Resenhas - Elite da tropa

morozovastag 14/09/2023

Brasilidades (não tão agradáveis) e outras coisas mais.
?Elite da Tropa? é um livro intrigante, com o tipo de narrativa que faz com que o leitor se sinta envolvido em uma verdadeira conversa de bar, mas num bom sentido. É o tipo de livro que, quando lido, é como um golpe de realidade, um sopro de consciência acerca de um Brasil por muitas vezes varrido pra debaixo do carpete.
É o tipo de história que te parte ao meio, que te faz sentir nojo, admiração, confusão, e que, acima de tudo, te faz pensar.
No final das contas, tanto o livro quanto o filme são mídias que literalmente jogam m3rda no ventilador ao berrar a plenos pulmões acerca dos mecanismos podres de uma máquina tão antiga quanto o país; o sistema.
Sistema esse que tem seus peões, uns melhores de vida que outos, uns mais corruptos que outros, enfim.

É chocante à sua maneira, necessária de forma unânime e absolutamente chocante, uma leitura de cair o cool da bunda mesmo. 4,5/5.

Lenon 15/07/2023

Bom para quem é policial.
O livro não entrega absolutamente nada... Talvez você retire alguns pontos de reflexão, mas nada que seja uma grande coisa.
A primeira parte do livro é construída a partir
de relatos das operações que o autor realizou com o BOPE, ou seja, somente relatos. Na segunda parte,o livro se torna MUITO BOM, com uma história bem contada, a respeito de 1 fato que aconteceu no RJ, mas o.autor não fala sobre o fim da história,aborda apenas os fatos, mas não as consequências e finais dos envolvidos.
Bom, se você for da polícia, é um livro legal, vai ter mostrar algumas coisas que talvez você só conheceria na prática, caso você não seja, não recomendo não.. leitura fraca.

JuStifler 20/06/2023

Apesar de ter dado origem ao filme, o livro é bem diferente, no início quando são apresentadas histórias curtas é maravilhoso e prende a sua atenção, mas conforme avançamos no livro a história se torna um pouco maçante e chata de acompanhar, arrastei muito para terminar essa leitura pois o final não segurou minha atenção.

JoAo366 22/05/2023

Elite da tropa
Bem, oq dizer sobre essa história? O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira histórias separadas entre si, mas com conexões, a segunda parte sendo uma história em linha reta, a história em um todo é muito boa, mas achei a segunda parte do livro com muitos personagens de uma vez, sendo preciso verificar a página dos personagens para poder se localizar, mas a história é muito boa, recomendo a leitura

xtuannyx 04/05/2023

Forte.
Ser carioca e vivenciar essa realidade a anos foi muito diferente de ler esse livro e recordar de cada nome, cada escândalo.

São muitas páginas de vergonha e nojo do que o ser humano é capaz, infelizmente.

Letícia 02/05/2023

Difícil de digerir
É um relato brutal; cru, sem arebescos ou filtros. Certamente nem todas as histórias relatadas são fiéis a realidade, mas são específicas e verossímeis o suficiente para arrepiar os cabelos. No início o que choca é a brutalidade policial, o cinismo frente à própria admissão de culpa nos relatos. Torturas, espancamento, assassinato, estupro, o racismo naturalizado e racionalizado, tudo isso vindo da tropa "incorruptível", que realmente se coloca no pedestal por não fazer o que o resto da PM (em sua maioria) faz: aceitar arregos de bicheiros e traficantes, organizar milícias, aliciar-se a políticos.

O que aconteceu com o Rio de Janeiro?

Leonardo807 06/04/2023

"Osso duro de roer"
O livro Elite da Tropa, no a qual veio o filme Tropa de Elite inspirado* no livro, tem a primeira parte e nele narra várias histórias vividas por policias do BOPE, PMRIO denunciando casos de corrupção, as consequências geradas pela violência entre a guerra dos marginais e o BOPE, torturas e outros podres fazendo o leitor ter uma visão de nojo sobre a PM e enquanto o BOPE enxuga gelo tenta ser incorrupta. A segunda parte é uma trama onde há muitos personagens envolvidos (se o leitor não ler os nomes e prestar a atenção pode ficar perdido e deixar os detalhes), é um ritmo mais rápido dos que os capítulos anteriores. Os escritores tinham conhecimento especifico sobre esta área, sendo dois deles ex-BOPE e um foi secretário da Segurança Pública. A quem deseja ler este livro, eu recomendo fortemente para quem gosta deste assunto, o uso da linguagem coloquial trás a temática do ambiente.

*Está em destaque o inspirado pois teve casos de leitores que lerem achando que era igual ao filme, pois o filme foi um tapa forte e colocar o espectador numa realidade aos olhos da policia e narrado pelo Capitão Nascimento (Wagner Moura)

Obs: Esta é a minha primeira resenha que eu escrevo, perdão por escrever alguma coisa fora do deve estar dentro da estrutura de uma resenha.

Casamasso 02/02/2023

Interessante de se ler
Mesmo que tenha servido como inspiração para o filme de 2007, o livro tem alguns contos na primeira parte que acabam lembrando momentos da obra cinematográfica; já a segunda parte, é uma história mesmo, diferente dos contos.

