Clara T 14/04/2011O título já diz tudo: QUASEEu li o livro, o tempo todo achando que eu conhecia esta história. Sabendo que ela me lembrava alguma outra coisa.
Quase me Perdi é a história de redenção de Zezinho, um menino de bom coração, filho de retirantes, com um pai alcóolatra, morador da Zona Leste de São Paulo. Desde muito criança, foram várias as oportunidades de Zezinho se perder. Contestando a afirmação de que o meio é o principal motivo de desencaminhamento das crianças, Zezinho tenta achar um caminho para vencer. Não chega a ser um heroi, ou um exemplo a ser seguido. Zezinho erra e toma várias decisões insensatas. Boa parte justificadas pela falta de maturidade. Mas nada que o faça melhor ou pior que os outros. Principalmente por isso: não ser perfeito, apenas mais um retrato da humanidade que busca se encontrar.
A mãe de Zezinho é um exemplo de respeito, carinho e bondade. Sua paciência infinita com Zezinho e a sua forma de se doar para todos, é impressionante. Mesmo depois da separação dos pais, a família do pai ainda adorava a mãe de Zezinho...
O livro tem uma tocada saudosista que me cativou; inclusive com comentários do narrador, que me fizeram lembrar a minha infância embora não sejamos contemporâneos.
O Zezinho pode ser qualquer um daqueles jovens que encontramos no ponto de ônibus, ou dando bobeira no shopping, ou sentado na calçada com os amigos ouvindo música.
Acredito que seja uma leitura agradável para qualquer pessoa. Não parece ser uma biografia, mas também não é um livro que nos deixa saudade a ponto de querer ler de novo.
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