Destino

Destino Ally Condie




Resenhas - Destino


307 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Bu 24/07/2012

Entre o seguro e o incerto, o que você escolheria?
Essa é a principal decisão que Cassia terá que tomar no livro Destino, escrito pela autora Ally Condie. Confesso a vocês que não tinha grandes expectativas com o livro, eu já tinha visto uma ou outra resenha, mas nunca tive uma vontade louca de pegar e ler. Depois que li a série jogos vorazes, eu me apaixonei pelo tema futuro distópico e logo fui atrás de novos livros que me fizessem suspirar. Nessa minha busca, me deparei novamente com o esse livro e resolvi dar uma chance.

Logo no inicio, as paginas já me prenderam e só consegui largar o livro depois de ter lido tudo. Eu fiquei apaixonada com a história. É incrível a evolução da personagem principal durante a história. O que era uma menina que apenas se contentava com uma realidade imposta pela sociedade, passa a ser uma questionadora a partir do momento que decide que tem o direito de escolher.

É fundamental falar do incrível mundo distópico, criado por Ally Condie, porque esse é fator que mais me cativou. Nesse universo, a sociedade tem o controle de tudo, desde antes do seu nascimento, até a sua morte. Ela determina os pares perfeitos para que procriação seja o mais saudável possível, com isso eles conseguiram eliminar diversas doenças genéticas sofridas no passado. E determina até qual idade você poderá viver para não cair na decadência. A vida de todos são resultados únicos de decisões tomadas pela sociedade, como o seu trabalho, seu par, seu lazer, sua comida, etc. Todos aceitam alegremente, pois acreditam que isso é para o bem de todos, ou seja uma sociedade perfeita, porém Cassia descobre que nada pode ser tão perfeito.

A parte mais importante do livro para mim foi o momento da ruptura da idéia idealizada de que tudo o que a sociedade faz é perfeito, pela Cassie. Até esse momento, tudo o que ela fazia era acreditar e realizar situações impostas, só que por um “erro” em sua escolha de par, ela vê que tem mais de uma opção em sua vida, e dessa vez ela que escolher. A questão é o que ela vai querer? A segurança que sempre teve com o seu melhor amigo de infância, Xander, ou o perigo de viver um romance contra as regras com Ky, uma pessoa que ela mal conhecia. Digamos que esse triangulo amoroso não superou minhas expectativas, ele apenas aconteceu de uma forma corrida, porem fofa, o que para mim compensou só um pouquinho. No decorrer do livro vamos descobrindo cada vez mais a verdadeira face da Sociedade, e começamos a parar para pensar um pouco sobre tudo isso, como seria se talvez vivemos em algo parecido, é claro que não tão dramático, se funcionaria, ou estaríamos apenas compensando um erro com outro.

Em geral, como já falei para vocês eu gostei da leitura, porém não é um livro perfeito e é claro que não se compara a jogos vorazes, onde tudo é muito mais violento e critico. O enfoque em Destino é mais o romance em um futuro distopico, se é que me entendem. O final do livro é bem dramático, e de deixa louca para ler o próximo, então com certeza logo terá resenha dele para vocês, pois não vou aguentar esperar muito para ler.

"Não entre docemente naquele boa noite, revolte-se, revolte-se contra o apagar da luz."

Resenha postada no blog segredodeumundo.blogspot.com
comentários(0)comente



Vivi 23/07/2012

Sabe aqueles livros que você fica enrolando para ler? Pois é, foi o meu caso com Destino.
Ganhei o livro em um evento aqui no estado e desde então venho empurrando, namorando, desistindo de ler, desejando novamente (é quase um transtorno bipolar isso hein?). O fato é que após receber Travessia da Suma de Letras não teve mais como adiar, foi meter a cara mesmo.

Meu maior medo ao iniciar a leitura de Destino foi devido as muitas críticas negativas sobre ele, é claro que muita gente gostou e tal, mas mesmo assim me bateu aquele desânimo. Fico feliz em dizer que não esperava muito desse livro e acabei me surpreendendo.

A Sociedade (governo) decide tudo o que acontece com sua vida: O que você veste, come, em que você trabalhará, com quem você irá se casar, quantos filhos terá, e até mesmo o dia da sua morte. Segundo a sociedade tudo é planejado para que todos possam aproveitar suas vidas de forma plena sem se preocupar com o que não devem.

É essa sociedade que Cassia e sua família sempre conheceram, existem histórias que contam como eram as coisas antes de a Sociedade assumir o controle, coisas horríveis podiam acontecer... imaginem quão horrível era você acordar em um dia e descobrir que seu vizinho morreu? Inconcebível, a probabilidade de que algo assim ocorra nos dias de hoje é praticamente nula.

Iniciamos a narrativa às vésperas do "Banquete do Par" de Cassia, quando os jovens completam 17 anos são chamados para uma espécie de jantar, onde a Sociedade irá determinar com base em avaliações genéticas, de personalidade e vários outros fatores quem será o seu "Par Perfeito".

A grande surpresa de Cassia é que algo raro acontece, raro não, algo meramente incomum como os funcionários diriam. Seu par perfeito é alguém que ela conhece muito bem, é um alívio e ao mesmo tempo estranho descobrir que Xander, seu melhor amigo desde sempre é seu par, ele é tudo que ela poderia imaginar para seu par e ainda mais, assim ela não terá que se separar de seus pais e ir viver em um local totalmente desconhecido após o contrato matrimonial.

