Cidade da Penumbra

Cidade da Penumbra Lolita Pille




Resenhas - Cidade da Penumbra


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Emanuel 14/05/2013

Dia ou noite, uma tarde ensolarada ou nublada. Isso não existe mais. O sol foi encoberto por um gás e o planeta está mergulhado na escuridão. Bem-vindo à cidade da penumbra! Todos têm direito à Beleza, à Juventude, ao Conforto Mínimo. Clair-Mode, onde você vive nas custas do governo e as regras são ditadas pelas grandes empresas. A beleza exacerbada agora é atingível e drogas são vendidas legalmente após a Guerra Narcótica. Praticamente uma sociedade perfeita.

Ficou curioso(a) e quer conhecer mais sobre o livro? Entre no meu blog e leia a resenha completa da francesa Lolita.
http://eomundoterminouemlivros.tumblr.com/post/50356606717/cidade-da-penumbra-de-lolita-pille
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teophillo 26/03/2013

Só comecei a entender a história a parir da página 80.
Porém, o livro é bom.
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Rita Nunes 31/01/2013

Que livro! Estou extasiada!
Ao entrar nesse estranho mundo de Lolita Pille, não espere descrições minuciosas e explicações detalhadas para tudo. É a cidade da penumbra. Somos conduzidos no escuro, e é preciso formar a imagem do todo a partir do pouco que conseguimos ver. E não é um mundo bonito. Ela pega o mundo e sacode, e toda a sujeira que costuma descansar no fundo vem à superfície. No entanto, não é um mundo tão diferente do nosso, e é exatamente esse o assunto do livro. Você quer mesmo saber a verdade? E, sabendo, quer mesmo tomar alguma atitude?
A maneira como ela escreve, nossa, é repugnante e irresistível. É um livro obsceno, violento, perturbador, e um dos mais memoráveis que já li na minha vida.
Recomendo. Mas vou avisando: não é um livro bonitinho. É pra quem tem estômago forte!
Jessé 03/05/2018minha estante
Ótima resenha, descreveu perfeitamente o que senti na minha leitura.


Rita Nunes 03/05/2018minha estante
Obrigada! Eu fiquei surpresa ao descobrir que a maioria das pessoas não gosta desse livro. Eu amei! Virei fã da Lolita!




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hammy 06/01/2013

Eu gostei, mas mudaria a sinopse pois pra mim Syd Paradyne no livro todo esta em busca da verdade de Clair Monde, e não investigando o caso da morte do obeso ou estando num romance com Blue
Se Lolita Pille tentou nos dizer o motivo da morte do obeso, deixou a desejar!

Mas, apesar de fugir da sinopse e do tema proposto, é um bom livro.
Não sei como tem tantas criticas negativas!

E aliás, prefiro quando Lolita escreve em primeira pessoa, como em Hell e Bubble Gum.
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Gêmeas 28/12/2012

http://gemeasthings.blogspot.com.br/2012/12/cidade-da-penumbra.html

Estava muito animada para ler esse livro, estava na minha lista de desejos há muito tempo. Afinal, é da Lolila Pille, uma das escritoras mais sinceras e sem papas na língua da nossa geração. Lolita Pille ficou conhecida após o sucesso de Hell Paris, que na minha opinião é o melhor livro da autora. É um tapa na cara da sociedade, uma leitura obrigatória. Se você ainda não o leu, corra porque é muito bom.

Cidade da penumbra conta a história de Syd, um detetive nada convecional, que quer resolver os mistérios de sua cidade, mas ao fazer isso ele acaba quebrando muitas regras. Ele descobre segredos do governo, da medicina, e o mais assustador: das pessoas ao seu redor. O personagem é bem interessante, inteligente e cativante.

O ritmo do livro é um pouco lento, acabei demorando bastante para ler, pois não é uma leitura tão fácil e óbvia. Você tem que prestar atenção em todos os detalhes, pois são como um quebra-cabeça na história. Dos três livros que li da autora, Cidade da Penumbra foi o que menos gostei, acredito que foi por causa do tema. Apesar de gostar bastante de distopias, esse acabou se focando mais no lado político, o que acabou deixando o livro nesse ritmo lento e um pouco cansativo.

As pessoas que menos esperamos acabam sendo envolvidas nos segredos e armações, achei um ponto positivo na história.

