Perto do coração selvagem

Perto do coração selvagem Clarice Lispector




Resenhas - Perto Do Coração Selvagem


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lara855 26/05/2024

Perto do Coração Selvagem é uma obra escrita por Clarice Lispector em 1944. O livro mostra o cotidiano de Joana, menina criada pelo pai, já que a mãe, Elza, morrera muito cedo.

No decorrer de todo o livro mostra o conflito entre morte e vida, bem e mal, amor e ódio, a crise do indivíduo. A busca por algo aparentemente exterior e descobrindo que é a procura do autoconhecimento.

?Perto do coração selvagem? é um dos primeiros romances de Clarice Lispector; romance inovador e renovado, isso por quebrar com a ordem cronológica de início-meio-fim. Deve-se ler obra com um olhar e atitude usada na ciência da anatomia: utilizar o bisturi para dissecar e pinça para estudar e entender os vários personagens como órgãos autônomos, que em momentos se entrelaçam por estranhas ligações, a personagem Joana é o cérebro da trama.
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Josiane 23/05/2024

Não dei 5? pq não é um gênero literário que sou acostumada..
Perto do Coração Selvagem é um romance que explora a autoidentidade de Joana, uma protagonista que desafia as expectativas tradicionais de uma personagem feminina. Joana é fria e distante, não se divide entre o bem e o mal, e possui uma presença marcante no livro. Sempre que o leitor pensa estar compreendendo-a, ela escapa como se não quisesse ser capturada ou descoberta. Não é a personagem que sempre esperamos ver; é como se ela falasse por todas as mulheres, uma língua que homem algum entende, representando verdadeiramente o ódio e a raiva feminina. Este livro não é sobre um tema específico; é sobre a vida, sem objetivo claro. É único por ser extremamente íntimo, com descrições detalhadas dos sentimentos e pensamentos humanos. Perto do Coração Selvagem é uma sombra intimidante que, quanto mais você lê, mais te consome. Joana se sente como um exato animal selvagem, perfeita e feita para o mal. Este livro é a prova de que Clarice Lispector escreve como ninguém, e que ninguém escreve como ela.
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Júlia 23/05/2024

Um livro que conta a história de uma menina comum e suas experiências internas diante da vida - é bem existencial e um pouco poético e cru - me lembrou bastante uma essência existencialista e humanista - chegando até a comparar com o insitgh de Carl Rogers no livro tornar-se pessoa e me surpreende descobrir que Clarice escreveu esse livro com apenas 17 anos.
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Janaína Calmet 21/05/2024

"Perto do coração selvagem" foi minha primeira experiência de leitura coletiva com a Nossa Sociedade Literária.

Mas, confesso, não foi nada fácil ler Clarice desta vez. Não pelo estilo da escrita, que eu já conhecia um pouco. Mas pela ferocidade das palavras; pela verdade das palavras que Joana (a protagonista) derrama sobre o leitor, que acaba por ver-se refletido em muitos dos seus questionamentos, em muitos seus dolorosos dilemas.

Ler Clarice nunca é confortável. É desafiador. É incômodo. É visceral. Mas pode ser muito libertador também!
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Bru 20/05/2024

A inefabilidade dos livros da Clarice.
Os livros da Clarice não conseguem ser lidos por qualquer um, após ler três de todos seus livros, eu comecei a compreender profundamente da imensidão de se conectar com o seu interior ao ler a Clarice e até mesmo os personagens que ela descreve como parte do que somos de forma tão ensurdecedora que chega a acolher nossa vida. Incrível como esse livro é lindo! Recomendo
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utopiazinho 17/05/2024

Como esperado por mim, fiquei muito perdido durante a leitura. no geral, achei o livro bem chato até chegar na reta final, onde as coisas "esquentam"
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Sofia889 17/05/2024

"O peso do coração selvagem"é um livro sobre nada,e é isso oque o faz tão é especial.
O livro é o primeiro da clarice lispector e já me contradizendo,ele não é sobre nada,ele é sobre a vida,mas ele não tem nenhum um objetivo ou um tema preciso o ao menos, mas mesmo assim ele é muito bom; Hoje eu chorei lendo uma simples frase do livro,não porque ela era triste mascsim porque ela era bonita demais,é a estrutura que o faz tão grandioso
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Paulina.Godtsfriedt 16/05/2024

Belíssimo! Uma viagem para dentro, um convite ao abraço da sombra...
Sombria, bela, direta, com memórias tão cheias cenário e subtexto que a leitura para mim foi impossível de ser feita de forma corrida. Precisei degustar, apreciar a conta gotas. Feminino mas ao mesmo tempo psicanalítico o que traz uma dose bem masculina para o texto, não só nas partes do Otávio. Joana vai te transportar para questões filosóficas, ao mesmo tempo que te confronta com questões muito humanas. Amei, recomendo e se trata de um livro para reler sempre.
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naticeccato 15/05/2024

Gostei bastante do livro no geral mas no final nn tava mais aguentando tanto monologo, clarisse vc é diva!!!
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Maria21381 11/05/2024

"De qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo"
Uma enchente gaúcha e muito trabalho depois, terminei o famigerado. Me identifiquei um eito com a Joana, como sabia que o faria, porque já conhecia o suficiente sobre a história.
Quem estranha o coração selvagem batendo com sede de Água Viva (ou "água fervendo") não merece a avalanche de luz que jorra das Joanas. Amo a Clarice até o fim.
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Raomi1 11/05/2024

O que mais dizer?
Essa é a primeira experiência que tenho lendo um livro da queridissima e emblemática Clarice, e o meu choque não poderia ser, de forma felizmente positiva, diferente. Eu possuo todos os contos dela aqui comigo, e esse era o contato que costumava ter, sorteando vez ou outra uma pagina em que meus olhos se depositassem, para assim embarcar na leitura. Com a forma mais extensa e narrada, não mais se prendendo ao enredo curto de um conto, a autora nos traz o vislumbre do que é a profundidade da sua escrita, que aqui, por ser seu primeiro livro, ainda vê-se as transformações e em como a prática a ensinou a manusear as palavras de forma mágica, criando sinuosidades que nos deixam de queixo.

Joana aqui é o retrato falado da imprevibilidade, nada do que se espera - e nem do que se quer - que uma pessoa faça, ela o fará. O que para muitos soa odioso e ultrajante, ela toma como impulso para discorrer sobre a profundidade de suas sensações. Vez ou outra observando quem está ao seu entorno e deixando, mesmo que de maneira inconsciente - acreditando eu que não - uma série de pequenas armadilhas em suas falas e expressões, que em essência não visam arrancar o pedaço de seu ninguém, mas Joana, tenaz e perspicaz de uma forma inocente, coleta o rastro da individualidade de quem se cruza com ela, para que de forma voraz consiga compreender o que é de fato a vida e o que é isso de que todos tanto falam.

A narrativa tem um tom sinestésico bastante bonito, conferindo gostos aos sons, cores aos gostos, texturas às visões e, quando não se há como nomear, ela simplesmente rompe o tempo e o espaço para expressar o que se revira na paixão tempestuosa das suas entranhas. Não tenho muito o que dizer, pois levará um tempo até que uma parte do feitiço deixado por Clarice se dilua dentro de mim.
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Vic feitoza 11/05/2024

"Ela só sabia viver."
Reli esse livro porque agora tenho essa edição e eu simplesmente não encontro palavras pra descrever a experiência dessa leitura. Para mim é o suprassumo da literatura, eu tenho certeza que eu nunca li nada parecido com isso. Clarice Lispector não escreve como ninguém e literalmente ninguém escreve como ela. Eu consigo sentir a voz dela dentro desse livro, destrinchando sentimentos e emoções de um jeito tão incomum e completo que qualquer leitura que você fizer depois dessa vai parecer qualquer outra coisa. Eu tenho certeza que essa foi a melhor leitura que eu já fiz.
É como se a personagem principal fosse o feminino todo e não somente uma mulher, falando um língua que homem nenhum entende, sentindo coisas que ela nem ao menos consegue verbalizar ou explicar. É literalmente o que é ser mulher. Esse livro é fantástico, eu não tenho outra palavra pra descrever. Nunca vou esquecer.
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sam (?) 11/05/2024

E pensar que foi a primeira publicação!!
Não há palavras completas o suficiente para descrever Clarice. O livro inteiro é sentimento, é a absorção ao âmago dos sentimentos que as palavras transmitem, me encurto na escrita por vergonha dos termos defeituosos e da falta de dedicação especial que não posso dedicar agora pra falar sobre essa obra.
Acredito que há, no Brasil, dois tipos de pessoas: As que não leram Clarice, e as que tiveram a oportunidade. Pois você não sai o mesmo, o livro tranfigura e transforma experiências tão inatingíveis em expressão por meio de palavras extremamente certeiras (ao mesmo tempo que muitas vezes, contraditórias, assim como as tais experiências que elas descrevem) e o leitor se sente intimidado por tamanha que é a identificação ao que está escrito, como se estivesse esperado por toda a vida para ler aquelas palavras, não há preço por isso.
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alpaco 09/05/2024

Perto do coração selvagem
Romance de estreia da Clarice, já traz um jeitinho muito dela, muito interno e reflexivo. A Joana é assim, uma personagem livre e selvagem por olhar e viver muito por si mesma. Não entendi, tratada como uma víbora ou se vendo como uma ave difícil de domar, ela é quase como o imperador deus de duna, uma criatura. Uma criatura dura, profunda, que vai e volta em aí mesmo e vive em seu dilema de se entender, como se constantemente se levasse em uma corrente muito forte de si mesma.
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