Todos os novos "casais" recebem uma caixinha com um microcartão que contém os dados referentes ao seu par e com todas as orientações sobre as condutas de namoro (algo como um manual de instruções). A princípio Cassia não dá muita atenção para ver as informações sobre Xander, pois já conhece seus gostos "de cor".

O mundo tão perfeitamente estruturado que Cassia sempre viu na Sociedade começa a ruir quando ela insere o microcartão no terminal e o rosto de outro rapaz aparece no lugar do de Xander, é apenas por um instante, mas é o suficiente para que a dúvida encontre terreno para se desenvolver.

Afinal, a Sociedade não erra! Mas e se por algum motivo a Sociedade estiver errada? E se tudo em que ela sempre acreditou não passar de uma grande mentira? Como seria um mundo onde ela pudesse fazer suas próprias escolhas?

Mesmo tendo gostado da história, sinto que faltou um algo mais, a narrativa por vezes me pareceu boba, em outras conseguiu me prender, não consigo ver esse primeiro livro como nada menos que mediano. Em boa parte o que me prendeu mesmo foi a escrita da autora, que é muito fluida, apesar de não entrar para meus favoritos Destino conseguiu me deixar curiosa por sua continuação (que graças a Deus está aqui do lado) e realmente tenho muitas expectativas para "Travessia".

" – É uma situação rara – diz ela, mas se corrige imediatamente. – Rara não. Perdão. É meramente incomum." Pág 15

" Hoje é domingo. Meu avô faz 80 anos, e por isso vai morrer esta noite. As pessoas costumavam acordar e se perguntar "Será que hoje é o fim?" ou se deitavam para dormir sem saber se retornariam da escuridão." Pág 48


Bjokas!!!

Resenha: http://emporiodoslivros.blogspot.com.br/2012/07/destino-matched-livro-1-ally-condie.html
comentários(0)comente



Carol 21/07/2012

Ainda não tenho uma opinião muito clara a respeito do livro, não sei se gostei ou não, tinha horas que achava o contexto inteligente e tinha horas que achava tão bobinho, eu tenho que parar de ler livros de adolescentes, pois sempre tenho essa opinião no final.

Cássia, Xander e Ky, de todos, o meu personagem favorito é o Xander, por mais que o romance de Cássia está indo pro lado do Ky, achei o mesmo muito enigmático e não me cativou, e para ser mais sincera, comecei a gostar do Ky só lá pro final do livro, mas o Xander é tudo de bom!

O livro tem uma construção fictícia, longe de virar realidade para este mundo, a Sociedade escolhe toda a sua vida e você não tem liberdade de escolha nem do que você pode comer! Eles controlam seu peso, sua alimentação, sua educação, seu relacionamento, seu trabalho, seu pensamento, seu lixo, seus sonhos, suas atividades e você tem medo de eles punirem por sonhar com algo que não estava planejado, como por exemplo sonhar com alguém que não for o seu par.

A história começa no dia do Baile do Par, é uma cerimônia que ocorre na Prefeitura, na qual é informada aos jovens de 17 anos qual o par de cada um, cada adolescente que decidiu não ser um Solteiro pode ser selecionado para qualquer outro jovem em toda a Sociedade, por isso é muito incomum que a pessoa já conheça o seu par. Na hora do anúncio do par da Cássia, algo inusitado acontece, a tela fica preta e depois de silêncio e expectativa, aparece a foto do Xander, seu vizinho e melhor amigo há anos, além disso, Xander é inteligente, lindo, bem humorado, tem um enorme coração (e como já disse, conquistou o meu) e Cássia e toda a sua família recebem aquela notícia como algo que não poderia ser mais perfeito, ficam radiantes, e Cássia começa a enxergar o Xander com outros olhos.

Ao chegar em casa e verificar as informações do seu par, que lhe foram entregues em um chip, Cássia se depara com a foto de uma outra pessoa, Ky. Só que Ky nunca se destacou em nada e, antes desse incidente, ele mal era notado pela própria Cássia. Sem saber o que fazer, recebe uma chamada para ter uma conversa com uma funcionária do governo e a mesma fala com Cássia que o chip teve um erro (o que descobrimos depois que foi proposital, para que fizessem de Cássia um experimento de reações e emoções), e que Ky nunca poderia ter um par, pois ele era uma Anomalia, só que depois desse incidente as coisas nunca mais voltam ao normal.

No decorrer da história Cássia fica cada vez mais próxima de Ky e quebra progressivamente mais e mais regras da Sociedade colocando em risco o seu futuro, aparentemente tão perfeito diante de sua inteligência e de um companheiro tão sólido como Xander.

Porém, Cássia é uma pessoa de garra e sem medo, fica tentada a cada dia que passa a colocar um ponto final naquela forma de viver que a sufoca e lutar pela liberdade sem medir as consequências do que essa rebelião poderá provocar, afinal ela tem que tentar.

Ambos tem coisas diferentes a oferecer, Xander a sua solidez e Ky a promessa de um novo começo, onde Cássia no início fica dividida, porém sua sede pela liberdade aumenta a cada dia e se entrega a paixão por alguém que deseja o mesmo que ela. Só que a sociedade esta cada vez mais de olho nos passos da Cássia e proibindo essa paixão que eles implantaram de propósito na sua vida.