A minha personagem favorita foi Blue, a achei super interessante e cheia de segredos. A história dela é bem bacana e bem elaborada. As personagens femininas nos livros da Lolita sempre são fortes e destemidas, acho isso uma marca registrada dela.

Indico a leitura para quem gosta de um bom mistério policial e gosta bastante de política e assuntos do governo. E para quem não leu os outros dois livros da Pille, aqui fica a dica. São muito bons.
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"Ana Paula" 20/04/2012

Cidade da Penumbra, é um livro futurístico. O sol sumiu, as cidades são construidas dentro de bolhas que dão ao assinante (pessoas) tudo o que elas desejam: Beleza, dinheiro, juventude, enfim, a felicidade eterna. Uma tela-rastreador, serve como telefone, e ainda te avisa se sua alma gemea estiver perto de vc! Drogas são legais e vc pode ir trabalhar drogado que vc não vai ser preso!

Nesse mundo diferente, onde ninguem se pergunta o porque de nada, um detetive da SPI, Syd Paradine, resolve perguntar porque. Syd descobre coisas que a SPSM (Serviço de Proteção contra Si Mesmo) quer esconder, e no meio de fugas e mais respostas, Syd conhece Blue Smith, uma mulher encantadora que faz com que Syd tenha medo de morrer.

É um livro legal, mas não gostei. Muito cansativo, com muitas voltas e as vezes me perdi totalmente no livro. Mas a história é boa. Achei a capa linda, mas o interior deixou a desejar!!!!
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Gabi 18/10/2011

Cidade da penumbra
Cidade da Penumbra narra a história de um policial que busca esclarecimentos sobre um suicídio. Durante a sua busca ele descobre os podres de uma cidade que vive sob o domínido do poder, da ambição, da beleza, das drogas e da ciência.

Um grande e espesso nevoeiro encobriu a cidade deixando-a na escuridão, impedindo os raiso do sol de ultrapassá-lo.
Neste tempo, a biotecnologia e a biogenetica são estremamente avançadas. Os civis tem um rastreador com várias funções incluindo a função de confessioario, todos os cidadãos precisam dedicar 11 minutos do seu tempo para se confessar.
Você pode ter a beleza que desejar, inclusive ter colnes; As drogas são 100% legalizadas, vendidas em farmácias. Quem não segue as regras são severamente punido. Um guerra narcótica está acontecendo diariamente.
É a cidade da ilusão. Onde o poder e o domínio são exercídos disfarçados de promessas de felicidades.

Apesar de ter um contexto bom, a narrativa é um pouco cansativa, o enredo é de difícil acompanhamento. Um final ruim. Você espera até o final para entender tudo e no final acaba não explicando praticamente nada. Na verdade, é difícil entender como acaba.

Esta escritora tem uma maneira particular de escrever que para mim, muitas vezes foi difícil de compreender.
Para quem gosta de ficção é uma boa leitura. Eu particularmente não gostei muito, apesar do assunto ser super interessante, mas o enredo que ela deu a história e confuso e você não vê a hora de acabar. Apesar de tudo isso, opinião é algo muito particular, talvez vocês gostem. Leiam e me contem suas opiniões.

http://tathy.com.br/2011/03/cidade-da-penumbra-de-lolita-pille/
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Karol 28/09/2011

Quero ser 1984.
Em Cidade da Penumbra, Lolita Pille conta a história de Syd, policial em uma cidade que há décadas não vê a luz do sol e é uma evolução ruim do nosso mundo de hoje. É uma ficção científica descaradamente baseada em 1984, do George Orwell, só que mais atual. Eu li algumas pessoas por aí dizendo que é a evolução provável do mundo de hoje, que estamos todos perdidos e blá, blá, blá, blá. Acho difícil. A tal cidade da penumbra, Clair-Monde, é um antro de tudo o que não presta: pedofilia, publicidade exagerada, prostituição, busca desenfreada pela perfeição estética, vigilância constante, drogas, drogas, drogas… Essas coisas. Sinceramente, o nosso mundo pode estar muito ruim, mas não imagino uma situação dessas, afinal, sou uma pessoa otimista. A tendência é melhorar.

Voltando… Nessa cidade o protagonista Syd é um policial do Sistema de Proteção contra Si Mesmo (SPSM) que, em tese, deve impedir as pessoas de cometer suicídio – o que é muito comum em Clair-Monde. Nós começamos a acompanhar sua história exatamente no ponto em que ele não consegue impedir o suicídio de um obeso, raridade no local. A partir daí, ele passa a percorrer a cidade em uma busca desenfreada por… bom, pra mim é aí que começa de verdade o problema do livro.

