação dos mouros com o tratamento que lhes é dado pelos cristãos e com as restrições que foram estabelecidas com a edição da Pragmática, em 1° de janeiro de 1567, após a entrega do Reino de Granada aos Reis Católicos da Espanha. Até então, mesmo após a derrubada do reino muçulmano na Península Ibérica, os mouros que ali viviam continuavam exercendo sua religião e seus costumes, mas foram forçados a deixá-los e se converterem, sendo duramente castigados se não cumprissem a nova norma.

É nesse contexto que Hernando, com apenas 14 anos, se vê envolvido no meio de uma rebelião sangrenta e cruel e tenta manter-se íntegro no caráter e em suas convicções religiosas, apesar de todas as provações pelas quais se vê obrigado a passar e da eterna sensação de não pertencer efetivamente a nenhum dos grupos.

Cobrindo um período de 44 anos, o livro traz descrições minuciosas da geografia andaluz, das cidades espanholas e das mesquitas transformadas em igrejas, bem como vívidos pormenores da vida nas serras, do trabalho com mulas e com couros, da criação de cavalos, dos eventos precursores das touradas, do mercado de escravos, das prisões, da mendicância, dos costumes muçulmanos e cristãos e da violência praticada por ambos os lados. As batalhas, os julgamentos, o funcionamento da Corte e da Inquisição são narrados com precisão histórica, tendo sido incluídos todos os personagens reais que contribuíram para as circunstâncias ali descritas.

Percebe-se o quão difícil era (e ainda é) a convivência entre as duas religiões, o quão arraigados são o preconceito e a intolerância, e o tanto que a ignorância dificulta a compreensão e a aceitação do que é diferente. A perfeita convivência social revela-se, como sempre, um desafio em todas as suas esferas, desde a familiar até entre países.

Para superar as mais de 700 páginas dessa triste história, Hernando é construído como um verdadeiro protagonista de romance: persistente, intrépido e incompreendido. Após muitos percalços, ele consegue se estabelecer em Córdova e trabalhar em prol de sua comunidade com Fátima, seu grande amor. Mas quando se crê que as coisas estão prestes a melhorar de vez, aparece um novo obstáculo, e mais um baque, e outro, e outro... Passa-se o livro inteiro torcendo por Hernando, esperando que ele possa, finalmente, ter uma vida de paz e tranquilidade.

A Mão de Fátima é um livro muito mais denso e descritivo que A Catedral do Mar, do mesmo autor, que, aliás, recomendo muitíssimo. Mas a narrativa lenta é recompensada pelo impressionante relato da vida na Andaluzia no final do século XVI, que nos faz refletir bastante sobre nossas crenças e todos os costumes e ideias que sobreviveram até os nossos dias. Somos um produto do passado e, se de fato queremos um futuro melhor, ainda há muito por mudar.

site: https://www.instagram.com/p/Bz89qyEj7pD/
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Claudia Cordeiro 16/08/2015

Dei 3 estrelas de nota. Para mim, isso significa que não gostei de muita coisa num livro, mas de alguma forma, li, não abandonei. No caso, a comparação com A Catedral do Mar foi inevitável, este livro perdeu. Parece que o autor se esforçou para fazer algo ainda melhor e não se deu bem. O livro é extenso demais, muitos trechos arrastados; tem religião demais, demais, demais (para quem gosta.... é um livro cheio, rsssss). Não gostei dos personagens. O principal, que era para a gente gostar, qdo. maltratou animais, acabou para mim. Os outros me causaram... uma ou outra mulher... uma certa peninha, às vezes, e nada mais que isso. Só tem gente se matando por sua própria religião nesse livro!!! Creeeeedo. A vida é mais que isso.... tá, sei que pode ser a época, só se respirava religião, sei lá, os animais não eram bem considerados, mas então, paciência; nããããão gostei. E tem desgraça que não basta, affffff
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Zé Pedro 04/11/2013

