Maligna (Wicked)

Maligna (Wicked) Gregory Maguire




Resenhas - Maligna


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Bruno Araújo 17/05/2024

A ANATOMIA DE NOSSAS ALMAS
O que a Maléfica Bruxa do Oeste tem a dizer sobre os fatídicos acontecimentos em Oz? O que teria acontecido para que ela encontrasse em Dorothy a sua extinção? Oz seria esse país das maravilhas como comumente é ilustrado? O que verdadeiramente se esconde nas sombras da Cidade das Esmeraldas?

Tomando por empréstimo o termo da Chimamanda Ngozi Adichie, “Wicked” denuncia os perigos das histórias únicas ao desvelar a versão da temida (e amada) bruxa verde da célebre narrativa de L. Frank Baum: “O Mágico de Oz”.

O livro tem como objetivo ampliar o universo original de Baum trazendo mais detalhes do país de Oz, tanto a sua estrutura política, social e econômica quanto as particularidades e as origens das personagens, semelhante às propostas dos filmes de “Cruella” e “Malévola”, por exemplo.

Elphaba, portanto, enfrenta obstáculos racistas, misóginos e preconceituosos desde cedo dentro da problemática e inóspita Oz. O misterioso tom verde de sua pele assombra a sua família que a renega, forçando a pequena Fabala usar de seus minúsculos e afiados dentes em prol de sua sobrevivência. Quando jovem e caloura na Universidade de Shiz, Elphaba encontra a egocêntrica e superficial Glinda, a futura Bruxa Boa do Norte. Apesar da vaidade, da cólera, da ironia e da vergonha que permeiam as personalidades de ambas, nasce uma conturbada, estranha e inesperada amizade entre elas.

Nesse momento, o Mágico de Oz, um ditador impiedoso e irredutível, passa a sancionar uma série de leis severas e crueis que cerceiam a liberdade dos Animais, criaturas dotadas de racionalidade, como os humanos. Elphaba se incomoda com a iniquidade promovida pelo Mágico e passa a lutar pelos direitos libertários dessa comunidade, tornando-se uma revolucionária da causa.

Dito isso, a ruína da Bruxa (se é que podemos chamar de ruína) rompeu do seu desejo por justiça aos oprimidos sob a tirania do Mágico de Oz. Toda mágoa e o rancor que molda o seu título de Bruxa Má do Oeste é dilatado pela sequência de derrotas, desprezos, desgostos e perdas que suportou duramente durante tantos anos. Talvez os reais algozes da história sejam a hipocrisia e o conformismo dos cidadãos e da alta elite de Oz.

Desse modo, o que acontece com a Elphaba é uma sucessão de violações provocadas pela sua família e por Oz. O assédio que a sufoca constantemente transforma de tal maneira o seu espírito que a enlouquece. A bruxa, por fim, passa a questionar se seria ela indigna de ter uma alma como todos os outros. Ao confrontar Dorothy, uma personagem contrastante dotada de uma benevolência e uma ingenuidade aparentemente congênitas, põe em xeque para a Bruxa se ela própria teria, então, nascido para maldade como sempre disseram.

“Wicked”, portanto, é uma obra que delata a opressão de uma sociedade adoecida capaz de destruir as nossas almas, principalmente daqueles grupos mais vulneráveis. Infelizmente a perseguição ordenada e inalterável é sim capaz de nos sucumbir ao desespero, à dor e à subjugação. Elphaba é vítima de todo um sistema mordaz, como muitos aqui fora. O livro é um alerta para que continuemos fortes. Que sejamos maléficos, rebeldes e inconformados como ela. Que possamos ser, por fim, todas bruxas.

site: instagram.com/mrandmrjones
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Naguel 06/05/2024

Eu adoro livros que são reinterpretados
"Wicked: A história não contada das Bruxas de Oz" de Gregory Maguire é uma reinterpretação fascinante do clássico conto de Oz. Ao focar nas bruxas Elphaba e Glinda, o livro mergulha em temas complexos como poder, identidade e moralidade. Maguire habilmente desconstrói o conceito de vilania, apresentando personagens multifacetados e explorando suas motivações. A narrativa envolvente e as referências inteligentes ao universo de Oz criam uma leitura cativante para aqueles que buscam uma abordagem inovadora de uma história conhecida.
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Jussara 30/03/2024

É bem diferente do que eu estava esperando.
É uma história divertida, mas também é triste, é o crescimento de uma adolescente cheia de opiniões a uma jovem rebelde e por fim uma mulher amargurada.
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Felipe Berlofa 02/11/2023

Oz que não parece muito Oz, mas que tem muito a nós ensinar
"- O Leão quer coragem, o Homem de Lata quer um coração e o Espantalho um cérebro. Dorothy quer ir para casa. O que você quer ?
- Um pouco de paz e silêncio.
-Não, de verdade.
[...] a Bruxa parou e, no fim, o que saiu de sua boca surpreende os dois.
- Uma alma..."