Cidade da Penumbra é um livro, no mínimo, complicado. Complicado porque, na minha humilde opinião, ele sai do nada pra chegar a lugar nenhum. Não me entendam mal, o livro tem um plano de fundo muito bom. Como eu já citei acima, é uma bela crítica à sociedade consumista atual e à ditadura da beleza. Mas tem muitas coisas no livro que não fazem sentido. Eu estou até agora me perguntando o que diabos o Syd estava investigando, pois simplesmente não fica claro. Ele fica o livro todo praticamente em claro buscando sabe-se Deus o que, e sabe-se Deus por qual motivo. Ok, eu entendi que ele está revoltado com o mundo “plástico” em que vive mas ele não quer derrubar o governo ou arregimentar a população para uma revolta. Ou melhor, eu acho que não, porque, definitivamente, não ficou claro.

No início achei que ele investigaria a morte do cara obeso. Depois achei que ele investigaria a vida do Shadow Smith – amigo antigo que ele não vê há anos. Depois achei que o verdadeiro objetivo fosse ele encontrar o amor nos braços de Blue. Depois… Deu pra entender a viagem, né?

A história é tão vaga que me restou apenas ficar revoltada com a descrição da sociedade. Há pontos chaves como a questão dos Labos, a venda de crianças e a confissão obrigatória, que são absolutamente chocantes. Os Labos são laboratórios de testes estéticos com cobaias humanas, quase sempre crianças que são vendidas pelas famílias em troca de grandes quantias em dinheiro. Lá eles testam todos os tipos de técnicas estéticas, criando seres humanos “perfeitos”, mas, como em toda pesquisa, algumas coisas podem dar errado e resultados terríveis são narrados no livro.

A confissão obrigatória é uma ferramenta de publicidade. Obriga as pessoas a se confessarem todos os dias por, no mínimo, onze minutos, de maneira que as grandes empresas ficam conhecendo todos os seus anseios, sendo mais fácil fazer uma publicidade direcionada. E tem também o rastreador, uma espécie de celular que serve como telefone, GPS, cupido, câmera, filmadora, mp3, computador e… ok, é quase um celular como os que temos hoje. Sinais do Apocalipse.

Enfim, quem gosta de Ficção Científica – e é mais inteligente que eu – provavelmente vai adorar o livro. Eu mesma gostei, mas acho que faltou enredo. É como um filme cheio de efeitos especiais maravilhosos, mas sem um roteiro consistente. Mas foi apenas a minha primeira leitura. Vai que, quando eu resolver lê-lo novamente, descubra a genialidade por trás da história de Lolita Pille.
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Marezinha 24/08/2011

Eu não vou dizer aqui que amei o livro.
Achei a leitura chata, cansativa, detalhista demais. Lolita Pille não é uma escritora. Lolita Pille é um ser humano.
Eu gostei do livro, não por ele, mas pela autora. Por mais que ela não passe de uma grande personagem, eu me encantei com as questões dela. São as mesmas que as minhas.

A leitura foi longa, levei meses para terminar. Parei faltando três capítulos para ler Harry Potter e voltei 2 meses depois, após ter lido os 7. Conclusão? Esqueci boa parte da história, mas não tive força de vontade para regressar.

Ainda com meus déficits, eu recomendo esse livro. Não estamos aqui para ler livros perfeitos, não estamos aqui para amar todo mundo e sermos felizes em um mundinho cor de rosa que não existe. Estamos aqui para pensar. Esse é o grande convite de Lolita. Pense, seu imbecil. Pense.

Partindo da perigosa vigilância Big Brother, Lolita nos prende e nos sufoca. Em alguns momentos eu quis jogar o livro pela janela por tanto nojo. Nojo da realidade, da verdade, mesma que sendo expressada de forma fictícia.
Dói na alma virar páginas e páginas e concluir que aquilo é o ser humano. Eu faria igual. Você faria igual.
Claramente ela nos presenteia com goles de verdades ocultas, que alguns sabem que existe, mas poucos querem enxergar. Uma porrada na cara, um soco no estômago. Nos presenteia com uma incrível homenagem à George Orwell.
Ela abre nossos olhos e nos angustia. Mas não necessariamente estamos aqui para sermos felizes. E eu realmente acredito que as pessoas que pegarem esse livro, que se interessarem pela sinopse, comprarem, elas tem essa sede.
Literatura não é só divertimento. Mas quem acha que é, certamente não chega a esse livro. Como não chega a Orwell ou a Huxley.
André 01/12/2012minha estante
é melhor ler 1984 ou Admirável Mundo Novo vc se encanta com as questões deles muito mais, além de ser forçada a pensar sobre algumas coisas as vezes muito preocupantes e q você nunca tinha dado bola, Cidade da Penumbra é um mais do mesmo ruim