Como estaria a sua vida se naquele chip que lhe entregaram não tivesse aparecido propositalmente a foto do Ky e feito como que Cássia buscasse o novo e desvendar tudo que estava por trás disso?

Destino é o primeiro de uma trilogia a qual eu quero pagar para ver o que acontece! ;)
comentários(0)comente



Ynara 14/07/2012

Ah, o amor...
Os mesmos elementos da maioria dos livros atuais: uma distopia, a sociedade "perfeita", um triângulo amoroso...uma clichezada só! Mas eu amei esse mar de clichês nesse livro, não consegui resistir! A estória é bem contada, os personagens são bem delineados, a começar pela mocinha Cássia, que não é nem um pouco chata, nem perfeitinha, nem choraminguenta. As outras pontas do triângulo, Xander e Ky, são tão carismáticas que fica difícil escolher pra quem torcer. E achei bem interessante a idéia dessa sociedade "perfeita": já pensou, milênios de cultura e conhecimento sendo reduzidos a "100 músicas", "100 poemas", "100 autores"? Milhares de anos de conhecimento descartados literalmente pois um grupo de pessoas achou que era informação demais para a humanidade? Dá até calafrios...Cheguei a achar que leria uma versão de "Delírio" (livro que gostei bastante também), mas apesar da premissa parecida os rumos da narrativa são outros. Toda os detalhes (o poema proibido, Cássia aprendendo a "escrever"...) são bem colocados na estória, e em nenhum momento é melosa demais. Por enquanto não tem tanta ação, mas agora que Cássia tem uma missão, acho que vai ter mais dinamismo no segundo volume. Pretendo ler os próximos, a autora escreve de uma maneira suave mas sem ser entediante. Muito bom.
Flavia 31/08/2012minha estante
Adorei sua resenha! Definiu direitinho o que eu senti.


Ynara 31/08/2012minha estante
Muito obrigada!




Manu Nogueira 10/07/2012

No Futuro, A Sociedade Decide
“Ter o destino definido pelo sistema é um preço a se pagar por uma vida tranquila e saudável, um emprego seguro e a certeza da escolha do companheiro perfeito para se formar uma família”. Destino é o primeiro livro de uma trilogia da escritora Ally Condie, trata-se de questionar e se rebelar, onde aborda a historia da jovem Cassia.
Cassia é o tipo de garota que confia plenamente na Sociedade e em suas regras impostas, aos seus 17 anos esta prestes a ir ao Banquete do Par – um evento único, onde a Sociedade seleciona o Par para constituir uma família perfeita em um futuro próximo. Ao ver o rosto de Xander na tela, seu melhor amigo, Cassia sente uma onda de alivio transbordar pelo seu corpo, porém ao chegar em casa e ver seu microcartão, ao invés de apenas aparecer o rosto de Xander, um outro rosto toma conta da tela... O de Ky.
A partir deste momento tudo começa a ficar mais confuso, afinal a Sociedade não comete erros e apesar de lutar contra isso, Cassia sente uma vontade intrigante de descobrir mais sobre Ky que antes apenas era um conhecido de infância, agora parece ser o inicio de um novo amor; porém ao ver a família perfeita que seus pais construíram e saber das consequências drásticas desse relacionamento secreto, torna a decisão de se rebelar mais difícil.

Ao decorrer das poesias, descobertas, encontros com Ky e conflitantes decisões sobre Xander, Cassia descobre uma Sociedade perversa e a partir dai é cada vez instigada a se rebelar e ter o poder da decisão para com a sua própria vida.
Destino, é um livro que mostra mais do que aparenta ser, trata-se de uma historia detalhada e que prepara o leitor ao imprevisível. A historia lembra alguns traços do livro Jogos Vorazes - apesar da Sociedade de Destino não ser pós-apocalíptica - trata-se de um lugar onde as decisões são tomadas por você, um lugar onde você não tem escolha.
comentários(0)comente



