Henrique 02/04/2019
Nações e Hobsbawn
O conceito de nação nunca foi algo totalmente claro de se entender, até porquê o sentimento e seu significado para cada grupo social foi formado de maneira distinta através de conflitos étnicos, linguísticos, econômicos, religiosos e até mesmo racial.
Hobsbawn neste livro irá elucidar melhor como foram se dando forma desde o século XVIII,antes de serem Estados-nações, nas ideologias liberais, passando pelo "princípio do ponto crítico"(onde apenas grandes territórios avançados tecnologicamente poderiam ter tal autonomia),pela interpretação marxista da história em que se dizia que a nação era uma evolução para chegar ao destino teleológico da humanidade, passando também pelo "princípio de nacionalidade" wilsoniano(onde qualquer grupo que se identifique como uma nação,merece autonomia)que após a Primeira Guerra Mundial este ideal foi mais abraçado pós o Tratado de Versalhes na Conferência de Paris em 1919.
Verá que modos de criar um nacionalismo também foi algo criativo das elites,desde imprensas que produziam produtos literários de determinada linguagem,dita como oficial pelo Estados-nação, à cinemas e esportes,que foram grande armas do fascismo italiano e da Alemanha Nazista.
Há também o fator Imperalista,onde diante de colonizadores,o sentimento nacionalista era criado de um modo diferente de união,de baixo para cima na estrutura social,algo que os países africanos e asiáticos seriam grandes exemplos no livro, entretanto,com o levante contra os Impérios,as diferenças religiosas,étnicas e de dialetos cresciam formando novos grupos nacionalistas.
Tudo isso está no livro,claro que de um modo bastante melhor explicado,por um dos melhores historiadores da contemporaneidade.