Janise Martins 07/02/2020
O Rei do Ferro
Narrado na primeira pessoa, na visão de Meghan, uma adolescente que não se sente bem encaixada na sociedade, que demonstra ser boa de coração (que tem horas que chega a ser chata).
A história começa simples sem pretensão, mas ela vai levando o leitor para as próximas páginas, em uma leitura leve e rápida e colocando alguns acontecimentos que vão chamando atenção. Meghan passa a perceber coisas que não tinha notado antes. Coisas estranhas começam a acontecer, seu amigo Robbie também parece estar diferente. Na verdade os olhos dela estão sendo “abertos” e criaturas vão surgindo.
(Ela começa a ver coisas e aceita quase que tranquila? E já sai em uma aventura no meio de criaturas? Não tinha que ter aí um draminha? Mas tudo bem, vou embarcar nessa canoa, quero ver o que acontece.)
Com certeza é um livro de aventura com movimento e ritmo, em um mundo novo com criaturas bem diferentes. Meghan se arriscou estar ali porque está em busca de seu meio-irmão Ethan, que foi trocado por uma criatura em seu lugar. Mas essa tarefa não está sendo nada fácil.
Além de um mundo novo, criaturas perseguindo, quase morrendo, ainda descobre que é meio fey, porque é filha do Rei Oberon no reino faery, desse mundo que ela acaba de descobrir. Outra descoberta é que ela não poderá voltar para o seu mundo.
Um fato interessante que o Rei conta a Meghan, é sobre o esquecimento. Quando a gente vai lendo e chega nessa parte, nos lembramos e logo dizemos a nós mesmos: ahhhh é por isso! Mas esse rei não é de nada, não protege a filha e se mantém distante.
O reino faery é muito interessante, acho mesmo que é lindo e muito, muito vivo. Só lamentei, não sei se é bem um lamento, mas são muitas criaturas, muitos nomes, para guardar e imaginar tudo, requer uma leitura mais lenta, para ir formando as imagens e cenários. Mas é bom. Não podemos esquecer que humano ali é praticamente alimento. E se você der sua palavra, está preso em um contrato. Ninguém faz favor sem receber nada em troca (nada diferente da realidade).
As atitudes de Meghan são puramente de adolescente boba, pode ser boa de coração, mas é infantil. Fico pensando por que Julie Kagawa não colocou ela menos “adolescente”. Agora Puck, o seu “protetor” é ótimo, muito divertido. Ash é um príncipe sem graça (mas é lindão, está perdoado hehehe), o Gato, é “ácido”.
Vira e mexe os escritores colocam umas besteiradas em seus livros, pois é, Julie lançou mão desse “artifício”. Colocou a tecnologia como um mal assolando o reino de faery, ficou horrível! Hehehehehe…
Mas gostei como terminou dando abertura para o livro seguinte.
Não é um livro de palpitar ou emocionar demais. Mas dá para passar o tempo.
Outro que estou pensando se vou continuar a ler.
Até lá!
Bjoo
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