patyalgayer 01/07/2012

Leia no blog: http://www.magicaliteraria.com/resenha-destino-de-ally-condie/

Destino foi mais um livro com temática distópica que me conquistou. Pra falar a verdade, a cada dia gosto mais de distopias, com seus governos ditatoriais e suas duras críticas à sociedade… acho muito interessante o modo como cada autor aborda esta temática, e não consigo deixar de me perguntar se há chances de isso realmente acontecer no futuro! E nesse aspecto, creio que Destino se diferencia um pouco das outras obras que li até agora: afinal, no início desta série somos apresentados a seu modo de vida de uma forma quase que natural, e só depois começamos a questionar os métodos e as regras dessa organização…
Neste livro, acompanhamos a trajetória de Cassia, uma jovem de 17 anos que está prestes a passar por fases muito importantes de sua vida: afinal, aos 17 anos dá-se o Banquete do Par, um jantar onde os jovens da sociedade descobrem qual será a pessoa com quem viverá o resto de sua vida… Cassia está muito ansiosa por este dia e, quando este finalmente chega, tem a agradável surpresa de ver que seu melhor amigo, Xander, será seu par! No entanto, quando vai olhar as informações de Xander no microcartão que ganhara no banquete, Cassia depara-se com o rosto de outro garoto, um garoto que ela também conhece, e que não devia estar ali… Intrigada com o erro, e sentindo-se estranhamente atraída pelo outro garoto – Ky, um vizinho quieto e misterioso que fazia parte de seu círuclo de amizades – , Cassia começa a questionar-se sobre a Sociedade, se realmente vale a pena trocar sua liberdade pela segurança que esta oferece, e se as coisas estão realmente tão bem quanto eles fazem parecer…
Destino nos faz refletir sobre a real importância da liberdade de escolha, nos mostrando como seria se tivéssemos abdicado deste direito em prol da estabilidade e segurança. Afinal, é a Sociedade que decide, através de estimativas e probabilidades, o que você come, no que você trabalha, com quem você casa, quando você morre… e, acompanhando o dilema de Cássia – abraçar a vida tal qual a Sociedade dita, seguindo as regras e ficando com Xander, ou romper as amarras e seguir num relacionamento com Ky? – , vemos como é difícil livrar-se dos antigos hábitos, e como pode ser libertador – apesar de perigoso – quando seguimos nosso coração…
A narrativa de Ally Condie é bem envolvente, fazendo com que realmente sintamos as emoções descritas no livro. Os personagens são muito bem estruturados, e bastante carismáticos também: os dois cativantes “pretendentes” de Cassia (chega a ser quase maldade fazê-la escolher entre Ky e Xander, é um mais fofo que o outro! *-*), seus pais, seu irmão Bram, os funcionários da Sociedade… todos acrescentam muito à trama, influenciando direta e indiretamente nas escolhas de nossa protagonista. A sociedade distópica de Destino é igualmente bem descrita, e parece realmente criar vida nas páginas do livro, transportando-nos para dentro dela e fazemos com que nos sintamos parte de todo o sistema! A história é um pouco introdutória – já que é o primeiro livro de uma trilogia – , mas tem um final muito bom, com um desfecho que te deixa curioso pela continuação…
O livro em si é muito bonito, com uma capa bem legal, diagramação simples, porém boa de ler, e folhas em papel pólen de boa gramatura, que não cansam os olhos. A tradução e revisão foram bem feitas, sem erros gritantes. O livro tem 242 páginas, e é uma história muito boa, que vale a pena ser lida! Nota 9, altamente recomendado!!!
comentários(0)comente



Raíssa 24/06/2012

Destino - http://www.trouxesteachave.wordpress.com
Terminei de ler Destino , da Ally Condie, ontem e ainda não tenho uma opinião muito clara a respeito do livro. O livro é uma distopia, se passando em algo como um futuro distante dos dias atuais, no qual a Sociedade é perfeita e tudo nela é planejado e predeterminado estatisticamente. Aos cidadãos comuns não resta quase nenhuma liberdade de escolha, apenas a escolha entra as poucas opções de lazer que são oferecidas pela mesma.

A história começa no dia do Baile do Par da nossa protagonista, Cassia, e é uma cerimônia na qual será informada aos jovens de 17 anos da Sociedade qual o par perfeito de cada um – baseado em genes, gostos, afinidades e tudo o que possa fazer o casamento dessas duas pessoas o mais agradável possível. Cada adolescente que decidiu não ser um Solteiro pode ser selecionado para qualquer outro jovem em toda a Sociedade, por isso é muito incomum que a pessoa já conheça previamente o seu par. Então o que acontece com Cassia? Ela é selecionada para o seu vizinho e melhor amigo Xander. Além disso, Xander é inteligente, lindo, engraçado e tem tudo para ter um futuro de destaque na Sociedade. Ótimo.

Mas aí as coisas começam a desandar. Ao chegar em casa e tentar verificar as informações do seu par, Xander, que lhe foram entregues em um cartão (tipo cartão de memória mesmo), Cassia se depara com a foto de uma outra pessoa. Essa outra pessoa é também conhecida de Cassia: Ky. Só que, diferente de Xander, Ky nunca se destaca em nada e, antes desse incidente, ele mal era notado pela própria Cassia. Uma Funcionária do governo fala com Cassia que o cartão tinha um defeito, que Ky nunca poderia ter um par, portanto, ele não era o par dela e, sim, Xander. Entretanto, a cabeça de Cassia já estava muito confusa e as coisas nunca mais voltam ao normal. A Sociedade nunca mais vai ser perfeita para ela.

No decorrer da história Cassia fica cada vez mais próxima de Ky e, devido ao seu passado e acontecimentos recentes em sua própria família, ela é tomada cada vez mais por um sentimento que só posso descrever como revolucionário. Cassia quebra progressivamente mais e mais regras da Sociedade colocando em risco o seu futuro, aparentemente tão perfeito diante de sua inteligência e de um companheiro tão sólido como Xander.

Apesar do romance da história ser uma parte muito importante do livro, não tenho muita certeza do quanto ele consegue se tornar o destaque da obra. Acho que as indagações de Cassia e as metáforas de todo o universo distópico tiveram muito mais “presença” no livro do que o triângulo amoroso em si. Xander aparece menos no livro do que eu gostaria. Em muitos momentos oscilei entre torcer para um ou para o outro, mas é uma decisão bem difícil afinal Ky e Xander representam coisas diferentes, vidas opostas.