Bianca S. 28/06/2014minha estante
André, eu francamente discordo com você. a leitura de 1984 ou Admirável Mundo Novo é essencial, claro, mas Cidade da Penumbra foi inspirado por ambos, e mais outros livros, como é citado na aba da parte traseira do livro. as questões de ambos os livros são encantadoras. as visões de mundo são parecidas, mas não idênticas. também recomendo o filme Sin City, que me lembrou em alguns pontos Cidade Da Penumbra




Livy 12/05/2011

Um livro de forte expressão!
{ para ler a resenha completa acesse | nomundodoslivros.blogspot.com }

Bom, para começar a resenha, vou deixá-los com um pensamento meu sobre os livros: sabe o que acho super interessante no ato de ler? É que, a visão que o autor teve ao escrever seu livro, e a mensagem que quis passar ao narrar sua estória, provavelmente será diferente da minha visão e intrepretação da mesma. Assim como você ao ler esta resenha e depois, ler o livro, pode ter uma impressão totalmente diferente da minha, e assim por diante.

Agora, falando do livro. Em primeiro lugar eu o definiria com duas palavras: curto e grosso. Eu já tinha ouvido falar que Lolita Pille não nos poupa com sua narrativa, ela é direta e certeira, nos atingindo com suas palavras sem pudor ou receio. Eu diria que o modo como ela conduz a estória não é para os fracos. Se você não curte uma estória forte e cheia de opiniões marcantes, talvez não goste muito deste livro.

Aliás a narrativa e estória me lembraram muito o filme Gamer, que é de ficção científica futurista, dirigido por Mark Neveldine e Brian Taylor, e estrelado por Gerard Butler, lançado em 2009. Não que a estória de ambos seja igual ou meramente parecida, longe disso. Mas é que a sensação que eu tive ao ver o filme, é a mesma que tive ao ler este livro de Lolita Pille. Em alguns momentos me empolgando e em outros me dando até mesmo aflição.

Como o próprio nome do livro diz, os cidadões de Clair-Monde, a Cidade, estão presos neste lugar que vive na Penumbra, sem verem a luz "verdadeira" do Sol. Através de bolhas que emcobrem a Cidade, e por meio de projeções é recriado o céu, dando a falsa impressão de que tudo está normal. Mas tudo está muito longe de estar bem. Uma coisa interessante no livro, é que não se tem noção de tempo, se o que está acontecendo é um futuro longinquo ou próximo, já que a marcação de ano se inícia do zero. A estória trata dos vícios e maldades que se encontram em cada ser humano, assim como trata também das instituições falidas e sem causa verdadeira, ou até mesmo dos governos falhos, que emcobrem todo tipo de acontecimentos em benefício próprio. Além de destacar a dependência das pessoas e sua cegueira para o que é real.

O livro é dividido em cinco partes, que são respectivamente: O GRANDE APAGÃO, MORTE DE UM HACKER, AZUL COMO AÇO, EXIT, e ANTES DO CREPÚSCULO. Logo que comecei a ler o livro, a primeira parte me foi um pouco estranha, por diversos fatores, como por exemplo a narrativa abrupta de Lolita, e por algumas descrições realmente grotescas. E foi assim que terminei de ler O GRANDE APAGÃO, achando tudo meio estranho. Logo que o livro entra na segunda parte, MORTE DE UM HACKER, eu já estava mais acostumada com a narrativa e descrições da autora, assim como sua visão. Eu realmente comecei a gostar da trama, me envolvendo e torcendo por Syd Paradine.