Nota: ⭐⭐⭐⭐❤️
Editora: Leya

Qual é a origem da maldade? Como uma questão universal para nós seres humanos, entender a raiz do que torna uma pessoa má é discutida a séculos. Mas se o mal, certas vezes, for apenas uma questão de narrativa?


"Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz", de Gregory Maguire, é uma obra literária que mergulha profundamente no mundo mágico e familiar de Oz, mas com reviravoltas surpreendentes e ousadas. Publicado em 1995, o livro se tornou um fenômeno cultural e inspirou o famoso musical da Broadway de mesmo nome.

Em síntese, Maguire reimagina a clássica história de "O Mágico de Oz", de L. Frank Baum, de uma maneira única, contando a história sob a perspectiva das bruxas do Oeste e do Sul, Elphaba e Glinda. Elphaba, a Bruxa Má do Oeste, é retratada como uma personagem complexa e extremamente interessante. Sendo praticamente a personagem principal da trama, o autor explora sua jornada desde a infância até sua ascensão como uma figura temida em Oz, revelando as motivações por trás de suas ações narradas como más. Enquanto isso, Glinda, a Bruxa Boa do Sul, é pintada como uma personagem coadjuvante mais superficial no início, mas à medida que a narrativa avança, sua complexidade se desdobra, mostrando as camadas emocionais por trás de sua fachada de superficialidade.

O que mais me surpreendeu em Wicked é justamente o mundo de Oz. Maguire dá vida a esse universo com uma riqueza de detalhes, criando uma história envolvente e rica em camadas. Seus personagens introduzem uma sociedade diversa e cheia de intrigas políticas e religiosas, onde bruxas, humanos e animais falantes, e outros seres desempenham papéis cruciais no desenvolvimento desse ecossistema. Maguire desafia os leitores a considerar as questões de preconceito, discriminação e desigualdade social de uma maneira que ressoa com o mundo real, tornando a leitura não apenas envolvente, mas também profundamente reflexiva.

E sem dúvida, a questão central da trama é a discussão sobre o que é a maldade. Ao nos colocar na visão da antagonista da história original de Oz, vamos nos questionando ao longo da obra sobre qual é a natureza da maldade, e vemos que as coisas podem ser muito mais cinzentas do que apenas a dicotomia bem-mal. E essa discussão, principalmente na segunda metade do livro, é levada com maestria pelas personagens complexas e dinâmicas.

No entanto, "Wicked" não é uma leitura leve e exige uma mente aberta para apreciar sua complexidade e profundidade. É uma exploração de temas sombrios, como o preconceito, a opressão e a natureza da maldade. Maguire desafia os estereótipos tradicionais dos contos de fadas e nos faz repensar nossas próprias suposições sobre personagens icônicos.

Assim, apesar de sentir ao longo da trama que aquele mundo ao mesmo tempo não era Oz, por conta de toda a minha infância crescendo com a obra original, ter essa quebra de expectativa carregada pelas personagens e tramas políticas me aproximou muito da história. Recomendo a todos que querem conhecer mais sobre o musical e ter uma visão diferente de Oz.
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Latravss 10/10/2023

O outro lado das bruxas de OZ
A estória em geral é bastante interessante e mostra outra versão da estória original. O enredo gira entorno de Elfaba, a bruxa mar do oeste, então as histórias dos demais personagens não são aprofundadas.

O livro é dividido em várias parte, achei isso interessante pois polpa tempo para o autor, embora várias informações do livro ficaram desconexas e perdidas. Quando peguei o livro esperava algo mais infanto juvenil, então fiquei bastante surpresa já no prólogo, onde o espantalho fala: Ela é a amante de um homem casado. Tem algumas partes do livro que são desnecessárias, que só estão no livro para causar repulsa.

Tirando os tópicos citados acima, gostei bastante do livro, principalmente por ele ser bastante político e filosófico, falando de assuntos complexos, como, por exemplo, os sistemas que a sociedade vive e o que realmente é o mal. Nele vemos que a Wicked witch, não é realmente má, mas alguém perturbada por todas as desventuras que aconteceram em sua vida.
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Estersinha 02/04/2023

Em busca de uma alma
Eu amei esse livro muito pela nostalgia. Desde pequena gostava da história do mágico de Oz e eu gostei muito de poder voltar a esse universo.
E além de voltar ao universo, voltar com a história real do clássico por outro ponto de vista e com o passado incorporado.
Com certeza daqui pra frente a visão que eu tenho da história vai mudar totalmente porque não tem como você não gostar da bruxa.
Eu gostei do final porque ter se mantido original mas eu também não gostei porque não sei se eu esperava outra coisa mas talvez sim?
Única critica técnica e que eu achei que o final não foi tãoo bem desenvolvido. Foi meio rápido a chegada da Doroty lá e tals, mas uma coisa muito boa.
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totoabikair 02/01/2023

muito bom!!
gostei muito do livro, a história da elfaba e da g(a)linda me deixou apaixonado por elas.