Tema histórico fascinante
Depois de ler um livro longo como este, que acompanha a vida inteira de um personagem, nós nos tornamos tão íntimos dessas figuras fictícias que sentimos saudades quando vem o fim da estória.
O livro acompanha a estória do mourisco Hernando, que tentou ao longo da sua vida unir as duas religiões.
Obra de folego do escritor Idelfonso Falcones, de quem já tinha lido antes o bom ‘a catedral do mar’. Aqui ele tem mais pretensão ao contar a estória do jovem Hernando, filho de mãe mourisca que o concebeu após se estuprada por um padre; por isso é odiado pelos dois lados: muçulmanos e católicos. Os fatos se passam na conturbada Andaluzia, onde os mouros não aguentam mais as injustiças dos cristãos e se rebelam, com fins drásticos para este povo.
A estória é boa, com um belo e desarvorado fundo histórico, que nos faz saber mais sobre fato histórico tão importante como este da ocupação mourisca naquela região da Espanha e até da breve unificação dos reinos de Espanha e Portugal entre 1580 e 1640.
Achei o livro bom, mas se alongou demais em passagens talvez desnecessárias, tornando a leitura muitas vezes cansativa. Ao final, notei que o número de páginas poderia ter sido reduzido, que o encantamento e a magia do livro seriam mantidos.
De qualquer forma é um livro que não se esquece fácil.
Carmen 09/02/2017minha estante
Resenha perfeita. Parabéns!




Silvia 14/07/2012

A Mão de Fátima
Livro MARAVILHOSO...eu indico este livro para todas as pessoas que assim como eu amam e apreciam romances históricos. É um tipo de livro que se deve ler com calma, pois são 767 páginas de tirar o sono; portanto se você pegar este livro para ler não vai mais querer largá-lo.


Hernando é filho de uma mourisca e de um sacerdote que a violentou. Cresceu sentindo a indiferença de duas culturas: a dos cristãos e dos mulçumanos. Desde cedo teve que esconder a sua verdadeira vocação, e aceitar as indiferenças que sofria, visto como um traidor de seu povo e um herege pelos cristãos. Até que após um êxodo exigido pelos cristãos todos os mulçumanos teriam que abandonar a Espanha, debaixo de uma violência grotesca milhares de mouriscos foram dizimados em nome de um Deus, que cada um dos lados defendiam. Neste caos Hernando conhece Fátima e vê toda a sua força renovada e com reviravoltas mirabolantes que nos prendem do começo ao fim, vivenciamos a luta de um jovem para viver o seu amor, e de encontrar um modo para unir as duas religiões: a dos mulçumanos e dos cristãos. Será que Hernando irá conseguir? Só mesmo lendo está verdadeira obra prima é que vocês irão descobrir.

"RELIGIÃO E MEDO, MEDO E RELIGIÃO..."
Telma 15/07/2012minha estante
Gostei muito da sua resenha, Silvinha.
Este certamente é um dos que irei ler!
beijo em você!


Lane 15/07/2012minha estante
Mto boa a sua resenha, fiquei com mais vontade ainda de ler. =)




Ana 19/04/2012

A história andaluz
A Mão de Fátima nos conta a história de Hernando Ruiz, um jovem de 14 anos que nasceu nas Alpujarras, sul da Espanha. O ano é de 1568 e a Andaluzia havia sido conquistada pelos católicos. Os mouros que ficaram na região foram obrigados a seguir a religião de Jesus, embora secretamente continuassem a professar sua própria fé. Mas eles não se conformavam com aquela situação e se rebelaram. É justamente neste momento da história do mundo que começamos a conhecer melhor a história de Hernando.

Um livro excelente. Sofremos junto com Hernando e ao mesmo tempo fazemos uma longa viagem pela andaluzia, na época em que os cristãos dominam o sul da espanha. As diferenças entre islamismo e cristianismo, as guerras, os amores, as pessoas. É um livro muito rico, maravilhoso.
Briana.Vieira 13/07/2018minha estante
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Tatiane 30/12/2011

Não vale o esforço
Em seu primeiro romance, A Catedral do Mar, o autor nos brindou com uma estória única, fundada em fatos históricos e refletida numa escrita cuidadosa. Era de se esperar que assim continuasse com A Mão de Fátima, o que não ocorre. O autor errou na escolha de um tema que ele não domina, na construção da estória e no estilo de linguagem, que às vezes dava a impressão de se estar na escola lendo um resumo sobre os reinos espanhóis. A estória não embala, as personagens não cativam e há só um arremedo de clímax nas últimas folhas. É bastante cansativo e não vale o esforço e tempo perdido para lê-lo.
Eloiza Cirne 22/05/2014minha estante
Concordo com seu comentário. O livro é muito longo, cansativo, repetitivo. Não gostei!