Destino, por ser o primeiro livro de uma trilogia, foi bastante introdutório e acho que os próximos dois volumes terão mais ação, algo do qual eu senti falta, a narrativa demasiadamente psicológica me deixou um pouco cansada em determinados trechos. Espero, também, que haja um foco a mais em Xander (acho que já falei sobre isso, mas não posso evitar, ele me pareceu um ótimo personagem que foi marginalizado em boa parte do enredo). No mais, achei o livro interessante, vale a leitura, entretanto, mais graças a expectativa de uma continuação do que por méritos desse livro unicamente.
comentários(0)comente



Isabel 23/06/2012

Penso muito sobre essa tal de “liberdade”. Com certeza é uma das coisas mais maravilhosas e arriscadas do mundo: mesmo a liberdade relativa que possuímos em nossa sociedade (que varia de acordo com lugar e status social) pode dar terrivelmente errado – escolher o que quer, quando e onde fazer (além de ter que lidar com as conseqüências de uma escolha ruim) nem sempre é tão agradável como pode soar a primeira vista. E mais: como usufruir completamente de nossa liberdade sem interferir na alheia? Como garantir a paz se cada um pode fazer suas escolhas – e essas escolhas nem sempre serão feitas pensando em quem está a sua volta?

No mundo de Cassia, protagonista do livro Destino, a Sociedade (como o governo é intitulado) escolhe o que você come, o que você faz, com quem você casa, no que você trabalha, como e quando você se diverte, quando você morre. Dar liberdade em pequenas doses é a chave para que isso tudo funcione: logo quando um indivíduo pode começar a pirar com essa vidinha regrada, um pequeno gosto de algo que lhe é normalmente proibido serve como antídoto.

O Banquete do Par é um exemplo nítido disso: marcando o início da vida adulta, a ocasião permite roupas extravagantes, comida em excesso e o melhor de tudo – o recebimento de seu “par”, ou seja, a pessoa que lhe é designada para casamento de acordo com genes, gostos e preferências.
Ter um par que mora na mesma cidade – ainda mais no mesmo bairro – é quase impossível, por isso Cassia tem a impressão de sonhar quando o rosto de Xander, seu melhor amigo desde sempre, aparece na tela: estava ali a promessa de um futuro seguro ao lado de alguém a quem ela já amava e queria bem. A garota então chega em casa, curiosa para checar o microcartão com as informações do seu par – mesmo que conhecesse quase todas.

Cassia, porém, tem uma surpresa: é o rosto de Ky Markshall – o filho adotivo dos vizinhos, proveniente das perigosas Províncias Exteriores – que aparece na tela. Esse erro no sistema de uma das partes mais importantes para a estabilidade da Sociedade faz com que Cassia comece a duvidar da eficiência da mesma. Juntamente com a dor da morte do avô – que, assim como todos, partiu dessa vida no seu aniversário de 80 anos – e a curiosidade para descobrir quem realmente Ky é, Cassia faz algo para ela inédito: burlar as regras.

Apesar de a premissa de Destino não ser das mais originais – afinal, uma sociedade super-controlada é o que move vários outros livros distópicos, incluindo grandes como 1984, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451 – a execução fez com que não parecesse com nada que li antes: é assustador ver tanta obediência sem questionamento. As pecinhas, como em um quebra-cabeça grande, vão se encaixando perfeitamente, demonstrando um enorme planejamento por parte da autora. A passagem de Cassia de “alienada” para “lutando pela liberdade” sinaliza exatamente o tipo de personagem que gosto: a que não nasce sabendo tudo, simplesmente evolui durante a história.

O maior problema do livro é a escrita: não sei se a tradução atrapalhou, mas a forma com que Destino é escrito é bem irregular. Algumas passagens são impecáveis; já outras, cheias de pequenas cacografias e coisinhas básicas do tipo que poderiam ter sido evitadas com mais atenção.

Mas, ainda assim, é um ótimo livro. Afinal, boas distopias são apenas um reflexo exagerado do nosso mundo – e Destino, com certeza o é.

E talvez não seja nem tão exagerado assim.

Originalmente publicada em http://distopicamente.blogspot.com.br/ . Visite para mais resenhas :)
comentários(0)comente



CarolM 21/06/2012

Não foi tudo aquilo que eu esperava.
Destino é o segundo livro com o tema futuro distópico que eu li e talvez por isso não tenha me agradado tanto quanto imaginava. Não depois de ter lido o sensacional Jogos Vorazes.

Imagine ter sua vida totalmente controlada pelo governo (na história esse governo é chamado de Sociedade). Você não tem direito a escolher o que come, o que veste, onde vai, nem mesmo com quem vai casar. Essa é a premissa do livro que é narrado sobre o ponto de vista de Cassia, uma adolescente que, no aniversário de 17 anos, está prestes a realizar um de seus grandes sonhos: conhecer o seu par. Na verdade o par que a Sociedade destinou para ela.
E para sua surpresa, o par escolhido é Xander, seu melhor amigo. Mas não é apenas de Xander as imagens que estão não cartão que ela recebe com as informações sobre o seu par. A imagem de outro garoto também surge na tela; ele é Ky, seu vizinho e colega de escola.
Esse incidente, (teoricamente um erro de informação cometido pela sociedade) aliada a outras situações que ocorrem na vida de Cassia, a levam a questionar o seu direito de escolha e a forma de controle que a Sociedade tem sobre todas as pessoas além de despertar o interesse por Ky a deixando dividida entre os dois garotos.