No primeiro momento, é bem legal de ler; eu gostei. Já na segunda parte, achei um pouco mais ou menos, mas ainda assim, interessante de se ler. O autor deixa no ar se é ficção ou não, pelo menos na primeira parte do livro (por conta de algo que ele próprio fala). Se tudo aconteceu mesmo, eu não sei, mas mas se tratando da polícia no estado do Rio de Janeiro (mais especificamente na Cidade Maravilhosa), eu penso que realmente alguns dos relatos ali aconteceram.

No geral, a obra é interessante. Tenta nos mostrar como funciona a segurança pública no Rio de Janeiro; as alianças feitas entre PMs e o tráfico, políticos e o crime, e por aí vai.

Não deve ser lido como se o filme tivesse saído inteiramente daqui, ou parcialmente. Quero dizer, não se deve esperar mais detalhes dos acontecimentos do primeiro filme da franquia Tropa de Elite. Ele serviu de inspiração, apenas. Como mencionei, algumas passagens, sim, lembram momentos do filme e que por sinal, acho que são bem poucas.

Caso pense que terá uma extensão do filme, esqueça. Deixo como dica assistirem/ouvirem podcasts onde o Rodrigo Pimentel, um dos autores do livro, é o convidado. Ele acaba falando um pouco mais do/dos filmes.

Rafael 25/01/2023

Não é ruim, mas o filme é melhor
Já aviso que não tem mada a ver com o filme. O livro até te prende, a primeira parte são pequenas histórias que aconteceram na policia carioca, BOPE, civil, PM, PRF. A segunda parte é uma história com pessoas demais envolvidas, tem hora que você tem que consultar uma página que explica quem é quem na trama, mas de um modo geral é até interessante.

Lucas.Leite 18/12/2022

Osso duro de roer
Para quem assistiu o filme, acredito que todo brasileiro, o livro não traz muitas surpresas, alguma coisinha ou outra. Mas como sempre, o livro, e a imaginação de cada um cria uma imagem belíssima da história que está sendo contada. Como sou o militar, o livro apresenta uma riqueza de detalhes que é impressionante, apresentando os jargões militares de forma corretíssima. Até certo ponto a história não dá vontade de parar, ela cria uma tensão que só será descoberta no próximo capítulo. Mas nem tudo é perfeito, e em certa altura o livro cansa, e muito, mas vale a pena terminá-lo.

Blenda Costa 31/07/2022

O livro mostra o panorama sombrio da Segurança Pública do Rio de Janeiro, mostrando que as "políticas" de segurança não presidem da violência policial no trato da criminalidade arraigada instituições e que existe uma forte relação entre violência e corrupção.??

Simon 08/05/2022

Bem diferente
Acho que por causa do filme, já esperava algo e tal, e não foi bem assim o enredo é bem diferente, mas vale a pena.

GleiciM 30/03/2022

Dura realidade
Na primeira parte, o livro retrata algumas histórias que envolvem membros do BOPE, a dura realidade vivenciada todos os dias por homens que saem de casa sem saber se voltam vivos; o enredo dos becos e favelas, é cruel, triste e avassalador; um grupo de elite que não permite em sua equipe, de jeito nenhum, camarada de caráter fraco.

Por que temos a impressão que tudo é comandado por uma grande máfia, e por isso nada vai pra frente?
Na segunda parte do livro nos é demonstrado como realmente as coisas acontecem, e afirmam nosso palpite. Como a política, o narcotráfico, o tráfico de armas e a polícia tem uma ligação direta numa luta de interesses e poder. Pessoas são tratadas como peças num tabuleiro, para as coisas continuar como são. Apesar da luta diária de muitas pessoas honestas, o crime parece ser um câncer nas instituições, e aqueles que ousam ir contra a corrente, são eliminados ou sofrem graves consequências. Que luta sem fim, que baque, que revolta!

Raphael Milão 09/10/2021

Para quem não mora no Rio de Janeiro, já se consegue ter uma pequena noção de esquemas de corrupção entre polícia, governo, traficantes e a mídia.

Hoodie 23/09/2021

“Lembra da granada?”
Entre a sujeição a extremos físicos excruciantes e a longas aulas teóricas hipnóticas, havia também a privação de sono. Nada como uma granada com o pino removido na mão de um sonolento pra colocar todos em estado de alerta de novo… “o pavor nos despertou como não faria o melhor café quente e amargo”. Sem dúvida, os métodos de treinamento do Batalhão de Operações Policiais Especiais são fascinantes. Esses e outros relatos de experiência ainda mais “fascinantes” estão na primeira parte do livro: o “Diário de Guerra”. E sobre a violência empregada pelo BOPE nas incursões dentro das favelas, o narrador não economiza nas confissões e ainda cita Arnaldo Antunes dizendo “somos técnica, diversão e arte”...

Na segunda parte do livro, o narrador desenrola um enredo sobre a “sucursal do inferno”, termo que um dos personagens usa pra descrever a situação completamente mirabolante do Rio de Janeiro. Um enredo sem desfecho e sem final feliz. Aliás, sem final algum, porque o livro acaba, mas a nossa história continua.

“a realidade foi se tornando mais grave, mais absurda e menos verossímil. A tal ponto que, poucos anos depois, o testemunho verdadeiro não se distinguiria do delírio [...]. Mesmo pondo pra funcionar a mais patológica das fantasias, a gente não vai conceber o grau de degradação, sacanagem e traição dessa corja. Quem dera nossos inimigos fossem os bandidos. Quem dera. Isso aqui seria um paraíso.”