@vaisetratarleitora 24/07/2022
Me surpreendeu
Esse livro é o 14° escrito pela Agatha Christie, tendo sido lançado em 1930.
Ele é bem diferente dos outros pois traz 2 histórias escritas a várias mãos. Sabe aquela brincadeira em grupo de criança, e até em algumas dinâmicas entre adultos, onde um começa uma história, então a próxima pessoa deve continuar como quiser e assim vai até todos terem participado? É assim que essas duas histórias foram escritas. Um grupo de autores, incluindo a Agatha, foram os responsáveis por essas histórias. O primeiro escritor fez o primeiro capítulo, então o segundo leu e escreveu o segundo capítulo, então o terceiro leu os dois primeiros e escreveu o terceiro e assim foi até o final e ao longo dos capítulos eles deveriam desvendar o mistério das histórias. Eu não imaginava que poderia dar certo, mas deu.
É bem interessante ir lendo e vendo a diferença na escrita dos diferentes autores e mesmo assim ainda manter a coesão da história.
A primeira história, que dá nome ao livro, O Cadáver Atrás do Biombo, tem uma narrativa bem carregada de tensão e uma aura meio sobrenatural que não me agrada, embora o mistério seja bem real e nada tenha de sobrenatural. Não sei explicar, mas não curti essa história.
Já a segunda história, Um Furo Jornalístico é muito melhor. Temos uma trama bem intrincada, onde a gente não sabe o que pensar até que a própria história revele o criminoso durante o desenvolvimento, mas isso não tira a força da continuação pois a gente fica na expectativa de saber o que vai acontecer. Essa história eu achei realmente muito boa e o livro só não levou 5 estrelas por causa da primeira, se fosse só por essa, levava com certeza.
Amei a senhorita Blackwood que foi mais sagaz que os homens tudo que estavam investigando e fiquei morrendo de medo de algo acontecer com ela e com o cachorrinho, mas tudo terminou bem.
Recomendo demais pela segunda história, vale a pena ler.