O livro me atraiu primeiramente pela capa que é linda e tem tudo a ver com a história. E também pelos comentários e resenhas que li em blogs. Tinhia grandes expectativas sobre ele. Mas achei o livro bem chato no início, ele tem pouca ação e se resume a narrar a vidinha totalmente planejada e rotineira de Cassia e seus questionamentos e angustias. Angustias que eu também sentia com ela. Em vários momentos eu tinha vontade de gritar.
Para todos os habitantes essa é a sociedade perfeita onde tudo é igual para todos, mas se essa é a sociedade perfeita prefiro continuar com a nossa.
Imagina nem poder escrever a mão ou desenhar, que pesadelo!!! Ninguém pode criar nada apenas copiar aquilo que foi determinado como bom pela Sociedade o que são apenas 100 poemas, 100 canções, 100 pinturas e 100 histórias.

Um dos pontos altos do livro é Ky, um garoto considerado aberração pela Sociedade e que busca levar uma vida no anonimato mas que nem por isso baixa a cabeça e permite ser controlado. A cenas dele com Cassia são as melhores do livro na minha opinião. Apesar de achar o Xander uma gracinha também.
Outro personagem que gostei muito foi o avô de Cassia. Mesmo que tenha sido uma participação curta ele deixou sua marca no desfecho da trama plantando a sementinha da dúvida nas crenças de Cassia sobre essa vida perfeita estipulada pela sociedade.

Até uma certa altura do livro eu pensava em não continuar a série mas os capítulos finais me fizeram mudar de ideia. Acho que a história promete bons momentos em Crossed, próximo livro da série e pretendo saber como a história vai terminar.

Eu o considero 3 estrelas mas acho que a história tem tudo para ficar muito interessante nos próximos 2 volumes. Recomendado para quem gosta da temática distopia.

Resenha Postada no blog Vida de Leitor
http://www.vidadeleitor.blogspot.com.br/2011/06/destino-ally-condie.html
comentários(0)comente



Raffafust 20/06/2012

Grata surpresa
Destino para mim foi uma grata surpresa. Primeiro porque mesmo um pouco cansada das sociedades distópicas ( e isso sempre ocorre comigo quando leio demais sobre um determinado tema) eu realmente gostei desse livro. Devo dizer que a narrativa é a mesma das demais sociedades distópicas mas nesse primeiro volume, a protagonista Cassia nos ganha com poucas páginas. Primeiro porque exatamente por ela ser controlada o tempo todo e ter uma realidade diferente da nossa, ela é deliciosamente ingênua. Por um tempo cheguei a imaginar como seria ser ela, com 17 anos tendo vivido sobre controle por um governo que acredita que assim a vida é correta, ela finalmente chega a idade de conhecer seu par. Daí o nome original em inglês: matched. Sim, o tal par , a combinação que de acordo com o governo será a pessoa certa para você casar e ter filhos perfeitos.

O bom é que nossa heroína ao mesmo tempo que vibra com a escolha do par ( seu melhor amigo Xander) também começa a indagar se aquilo que vive e que todos aceitam é realmente o certo.

Nada mais normal e previsível, presente em todos os livros do gênero quando ela descobre que há algo de podre no reino da Dinamarca e resolve pesquisar por ela mesma ou desafiar o que até então ela não questionava.

E tudo isso é muito bem descrito pela autora que nos emociona ( pelo menos eu chorei horrores lembrando do meu avô) quando sabemos que ninguém pode viver mais de 80 anos.

E a nossa protagonista tem que dizer adeus ao avô sem ele ter qualquer doença, apenas por ser velho.

Como não indagar que é injusto, como aceitar que alguém que amamos e que está presente em nossa vida desde que nascemos deve morrer mesmo estando sadio?Outro fator que a faz mudar e indagar as coisas é quando conhece a aberração ( como são chamados os que não podem ter pares, os que de certa forma e sem explicação um dia sumirão): Ky. De amigo a segundo pretendente na história é um pulo e a gente nem sabe pra quem torcer porque Xander e Ky são fofos.

Para completar a vida de todos eles é vigilada, eles carregam comprimidos que tem que tomar sem nem saber para que servem....e se vê no decorrer das história enfrentando o sistema que não a deixa fazer as próprias escolhas até porque mesmo não querendo correr riscos, ela sofre ao ver o pai preso por motivo que não vou contar aqui mas que é mais um motivo para ela se perguntar se é certo mesmo escolherem como ela deve levar a vida.

O segundo volume já saiu e já comecei a ler, porque livro bom é assim, tem que ter a continuação ao lado, senão morremos de curiosidade.
comentários(0)comente



Bookaholic Girl 18/06/2012

Num mundo anos a frente, quem controla tudo é a Sociedade. Ela lhe diz com que idade você vai começar a namorar, casar, ter filhos, que profissão seguir, que lugares ir, o que comer e até já define o dia da sua morte. Um sistema opressivo controlado pelos denominados Funcionários, pessoas cuja função é obrigar você a seguir as regras e lhe dizer que esse é o melhor, afinal a Sociedade sabe o que é melhor, não é a toa que o “mundo” anterior foi deteriorado. Até que esse controle da Sociedade teve uma falha...



