Memória de minhas putas tristes

Memória de minhas putas tristes Gabriel García Márquez




Resenhas - Memória de minhas putas tristes


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Neide22 13/07/2023

Este é o meu primeiro contato com Gabriel García Márquez. Apesar de ter lido muitas resenhas sobre o livro falando sobre o incômodo dessa leitura, eu não me senti incomodada.
É a história de um homem velho e decadente, que já não tem mais o que perder e quer uma virgem para se satisfazer sexualmente. A história contada pelo ponto de vista desse idoso, me fez pensar sobre a solidão de quem viveu tantos anos e nunca amou ninguém.
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Jusumaia 08/07/2023

Gabo
Mesmo com tema e um narrador personagem polêmico, não há como aplaudir Gabo pela narrativa poética de seu texto.
Livro que trata da finitude humana de uma forma melancólica.
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Ivania 07/07/2023

Não me sigam que estou perdida
Não foi o melhor livro do autor que li até agora, mas não me levem a sério. Talvez eu não tenha a profundidade necessária pra entender essa obra.
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filipetv 15/06/2023

O último romance de Gabriel García Márquez, publicado em 2004, foi concebido ainda na década de 1990, embora uma amiga do escritor tenha afirmado que 20 anos antes ele já falava da ideia que desaguaria na obra "Memórias de minhas p*tas tristes".

Já no título, o livro apresenta polêmicas. Além do óbvio termo pejorativo, que fez algumas emissoras de rádio e TV da Colômbia proibirem seus locutores e apresentadores de mencioná-lo, há também uma ambiguidade em relação ao enredo, porque o protagonista se concentra em relatar sua relação com apenas uma pessoa e não com várias. E mesmo que se recorra ao hipérbato e se conclua que tristes são as memórias e não as p*tas, a questão do plural ainda permanecerá. O que nos resta é colocar esse mistério na vasta lista que García Márquez cultivou durante sua vida e carreira como escritor.

O livro conta a história de um homem que, no seu aniversário de 90 anos, decide dar de presente a si mesmo uma noite de sexo com uma adolescente virgem. Porém, quando chega ao quarto onde está a menina - que ele batiza de Delgadina -, percebe que ela está dormindo e decide não acordá-la. Ao longo do romance, essa prática permanece e ele se vê apaixonado por ela, só de observá-la dormindo durante várias noites.

Essa dinâmica é uma clara referência ao livro "A Casa das Belas Adormecidas", do prêmio Nobel Yasunari Kawabata (que também resenhei aqui), que empresta um trecho como epígrafe de "Memórias...". Tal dinâmica também revela dois temas recorrentes na obra de García Márquez: pedofilia e virgindade. Como metonímia da América invadida e violentada pelos colonizadores europeus, muitas crianças e adolescentes também o são por homens muito mais velhos cuja única intenção é a exploração de seus corpos.

Ironicamente, a iniciação sexual desses homens é em sua maioria com mulheres mais velhas, sejam elas prostitutas ou mesmo empregadas de suas casas, exatamente o que acontece com o protagonista do livro e que aconteceu com o próprio García Márquez. Porém, ao contrário do que aconteceu com o autor, essa violência repercutiu no personagem de forma a torná-lo incapaz de desenvolver afetos e de criar intimidade, até que ele encontra Delgadina, a primeira pessoa por quem se apaixona.

Esta não está nem de longe entre as melhores obras do autor colombiano. É perceptível certo automatismo na escrita e um retorno sem brilho a temas caros ao escritor, como o amor, o sexo e a morte. Mas essa análise talvez seja injusta, dada a grandiosidade do seu trabalho. Talvez se for analisado independentemente da comparação com clássicos como "Cem Anos de Solidão" e "O Amor nos Tempos do Cólera", "Memórias..." ganhe outra dimensão.
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lluaramss 15/06/2023

Saudosista
Leitura um pouco diferente dos outros de Gabriel Garcia Marquez. Traz uma visão interessante do amor, mas alguns pontos do livro me incomodam.
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Osmar Weyh 11/06/2023