Cissa 15/12/2011

Formidável
Encantada que fiquei com o primeiro livro de Ildefonso Falcones, "A Catedral do Mar" que considero um dos melhores livros que já li, fui sedenta ler "A Mão de Fátima".

Já no começo do livro senti dificuldades não só com o estilo, como com a escrita. Ildefonso usa muitas palavras arcaicas e fora de uso para nós. Não sei se foi traduzido no português novo, mas senti muita dificuldade. Ao longo do livro a narrativa se tornava interessante, mas o excesso de explicações e minúcias estava tornando-o cansativo para mim.

Parei muitas vezes. Deixei-o de lado. Mas eu queria saber o que iria acontecer com o herói da história, Hernando.

A história, com o sempre muito bem pesquisada pelo autor, se passa na Espanha durante a Idade Média. Mostra a luta pela liberdade de seu povo (muçulmanos) perseguidos pelos cristãos. Ildefonso tem a força de nos transportar para a época. Sentimos como se vivêssemos lá e fôssemos expectadores das lutas, das crueldades e do amor que permeiam os dois lados religiosos.

Hernando é um herói diferente, ama, odeia, tripudia, luta e é um homem forte e determinado.

Só acho que Ildefonso poderia poupar muitas descrições minuciosas que tornam a leitura cansativa. Mas como sempre, ele é um grande autor e sua obra é de excelente qualidade.

Recomendo para quem tenha muita paciência, goste de história e não tenha pressa em ler pois esse livro tem que ser degustado aos pouco como uma fina iguaria.


Hester1 09/12/2018minha estante
A resenha tinha me interessado, agora com seus comentários me incentivei a ler. Quero ler também A Catedral do Mar, mas o preço está bem salgado. Talvez de segunda mão.




Hérida Ruyz 14/12/2011

"A MÃO DE FÁTIMA" (Ildefonso Falcones)
"A Mão de Fátima" é um épico histórico escrito pelo autor espanhol Ildefonso Falcones.

Ildefonso Falcones tem o dom de escrever de forma elegante e que emociona, somos capazes de sentir o cheiro dos cavalos, o torpor causado pelo haxixe, a dor da perda e o arrebatamento que o prazer proporciona.
Ao contrário do que eu pensava, esse livro não é dedicado somente à guerra e à intolerância. A Mão de Fátima é, do inicio ao fim, uma homenagem ao amor de um homem e uma mulher. Em nenhum momento, mesmo durante o sofrimento da guerra, a violência e a dor do cerceamento de sua fé, Hernando deixou de expressar e se entregar à paixão avassaladora que sentia por Fátima.

E o que mais me surpreendeu, foram as cenas de amor e sexo que o autor nos presenteou. As mulheres habituadas a ler romances, devem concordar comigo, que os homens não se dedicam a escrever cenas românticas e eróticas. Pois bem, Ildefonso Falcones o fez! Esse não é o foco principal do livro, porém o autor construiu cenas de amor muito eróticas e excitantes. Da mesma forma, escreveu as cenas duras e cruéis, onde conseguimos sentir toda sua repulsa e sofrimento do sexo forçado...coagido.

Uma história lindíssima, que provoca desde os mais ternos sentimentos aos mais inquietantes e violentos. Em muitos momentos me senti feliz ou me peguei rindo com as conquistas de Hernando e Fátima, em outros, me senti ultrajada, enraivecida, e profundamente indignada. É como disse antes, o autor escreve de forma vivida e impactante.

Hernando vive em um país dividido entre duas religiões; os cristãos, que governam a Espanha e possuem o apoio incondicional da igreja católica e da inquisição; e os muçulmanos, chamados de mouriscos, que mesmo sob o risco de serem mortos não abandonam sua fé no profeta Maomé.

Leia a resenha completa aqui:http://www.lendonasentrelinhas.com.br/2011/03/mao-de-fatima-ildefonso-falcones.html
Silvia 24/02/2012minha estante
Esta na minha estante e pretendo le-lo ainda este ano.


Ana 24/04/2012minha estante
Eu também achei um livro muito bonito e interessante, especialmente por nos levar a um momento tão rico da história mundial. E quando estive na Andaluzia, busquei Hernando em tudo o que vi. :)




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