Aos dezessete anos você descobre com quem vai se casar, baseada em todas as suas informações a sociedade lhe diz que é o seu par perfeito. Quando sua hora chegou, Cassia não podia se conter de ansiedade, e tamanha sua surpresa foi ao descobrir que Xander, seu melhor amigo era seu par, afinal, nunca ocorre dos pares já se conhecerem, são sempre pessoas de Sociedades distintas e distantes, que terão o início do relacionamento acompanhado pelos funcionários. Bom, Cassia parecia ser a exceção.

E de fato foi. Por um momento seu cartão que identificava seu par mostrou a foto de outra pessoa, que curiosamente ela também conhecia, Ky, um amigo não tão intimo, muito misterioso e cheio de histórias. Qual a probabilidade de dois amigos seus serem seu par? Da Sociedade errar? Qual seu verdadeiro par?

Esse erro da Sociedade foi o necessário para abrir em Cassia o ponto da dúvida, até que ponto a Sociedade estava mesmo fazendo o melhor?

Conforme conhece melhor Ky, maior fica sua dúvida. De quem ela realmente gosta?



Ambientando um novo mundo, Destino é o primeiro livro de uma trilogia distópica muito bem bolada pela Ally Condie. Distopia agora parece ser o gênero do momento, não? Mas o que vem me surpreendendo é que, a cada livro, a história vem sendo ambientada de forma distinta e criativa, nada dos mesmos clichês.

Continua... http://www.bookaholicgirls.com/2012/06/destino.html
comentários(0)comente



Bruna Britti 15/06/2012

www.supremeromance.blogspot.com

***

De vez em quando vou contra a correnteza. Quando todos adoram um livro, comentam, divulgam, eu leio e acabo achando… bom. Só bom.

Isso aconteceu com Destino. Depois de duas tentativas, acho que distopia não é minha praia. Definitivamente. Para quem ficar curioso, minha primeira leitura partiu de Jogos Vorazes, e o resultado foi decepção por tanto barulho que o livro vinha causando. Com Destino foi igual. Eu até gostei, mas… não achei tudo isso que falam.

Cassia é uma garota que vive num futuro onde a Sociedade, uma espécie de governo, controla tudo. Mas quando falamos em tudo, é tudo mesmo. Como você vai se divertir, quais serão os jogos, o que você vai comer, qual a quantidade, quando você vai morrer, o que vai vestir e quem você você vai se apaixonar. Até mesmo seus sonhos são monitorados pela Sociedade, que tem como justificava a proposta de uma sociedade harmoniosa, sem a discórdia, o caos, inveja, pobreza e todos esses blá, blá, blás que um dia já foram a desgraça da humanidade.

Todos aceitam isso pacificamente, até mesmo Cassia. Todos ficam agradecidos por um Sociedade que cuide deles, proporcionando um estilo de vida razoavelmente feliz. Entretanto, poucos dias depois de ter sido apresentada ao rapaz que seria seu Par – ou seja, seu marido para a vida toda, algo dá errado e o sistema que controla isso apresenta para ela outra possibilidade, um garoto chamado Ky. É aí que Cassia se pergunta até onde a Sociedade está correta.

Posso dizer que tudo que encontrei de negativo em Jogos Vorazes apareceu em Destino também. A narrativa lenta, sem atrativos, sem diálogos realmente interessantes ou uma ação que não acontecesse somente nas últimas páginas do livro. O romance? Achei um dos mais fracos e sem graça que já li. Nada acontecia e já na metade da história me vi pulando várias páginas. Uma pena.

Então, porque três estrelas? Embora eu ainda ache que as autoras precisem adaptar melhor essa idea de romance + crítica social + narrativa, sem que uma acabe jogando as outras para escanteio, a proposta foi melhor apresentada. Um governo – ou melhor, uma Sociedade manipuladora em causa de um “bem maior” foi bem elaborada e até bastante plausível. Com o tempo, as pessoas acabaram se acomodando com o que a Sociedade tinha a oferecer – a aparência da vida perfeita, - e se esqueceram de lutar pelas próprias escolhas e opiniões.

Sim, embora eu tenha achado a narrativa lenta, também tenho que dar algum crédito a ela. É através dos pensamentos de Cassia que toda essa abordagem é feita. No princípio apenas mais uma entre tantos outros que seguem as regras, mas, conforme virava as páginas, seus pensamentos rebelava-se em pequenas doses. Porque ela tinha que amar quem a Sociedade designava? Porque ela não podia ter um objeto pessoal? Porque a Sociedade não permite as pessoas lerem poemas, a não ser aquelas que ela havia escolhido? Em parte, a narrativa chega ser poética e bonita. Em outras, um tanto repetitiva e monótona, mas não deixa de ser interessante toda essa mensagem por trás.