Se provando estar vivo
A história por si só já é bastante bizarra. Um jornalista, perto do seu centenário, decide transar com uma jovem para provar a si mesmo que está bem vivo, que ainda dispõe de energia e que existe algum sentido para viver. Ok, qualquer pessoa no avanço de sua idade, aos poucos reflete sobre sua existência. Porém o bizarro neste história é o relato de abuso sexual com a adolescente. Não bastava ser uma jovem, para ele, precisava também ser virgem, se valendo de sua posição social em contrapartida à situação de problema da moça. Ao longo da história, fica cada vez mais destacado as diferenças sociais e quanto o personagem se preocupa mais com o ato sexual em si do que propriamente sua própria vida. Apesar de uma ficção, sabemos que muitos elementos inspirados na obra são o retrato da desigualdade social, cada vez mais em evidência nos dias atuais. Vale a pena a pausa e a leitura.
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Tainá 08/06/2023

Gabo sempre brilhante.
Relata a historia de um assíduo frequentador de prostítulos que encontra o amor e um novo sentido para vida, no final da vida.
Simplesmente incrível!
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palomanmota 07/06/2023

Gabo em toda a sua poesia e complexidade
Só mesmo Gabo pra sustentar uma história dessas.
Não foi fácil. Diversos sentimentos conflitantes rodearam a leitura, e até agora sinto que preciso pensar MUITO a respeito pra ter uma opinião mais ou menos definitiva da obra. Gabo faz isso, mexe tanto com a gente a ponto de nos deixar sem reação ao finalizarmos a leitura.
Acredito que a intenção do autor não era só escrever uma simples narrativa sobre um senhor que descobre o amor ao 90 anos.
É a história de um homem detestável, que se vê apaixonado por uma menina miserável, que trabalha incansavelmente em uma fábrica e é aliciada já menor de idade. A clássica história da miséria latinoamericana, vista pelas lentes de um personagem central na maioria das ficções do autor: o tempo.
Tudo isso escrito com a típica poesia de Gabriel García Marquez, capaz de tornar inesquecível a obra mais controversa, complexa e cheia de dúvidas.
Deixo aqui um dos trechos mais bonitos que já li nas obras do autor, presente no livro:

"Mergulhei nas letras românticas que tanto repudiei quando minha mãe quis -me forçar a ler e gostar, e através delas tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não foram os amores felizes e sim os contrariados. Quando meus gostos musicais entraram em crise me descobri atrasado e velho, e abri meu coração às delícias do acaso.
Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem perpétua que eu mesmo provocava e temia.
Flutuava entre nuvens erráticas e falava sozinho diante do espelho com a vã ilusão de averiguar quem sou. Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de amor."

Apesar de toda a atmosfera de decrepitude da velhice e proximidade com a morte que permeia a obra, que talvez fosse até mesmo parte do autor quando escrita, preciso reafirmar aqui: Gabo imortal! ??
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leiturasdabiaprado 02/06/2023

Não tem como não gostar de Gabo, mesmo quando o tema tem tudo para ser indigesto!
Esse é o último romance de Gabriel García Marquez, uma obra curta, para ler de uma vez, mas que trás uma forte crítica e a lição da importância do amor!
Um velho jornalista solteirão decide se dar de presente de aniversário uma noite com uma virgem, procura uma cafetina que lhe serviu várias vezes e ela arruma uma adolescente virgem de 14 anos.
Na fatídica noite o jornalista encontra a menina dormindo e resolve não acordá-la, mas sim admirá-la...
Ao longo do livro ele vai nos contando a sua vida, isenta de amor, uma vida de sexo por dinheiro, de sombras de uma mãe e de cia dos livros...
O velho é um homem ativo e muito disposto, aos 90 anos, continua escrevendo crônicas e vai ganhando uma nova vida com a descoberta de um sentimento novo: o amor, o amor idealizado, ele cria na sua mente a menina e a mantém assim, sem querer vê-la acordada, sem saber o seu nome, mas passando noites com o seu corpo nu adormecido!
Indigesto? Pedofilia? Senilidade? Um pouco de tudo isso, mas muito bem escrito!
Gabo consegue deixar suas críticas nas entrelinhas e nos mostra o vazio de uma vida sem amor!
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Gabriela4035 30/05/2023