A partir desta parte do livro, conhecemos melhor vários aspectos da estória e dos personagens, e seu passado. Aliás Syd Paradine, apesar de ser um beberrão e desiludido, mesmo sem perceber, e apesar de continuar uma busca que talvez não tenha fim, ele é um personagem impressionante. Talvez não diria que seja carismático, definiria mais como envolvente. Não do tipo charmoso ou galã e metido a herói, mais do tipo sofrido e cansado demais. E toda sua trajetória e descobertas nos fazem querer terminar este livro. Eu diria que Lolita acertou em cheio com Syd Paradine. O livro ganha desde então um ritmo muito bom, com muita ação e fugas, em que Syd se vê ansiando por respostas e se esgueirando para salvar a própria pele. Outros personagens muito importantes na trama são Shadow Smith e Blue Smith.

Depois da terceira parte do livro entitulada de AZUL COMO AÇO, acho que a estória começa a se perder um pouco. E quando terminei de ler o livro, acabei ficando com a impressão de que havia muitas cosias das quais eu gostaria de explicação. Talvez tenha sido falha minha, e infelizmente eu não posso dar muitos detalhes, pois não gosto de soltar SPOILERS em resenhas, mas realmente, foi esta a sensação que tive. Muitas incognitas permaneceram no ar, e apesar de certa forma, algumas peças fundamentais se encaixarem, ainda houve pequenos detalhes que escaparam à elucidação. Para finalizar, o final foi meio abrupto.

Não tirando o mérito da autora, as descrições são fantásticas, tanto as descrições psicológicas quanto de ambientes e personagens. E para o propósito ao qual o livro se dispõe, acho que passa bem sua mensagem. Afinal se trata de uma expressão contra diversos males da humanidade, como os vícios e racismo.

Resumindo, gostei do livro, mas ele acabou sendo mediano. Alguns aspectos poderiam ter sido melhor explorados.
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Lu 10/04/2011


Já faz mais ou menos uma semana que eu venho brigando com o Cidade da Penumbra, um livro que parte de uma premissa até bastante interessante e que, segundo os outros colegas de skoob, tem como referências o filme Minority Report e o clássico 1984.

Eu li "Gravidade" há uns meses atrás e achei que seria legal ler mais alguma coisa de ficção científica, um gênero no qual eu raramente me aventuro. Mas eu não gostei da narrativa da Lolita Pille. Seu retrato do futuro é interessante e tal, mas muito cansativa. Talvez a ideia seja essa, já que o universo criado por ela é um lugar estressante e claustrofóbico. Depois de duas ou três páginas, eu perdia o fio da meada e deixava o livro de lado.

O personagem principal não é ruim, mas ainda não disse muito a que veio. Assim como a narrativa do Nicholas Sparks, Lolita deixa muito pouco espaço para que o personagem se movimente sozinho. Eu não gosto de autores assim porque a leitura perde fluidez.

Resolvi, então, seguir o conselho de uma amiga e largar o livro. Eu estava hesitando, porque ganhei o livro num sorteio. Mas, no fundo, ela tem razão. Eu tenho uma lista gigantesca de livros pra ler. Sei que não terei tempo para ler todos. Acho melhor, portanto, fazer um uso inteligente do meu tempo e descartar os livros que simplesmente não me agradam. E eu não gostei do que li em A Cidade da Penumbra.

Não recomendo.
Desi Gusson 08/09/2011minha estante
Putz, é um livro que me deixou reticente pra ler, agora então...
Gostei da resenha!




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Jaqueline 05/03/2011


“Cidade da Penumbra” (“Crépuscule Ville”, no original) é o mais recente romance de Lolita Pille, que chegou ao Brasil em dezembro pela editora Intrínseca. Apesar do choque inicial com uma história de ficção científica assinada pela autora francesa que ficou famosa com “Hell”, um relato existencialista da juventude endinheirada de 16ºeme francês, foi possível perceber em “Cidade da Penumbra” a mesma crítica ácida ao consumismo desenfreado, a busca incessante pela felicidade e pela ditadura da beleza, três pilares da cultura ocidental contemporânea.

Clair-Monde, cidade onde a história se desenrola, em pouco deixa de se assemelhar as grandes metrópoles de hoje. Em certas passagens, como na descrição da torre de luz da cidade, pude facilmente imaginar uma Paris decadente, onde o sol não brilha mais. Neste futuro tempestuoso, temos a Terra afligida por uma poeira que cobre tudo, deixando o planeta na mais pura escuridão. Um mundo de anúncios, luminosos e cartazes iluminam Clair-Monde, recheando os pensamentos das pessoas com promessas de juventude e prazer. Cirurgias plásticas são tão cotidianas quanto compras em um shopping center, contando até mesmo com um Ministério da Aparência. Um sistema de afinidade calcula imediatamente sua compatibilidade sexual com as pessoas ao seu redor. Em uma definição, presente no livro, “se trepa e cheira adoidado” - tudo de forma regulamentada.

