Resenhas - Awake at Dawn

ka mcd 06/03/2013

Awake At Dawn
Esse segundo livro já começa interessante. Vemos Kylie tentando descobrir exatamente o que ela é. E, de meio-fada, ela passa para vampira e, de vampira, para lobisomem. Ninguém, nem Holiday – diretora do acampamento e a irmã mais velha que Kylie nunca teve – consegue dar essa resposta à ela. Ela tem um plano (quem leu o primeiro livro deve saber, mas não colocarei aqui para não dar spoilers à quem ainda não leu), mas ele não parece estar funcionando muito bem.

Bom, eu deixei para falar dos relacionamentos dela nessa resenha, já que nesse livro eles estavam mais bem desenvolvidos e concretos. Temos a amizade dela com Miranda e Della, suas companheiras de quarto que vivem à ponto de se matar, apesar de se amarem como só verdadeiras amigas conseguem. Miranda é uma bruxa que tem problemas para se concentrar, por isso vive fazendo feitiços que não sabe reverter (como transformar um gato em um gambá). E Della é uma vampira asiática que tem mais peito do que muitos homens por aí e pelo menos um ataque de raiva a cada vinte palavras.

E sabe o que mais gostei de ver nessas adolescentes? Elas são adolescentes. Elas xingam, usam gírias, falam sobre meninos, discutem sexo, são levemente fúteis, defendem umas às outras, se magoam, se perdoam, fazem besteiras... Isso é algo que eu raramente vejo em um livro YA. As pessoas normalmente esperam muito das adolescentes desse tipo de livro, por que elas normalmente têm uma grande responsabilidade sob seus ombros, mas elas ainda são adolescentes. Elas ainda têm 16/17 anos. E é bom ver uma autora se lembrou disso e não as fez completamente sérias e maduras como em outros livros. É natural, como e já disse. E uma exceção ao que parece ser uma regra.

E não só entre Kylie e as meninas, mas entre Kylie e todos os outros adolescentes da estória. Todos eles agem de acordo com sua idade quando podem, mas sabem a hora de falar sério e agir responsavelmente. Ela e Derek são assim, sempre flertando, falando coisas sexys e brigando, às vezes, por coisas bobas. Eu adorei ver mais do Derek nesse livro também. Ele teve bastante espaço e o relacionamento dos dois era fofo e, ao mesmo tempo, explosivo.


E falando nele, vamos trazer seu concorrente para a conversa também. Essa série tem sim tem um bom triangulo amoroso. Por que não é aquele triangulo que você fica com raiva da personagem por estar fazendo gracinha para os dois homens. Você entende a indecisão dela, você se sente indecisa com ela. E tudo por quê? Por que o relacionamento dela com cada um deles – Lucas e Derek – é completamente natural e assim fica difícil decidir qual é o melhor. (Quer dizer, eu sou Team Lucas all the way.)

Eu gostei mais desse livro do que de Nascida À Meia-Noite. Talvez por que a autora tenha colocado mais mistérios e conflitos na primeira parte do livro, deixando-a menos maçante (apesar de ainda achar que ela poderia ter cortado várias cenas e dado mais enfoque à metade final do livro). Ou talvez por que a Kylie tenha melhorado tanto e se mostrado inteligente, engraçada, corajosa e decidida. Ou por que a estória tenha ficado mesmo muito mais intrigante nesse livro.

E uma coisa que me deixou simplesmente louca: ela ter terminado de novo em uma cena crucial e sem responder o que queremos saber. Eu estou louca - sabem o que é isso? –, louca para ler Taken at Dusk.
Então, são livros que entretém muito e é o tipo de YA que vale a pena. Fazia tempo que eu estava procurando algum que me fisgasse tanto quanto esse e não me decepcionasse. E C.C. Hunter realmente conseguiu fazer a diferença nesse mundo YA, quando criou uma estória mais natural e verossímil.


http://blogminha-bagunca.blogspot.com.br/2011/12/resenha-nascida-meia-noite-awake-at.html