Acabei gostando da proposta. O resultado foi esse, gostei da mensagem, achei ruim a história. Se é possível não sei, mas confesso que não me animei para ler a continuação, Travessia, que foi lançado pela Suma não faz muito tempo. Entretanto, indico dois filmes maravilhosos que representam exatamente esse livro e toda essa idea. Equilibrium e A Ilha. Para quem gosta, será uma noite de pipoca. ;)
comentários(0)comente



Maya 14/06/2012

Gostei bastante de Destino, o ritmo da narrativo é bom e em nenhum momento achei o livro tedioso ou arrastado. Cássia vai descobrindo aos poucos que ela pode criar, com a ajuda de Ky, e o relacionamento dos dois vai evoluindo com as descobertas.

Normalmente em livros em que a protagonista tem dois pretendentes, os leitores assumem um ‘time’. Depois de ler Destino, não consegui escolher um dos dois (Xander e Ky). Fiquei bem dividida e creio que vou conseguir decidir no próximo (ou só no último livro da trilogia).

Destino é uma preparação para os próximos dois livros da série, ele apresenta os personagens e abre o terreno para a ação/aventura da Cássia contra a Sociedade.

Mais em:
http://www.mayamoura.com/2011/06/livro-destino/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Juliana ;* 05/06/2012

Convite a reflexão.
É no mínimo significativa a quantidade de livros lançados recentemente que tratam como tema o que acontecerá no futuro. A maioria apresentando uma sociedade quase ditatorial, com regras severas e que são aceitáveis apenas porque a população é convencida de que é o melhor caminho para a sobrevivência e fazendo com que o passado seja algo totalmente errado e negativo. É claro que isto não acontece de repente. Várias gerações vão são criadas desta forma fazendo com que seus costumes e atitudes sejam remodelados. E é exatamente em meio a este cenário que esta história é narrada.

Cassia vive nos tempos em que a Sociedade toma todas as decisões que hoje conhecemos por individuais. Desde o que você come, onde você trabalha, como se diverte, com quem se casa até a data de sua morte (ao chegar aos 80 anos). A habilidade que a autora demonstra ao imaginar um mundo de forma tão incrível e ao mesmo tempo tão real é fantástica, e o modo que ela o descreve é tão marcante que faz com que questionemos se as situações descritas no livro poderiam mesmo tornar-se realidade.

E o Sistema que determina os Pares (casais considerados perfeitos) baseando-se em estatísticas e em características de cada jovem. E é claro que o Banquete (evento onde os Pares são escolhidos), é o evento mais esperado tanto pelos jovens quanto por suas famílias. Tomada de nervosismo e completamente ansiosa, Cassia descobre que seu par ideal é também o seu melhor amigo Xander, que ela ama e conhece desde sempre. Um cara carinhoso, amável, bonito e inteligente. Porém, num sistema quase perfeito, que nunca comete erros, uma falha acaba apresentando a Cassia, Ky, um menino que apesar de bonito e inteligente não tem e nem terá um par. Mas o que o garoto teria feito, para que fosse fadado a eterna solidão? Xander ou Ky? Qual dos dois será realmente o Par de Cassia? E será que cabe mesmo a Sociedade escolher o futuro destes jovens, ou esta deveria ser uma escolha pessoal?

Não preciso nem dizer que assim que vi a capa de Destino fiquei morrendo de vontade de ler não é mesmo? Afinal a capa é maravilhosa e isto é quase unânime na opinião dos blogueiros. A diagramação é bem simples (do jeito que eu gosto) e a história é contada em primeira pessoa, no caso por Cassia. É importante deixar muito claro que a autora fez um excelente trabalho ao narrar os detalhes dos cenários e das situações e caprichou na criatividade para criar essa nova sociedade cheia de características marcantes e surpreendentes. Afinal quem imaginaria um mundo onde os livros impressos em papel não existem e o que restou de nossas obras fora censurado? Destino nos propõe uma reflexão sobre como vivemos, como pensamos e principalmente em como nos posicionamos em quanto cidadão. Na Sociedade apresentada no livro, tudo é passados para a população de modo estritamente cuidadoso. Cada música, cada palavra, cada atitude é examinada pela Sociedade o que nos faz refletir sobre o que é liberdade, e principalmente, se a temos. A população narrada no livro não tem opções de escolha, e até aquilo que julgam ser escolhas pessoais são ditadas pelas autoridades visando, aparentemente, o melhor futuro para todos.

Porém, infelizmente, Destino não me tocou de forma significativa e verdadeira. Durante a leitura por várias vezes pensei em largar o livro, o que é raro acontecer comigo. Vocês sabem que eu sofro muito por não gostar de triângulos amorosos e estes sempre serem inseridos nos livros. É de minha natureza torcer pelo casal errado e desta vez não foi diferente. Maaas é bom deixar claro que o triângulo amoroso não é o ponto central desta narração, ou melhor, não por muito tempo o que pra mim conta como ponto positivo. Poucos personagens me cativaram verdadeiramente, na verdade só o Xander, o que vamos combinar que aparece super pouco o que é injusto.

Entre pontos positivos e negativos é importante dizer, que apesar de qualquer coisa, Destino tem uma mensagem muito evidente de como funcionaria uma sociedade onde toda a população fosse modulada e programada para ser plenamente feliz. Tanto pessoal quanto profissionalmente.

Antes de qualquer coisa tenha em mente que este é um livro reflexivo. E se você busca por um livro de romance pode decepcionar-se ao começar este leitura.

Lembrando que a minha opinião é meramente pessoal e não deve ser levada como crítica profissional.
comentários(0)comente



307 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR