Andrea 09/03/2014Nem sei por onde começar essa resenha. Sabe aquele livro que mexe com você e você passa um bom tempo pensando nele depois de terminar? Pois é, foi o que senti lendo Louco aos Poucos.
Descobri esse livro meio sem querer, fuçando em estantes alheias. Adoro histórias non-sense (porque elas costumam ser divertidas) e não pensei duas vezes quando li na sinopse: doença da vaca louca, viagem de carro e gnomo de jardim. Consegui de troca logo depois e o passei na frente de vários livros que estão esperando aqui há meses/anos para serem lidos, coitados...
Mas voltando: o começo desse livro é meio chatinho, confesso. Não dá pra se simpatizar com o Cameron e acho que algumas pessoas podem até pensar em desistir aí. Como me foi prometido a doença da vaca louca e uma viagem com um gnomo de jardim, insisti. O que muito valeu a pena, porque melhora muito mesmo depois daí. E na verdade, depois que você termina, entende o quanto aquele começo é importante pro desenrolar da história.
ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS A PARTIR DAQUI!!!
Depois que terminei - e depois de ler algumas resenhas - fui correndo reler alguns trechos do livro e gente, tá tudo lá. Tudo. Eu simplesmente amei ver como o Cameron criou toda a viagem com as coisas que tinham sido citadas anteriormente. E acrescentando algumas coisas que aconteciam durante a internação. A única coisa que eu não achei explícita foi o Ed. Seria ele quem o Cameron achava que o pai queria como filho?
FIM DOS SPOILERS!!!
Num geral, é um livro muito divertido, com uma história realmente non-sense e ótimos personagens. Impossível falar do livro sem citar Balder e Gonzo, que roubam a cena. Ri várias vezes com eles durante a leitura. O problema mesmo é só quando termina: você sente toda a tristeza e fica, putz. E ah, é um livro longo, mas como a leitura flui, dá pra ler rapidinho, desde que você não desista no começo.
Recomendo muito.
PS: esqueci de falar da tradução. Achei vários errinhos bobos, como letras faltando ou palavras fora de ordem. Nada que atrapalhasse o entendimento da história, mas que acaba desconcentrando na hora de ler.