o livro tem alguns problemas? acho que o maior é de justamente ele ser fantasia, eu não costumo ler muito fantasia e gostar, o livro é grande e passou por momentos de eu gostar muito e depois ache um capítulo inteiro entediante (os capítulos justamente que não falavam da evolução da história da elfaba ou da glinda)?

também queria que tivesse focado mais na história da glinda, que até um ponto do livro é bem contada e depois é basicamente esquecida.

tô ansioso pelas adaptações cinematográficas, e sou apaixonado pelo musical !! ???
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Naaý 13/04/2022

E lá...
... a velha Bruxa má ficou por um bom tempo.

--

A dedução de comprar um livro pela capa foi atualizada!
Não me arrependo nenhum pouco de tê-lo comprado só porquê achei a capa bonita.

Oz é um mundo em que não me interessava, até conhecer Elphaba ?

Entender que ela não ficou verde de inveja fez toda a diferença. E claro, que consegui entender tudo que ela foi. Não consigo mais olhar para a personagem "Bruxa má do Oeste", porque de má só foi a vida que ela teve :(

Tudo contado no livro, fez sentido, e teve ligação.
Uma história que me pegou do começo ao fim e com um plot incrível, que nem passou pela minha cabeça.

Gostaria de ler muito mais sobre ela, e torci muito pra ela ter um final diferente, mesmo já "sabendo" do final.
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Rah 28/06/2021

Um livro bom, mas não é Oz
Eu li esse livro em sequência as cinco principais histórias de Oz. Nesse sentido, não consigo interligar os dois mundo pelas grandes diferenças no estilo dos personagens, na formação e cultura do mundo.
Em Oz até os personagens ruins, são bobos em sua natureza. O mundo é gostoso de ler e a bondade e inocência sempre prevalecem. Até nos personagens que eram pra ser maldosos possuem em sua alma a inocência.
Em maligna, temos um mundo próximo ao nosso; onde existe preconceito, ditaduras. Ataques aqueles que são diferentes e minorias.
A Elphaba é fruto do meio, alguém tão carente, e que sofreu tantos preconceitos por sua cor, que eu não consigo ver a maldade. Na verdade, vejo uma mulher que aprendeu a ser sozinha, porque ninguém poderia ama-la, a lutar contra as injustiças que ela ver no mundo; Fabala luta por todos, mesmo por aqueles que nem acreditam nela. E acaba virando um alvo. Afinal, é fácil tornar alguém de que todos tem medo e preconceito, como alguém ruim.
É um bom livro, que aproxima de nossa realidade.
José Frota 22/02/2023minha estante
Verdade. Alguns dizem que não vão ver o mágico de Oz com os mesmos olhos. Porém já na introdução de wicked vemos a diferença quando Dorothy conversa com os amigos.




Héls 15/04/2021

Depois desse livro eu nunca me questionei tanto sobre a maldade, principalmente se ?as pessoas nascem ma?s, ou sera? que a maldade e? lanc?ada sobre elas??.
Wicked e? um livro que eu amo, queria poder guardar Elphie num portinho e protege?-la de toda maldade do mundo ?
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Bianca.Fabiano 01/12/2020

Uma bruxa como tantas outras
Aquela que que foi negligenciada e que negligência, aquela que desde pequena não segue o que é esperado pelos outros, aquela que confronta as mentiras, mas é vista como quem merece desconfiança, aquela que luta por justiça e é transformada em bruxa.
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sarah.bianchin. 18/11/2020

Li o livro por causa do musical...
...Mas perto do livro, o musical é uma fanfic! E digo isso sem nenhum pingo de sarcasmo ou deboche. Algumas referências do musical são claras no livro, outras requerem um pouco mais de imaginação, mas a verdade é que ambas as versões da história são mais do que aparentam. O que a princípio passa a impressão de ser ?apenas? uma lição sobre o preconceito, bem como as origens da famigerada Bruxa Má do Oeste, se desenvolve como uma narrativa complexa com ensinamentos sobre política, manipulação de povos e outros artifícios utilizados com mais frequência do que a gente imagina. Leitura interessante e necessária, embora muitas vezes se torne cansativa.
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Kaah 23/08/2020

Esse livro aborda vários assuntos, tanto políticos, religiosos, sexual, entre muitos outros. Eu amei esse livro e leria de novo sem pensar duas vezes, a bruxa não é má como todos dizem e isso é abordado de uma forma fantástica.
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