Bi Sagen 27/07/2020Tenente Guedes, delegado de uma pequena cidade no sertão, tinha tudo planejado para o noivado de sua única filha, Lisbela. Entre elas, a apresentação circense de Leleu, um dos presos que estavam sob sua tutela.
O que ele não esperava é que aquele contato entre os dois jovens mudaria por completo o destino de todos aqueles em seu entorno.
Lisbela é uma jovem cheia de vida, que não está lidando bem com seu iminente casamento. Enquanto Leleu é ótimo de conversa, e faria de tudo para se livrar da prisão. Essa combinação explosiva resulta numa linda história de amor.
Não tenho costume de ler peças teatrais. Mas Lisbela e o prisioneiro é um dos meus filmes favoritos. Então me senti curiosa em relação a sua versão textual.
Foi divertido poder novamente me encantar novamente com a impetuosidade de Lisbela e a inteligência de Leleu. Assim como tive a chance de rir com os ditados populares invertidos do delegado e as trapalhadas dos soldados.
Agora, mais velha, pude entender também as críticas no texto. Como o fato de que Leleu tinha sido preso por se envolver com uma garota menor de idade, e a única pessoa que o criticava por isso era por inveja. E também os abusos de poder do delegado. E como o poder era subvertido e ignorado, numa delegacia que de nada lembra o modelo que temos em mente.
Além disso, é interessante pensar como o filme faz adaptações para causar mais impacto em cena. Como o fato de que Lisbela não vai vestida de noiva pra delegacia, e sim disfarçada de homem. E também o fato de que o relacionamento dos protagonistas não é tão explorado assim. Além do acréscimo / exclusão de alguns personagens.