A hiperdemocracia é o sistema que satisfaz todos os desejos humanos: liberdade, beleza, riqueza, diversão sem limites. Drogas, prostituição...tudo é liberado e aos montes. “A felicidade é a realidade”, diz o slogan da grande companhia Clair, que regula o mundo com sua inteligência “artificial” e onisciente. No entanto, o suicídio de Colin Parker, um obeso em depressão, coloca em xeque a organização burocrática deste sistema, pelo menos aos olhos de Syd Paradine, policial que trabalha no SPSM (Serviço de Proteção contra Si Mesmo). Esse órgão, assim como tantos outros (Narcóticos, Clandestinos, Preventiva-Homicídios), atua na prevenção de crimes graças à regulação dos Rastreadores, espécie de telefone celular que funciona como cartão de banco, documento de identidade, armazenador de dados, previsor de acidentes em estradas e confessionário. Todos os moradores da cidade possuem um Rastreador e são obrigados a gravar sua confissão diariamente durante 11 minutos. Enquanto lia o livro, a notícia de que o Vaticano havia criado um aplicativo para iPhone que permitia a confissão das pessoas via telefone celular me deixou de cabelos em pé! O mundo virtual também ganha destaque no livro, com perfis que funcionam como cartões de visita de uma pessoa para a outra exatamente como fazemos nos Facebooks e Orkuts do nosso cotidiano. Porém, a ligação entre esse mundo abstrato e a materialidade é muito mais estreita: tornar-se um falido virtual implica necessariamente na sua prisão real por roubo ou fraude.

Após a morte do recluso obeso e dos mistérios que envolvem a morte da Estrela Lila Schüller, Syd passa a desconfiar que diversos casos sejam manipulados para encobrir grandes esquemas de corrupção dentro do SPSM, e é neste clima de investigação do cinema noir que a trama se desenvolve. Seu comportamento rebelde logo faz com que ele passe se torne alvo do SPI (Serviço de Proteção da Informação), e seu encontro com Blue Smith, irmã de um ex-colega da época da Guerra Narcótica (conflito ocasionado pela popularização das drogas pesadas entre os jovens na década de 2020 – alô, futuro próximo!) apenas movimenta a trama deste policial divorciado, alcoólatra e com pinta de canalha, mas dono de uma lucidez chocante, que o faz enxergar além das aparências que dominam Clair-Monde e começam a ruir.

A grande sacada de Lolita Pille foi o deslocamento destas confissões individuais para a vida social, transformando a aparência individualidade em uma regulamentação alienante, que sob o disfarce de oferecer segurança e ampla liberdade à população, exerce o controle infalível de todos os aspectos da vida de uma pessoa. A Grande Central, com todos os requintes do Big Brother de George Orwell, coleta todas essas informações, procedimento que transformarou o modo de vida, as relações afetivas e até mesmo a política neste futuro mais do que possível.

Para quem conhece a obra da jovem autora, o livro “Bubble Gum” já apresentava alguns traços dessa sociedade de controle que regula uma massa alienada. A crítica ao consumismo, à idolatria e a obsessão pela aparência e pelo sucesso sempre estiveram presentes em suas obras, mas não com toques futuristas e tantas influências de cacife. No entanto, não chamaria o livro de genial justamente pelo tema: após tantos e tantos anos, acredito que o tema de um futuro de humanidade alienada e consumida pelos seus maiores regulada pela tecnologia esteja mais do que batido. Se há um ponto interessante neste livro é justamente a reflexão que engendra, mas nada que “1984” e “Admirável Mundo Novo” não tenham feito antes. De qualquer modo, é um livro surpreendente para o calibre de Lolita Pille, de quem não esperava nada além da narração de seu cotidiano como a “putinha” parisiense que pessoalmente adoro.


>> Resenha previamente publicada em www.up-brasil.com
Marezinha 20/03/2011minha estante
Concordo. Comprei esse livro recentemente, ainda nem chegou. Mas estás certa! George Orwell em 1984 foi genial por "prever" uma sociedade em anos tão distantes dos atuais, enquanto quem escreve de hoje criticando o hoje e prevendo um futuro ainda mais assustador, está somente se olhando no espelho!

Mal posso esperar para ler esse livro!




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