The Word for World is Forest

The Word for World is Forest Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas - The Word for World is Forest


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Rutche 16/09/2022

Excruciantemente lindo
Não sei como descrever a beleza desse livro. Beleza de palavras, de personagens, de cenário e a perfeição em retratar a humanidade em sua versão crua, amarga e linda.
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Cho 26/10/2020

Denso e necessário
The word for world is forest (traduzido para o português como: floresta é o nome do mundo) foi publicado em 1972 e reflete as preocupações da autora à luz da antropologia, do anarquismo-verde, do anti-colonialismo e do feminismo.

A obra faz parte do Ciclo de Hainish - o qual consiste em uma série de livros de Le Guin ambientados num futuro alternativo, quando civilizações de diversos planetas estão estabelecendo relações diplomáticas pela primeira vez, por meio da Liga dos Mundos, coordenada pelo mais antigo dos mundos humanos, o Hain.

Apesar de totalmente independentes, podemos dizer que a história desse livro se situa em algum tempo entre Os despossuídos e A mão esquerda da escuridão, pois o ansível (aparelho de comunicação instantânea) ainda era uma invenção recente e traz certas implicações para a história.

Nesse livro, porém, fica claro que os hainianos, em um passado distante, colonizaram vários planetas, incluindo a Terra e Athshe (planeta onde a história se passa). E como resultado de experiências feitas nas colônias interestelares, os athshenianos apresentam o corpo coberto de pelos verdes e são capazes de sonhar acordados - e outras raças têm outros traços genéticos, como em A mão esquerda da escuridão, onde as pessoas são andróginas.

Narrado em terceira pessoa, a narrativa alterna entre três pontos de vista.

Pelos olhos do inflexível Capitão Davidson, somos apresentados ao então chamado New Tahiti Colony. Athshe foi transformado numa colônia de exploração, desmatado para fornecer madeira à Terra, enquanto os athshenianos são escravizados.

Por meio do ponto de vista do antropólogo, Le Guin nos mostra sua preocupação com o olhar: como eu vejo o outro, como o outro me vê. De acordo com os estudos de Lyubov, os athshenianos não sentem dor nem prazer; sem precedentes para guerra, quando ameaçados ou agredidos, deitam no chão com o queixo erguido e os olhos fechados.

Quando, porém, a esposa de um dos athshenianos, Selver, é estuprada e morta, a agressão surge como uma resposta-gatilho, iniciando uma guerra entre explorados e exploradores.

Longe de ser um prognóstico do futuro: é uma metáfora para o presente. O final foi excelente. Conecta com tudo desde o início. Curto, mas longe de ser leve. Ainda há muito que gostaria de falar, mas não quero dar spoiler.
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Lili Machado 02/06/2014

Como espécie, precisamos uns dos outros, para sobreviver.
O planeta Athshe era um paraíso cheio de florestas, onde os pacíficos habitantes eram abençoadas com uma existência mística, cheia de cânticos cerimoniais.
Então, os conquistadores terráqueos Yumens chegaram para explorar as riquezas do planeta, e começaram a estuprar, escravizar e matar os Athsheanos, de forma cruel.
Os Athsheanos liderados por Selver, não conheciam táticas de guerra e não possuíam armas. Mas tinham estranhos poderes durante os sonhos.
E os conquistadores alienígenas os haviam ensinado a odiar...
Mas ao defender suas vidas, colocaram em perigo os fundamentos de sua sociedade – uma vez iniciada a matança, não há como retornar...
A esposa de Selver havia sido estuprada e morta por um dos soldados dos conquistadores.
O livro começa sob o ponto de vista do Capitão Davidson, e suas atitudes sobre o planeta e seus habitantes – ele começa destruindo suas florestas. Depois, apresenta o ponto de vista de Selver – para que o leitor descubra todos os estereótipos escondidos e descobertos sob a capa do bem e do mal.
Até que, ao final, conhecimentos são descobertos e os últimos parágrafos são de tirar o fôlego – deixando o leitor matutando; pois não pensem que a trama é simples – o contraste entre os humanos e os habitantes de Athshe é muito mais que uma luta entre o bem e o mal. É sobre a perda da inocência...
Este livro, que ganhou o prêmio Hugo de 1973, foi lançado há mais de 30 anos atrás, muito antes de Avatar, de James Cameron. Um planeta cujas formas de vidas são interligadas, sob o ataque de conquistadores terrestres. A floresta é parte de cada uma das criaturas daquele mundo.
Ponto para Cameron, por demonstrar que esse problema ainda é atual, pois, como espécie, precisamos uns dos outros, para sobreviver.
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