Lili Machado 02/06/2014Como espécie, precisamos uns dos outros, para sobreviver. O planeta Athshe era um paraíso cheio de florestas, onde os pacíficos habitantes eram abençoadas com uma existência mística, cheia de cânticos cerimoniais.
Então, os conquistadores terráqueos Yumens chegaram para explorar as riquezas do planeta, e começaram a estuprar, escravizar e matar os Athsheanos, de forma cruel.
Os Athsheanos liderados por Selver, não conheciam táticas de guerra e não possuíam armas. Mas tinham estranhos poderes durante os sonhos.
E os conquistadores alienígenas os haviam ensinado a odiar...
Mas ao defender suas vidas, colocaram em perigo os fundamentos de sua sociedade – uma vez iniciada a matança, não há como retornar...
A esposa de Selver havia sido estuprada e morta por um dos soldados dos conquistadores.
O livro começa sob o ponto de vista do Capitão Davidson, e suas atitudes sobre o planeta e seus habitantes – ele começa destruindo suas florestas. Depois, apresenta o ponto de vista de Selver – para que o leitor descubra todos os estereótipos escondidos e descobertos sob a capa do bem e do mal.
Até que, ao final, conhecimentos são descobertos e os últimos parágrafos são de tirar o fôlego – deixando o leitor matutando; pois não pensem que a trama é simples – o contraste entre os humanos e os habitantes de Athshe é muito mais que uma luta entre o bem e o mal. É sobre a perda da inocência...
Este livro, que ganhou o prêmio Hugo de 1973, foi lançado há mais de 30 anos atrás, muito antes de Avatar, de James Cameron. Um planeta cujas formas de vidas são interligadas, sob o ataque de conquistadores terrestres. A floresta é parte de cada uma das criaturas daquele mundo.
Ponto para Cameron, por demonstrar que esse problema ainda é atual, pois, como espécie, precisamos uns dos outros, para sobreviver.