Primeiro contato com Gabo, gostei do estilo de escrita. O livro em si é bem indigesto - não o indicaria, apesar de ter achado bom. Apesar disso, não achei que houve Romantização da relação totalmente questionavel e bizarra, apenas um homem de 90 anos dando sua narrativa da relação. Ou seja, seu ponto de vista. A coisa toda é muito desagradável, mas não podemos desconsiderar que isso era normal à época.
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Barbara.Teodoro 23/05/2023

Ego
Esse livro conta muito brevemente, apesar de tanta coisa vivida, a história de um idoso que acaba de chegar na década de seus 90 anos. Gabo decide retratar ali um quê de arrependimento, aquele especial de quando se percebe que não há mais tempo. Que não há mais possibilidades. Que o amor agora é comprado, que o que foi não será mais. A velhice, o cansaço, os propósitos. É interessante ver como essa história é construída APESAR do que se trata: pedofilia e puro ego do anti-herói. Nada mais é do que um homem que pensa estar perdidamente apaixonado por uma jovem virgem que ele sequer ouviu a voz. Eu acredito que o personagem nunca se apaixonou pela menina, visto que deixou claro no único momento do livro que há uma fala da mesma, a preferência dela como antes: em silêncio. Na realidade, ele se apaixonou pela mera possibilidade. Aquela ardência que não teve, na dureza de uma vida inteira e no fato de, ainda que no fim da vida, ter domínio sobre uma jovem "pura".
Gostei muito da escrita do autor e pretendo ler mais livros dele, mas essa história me deixou um pouco desconfortável. Obviamente por explorar a pedofilia sem pudores e por me lembrar constantemente da finitude da vida.
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fariaxt 16/05/2023

Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza.

essa passagem do livro resume demais a decadência desse velho. não sei se gostei, mas também não sei se não gostei.
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Kamyla.Maciel 07/05/2023

Desconfortável
Esse livro fala de um homem que completa 90 anos e quer se dá de presente uma noite com uma mulher virgem. E com ajuda de uma cafetina, ele passa a se encontrar com uma adolescente de 14 anos, uma menina pobre e que precisou se vender para sustentar a família.

Perceberam como é problemática essa história? Eu me senti extremamente desconfortável, demorei para fazer essa resenha porque fiquei me questionando qual a intenção de Gabo ao escrever isso, talvez denunciar um comportamento misógino dos homens que ?compram? as mulheres como coisas? Denunciar atitudes de uma sociedade que se utilizava de mulheres em situação de vulnerabilidade e pobreza? Não sei, não sei qual intenção, por admiração ao autor, optei por acreditar que tudo era uma grande crítica. Me recuso a acreditar que houve uma romantização de algo tão repugnante.

Falado isso, o livro é daqueles curtinhos que falam sobre tantas questões importantes. Traz a solidão da velhice de um homem que sempre pagou por mulheres, um personagem rançoso sabe e que sempre sexualizou as mulheres, objetificou. Traz o tema da morte também, da proximidade dela, do olhar para o passado. Sinto que há uma tentativa de ?arrependimento? por parte do personagem quando se depara com a finitude da vida sabe, mas não me convenceu, pois ranço instaurado Kkkkkkkkkk.

O personagem não gosta de mulheres, isso é fato. Ele usa mulheres, se aproveita das mulheres que estão em situação de miséria, mas não tem respeito/afeto por elas. É um homem bem difícil de se gostar, e que, naturalmente, pela vida que teve, teria uma velhice triste e solitária.

Tirando o problema da idade, ainda tem a questão que o personagem se apaixona por uma menina sem nem conhecer, sem nem conversar, sem saber o nome dela, o que só me mostra que ele é realmente um homem que só enxerga as mulheres sexualmente, como objeto de desejo, e não como um sujeito pra se conversar. Ele se apaixonou ali pelo que ele mesmo imaginava dela, criou na cabeça, pela fantasia que sua crise dos 90 anos inventou.

Enfim, é o livro de Gabo que menos gostei, por me deixar desconfortável, não sei se há uma outra forma de enxergar tudo isso. Mas ainda recomendo a leitura porque, como sempre, a escrita dele é diferenciada, traz uma nostalgia e genialidade que não há como não admirar.
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