História da Umbanda

História da Umbanda Alexandre Cumino




Resenhas - História da Umbanda


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Tauana Mariana 20/01/2021

Que livro!
Que livro, senhoras e senhores.

Na obra Alexandre Cumino nos presenteia com uma pesquisa incrível sobre História da Umbanda. O livro é rico em conteúdo, rico em resgate de informações, além de nos oferecer diversos pontos a se pensar e diversos autores a conhecer.

Apesar de não ser um livro curtinho, com 384 páginas, foi uma leitura rápida porque eu simplesmente não conseguia parar de ler. Chegou a bater uma tristeza quando a leitura foi concluída.

O autor inicia a obra relatando as origens da Umbanda. Uma origem brasileira, mas que foi muito contestada e analisada. A partir daí, apresenta “as” Umbandas, com suas diferentes vertentes, a origem e o significado da palavra Umbanda, a trajetória da Umbanda, principalmente nos seus primórdios, o primeiro congresso brasileiro do espiritismo de Umbanda, os pioneiros da literatura umbandista e, por fim, a literatura científica, ou seja, as principais pesquisas que foram realizadas sobre a Umbanda, principalmente por sociólogos e antropólogos.

A história da Umbanda é fascinante, e se inicia com Zélio de Moraes no dia 15 de novembro de 1908, quando este incorpora o Caboclo das 7 Encruzilhadas. A Umbanda nasce dentro de uma casa espírita, na Federação Espírita de Niterói, e na obra podemos acompanhar e compreender a relação de proximidade, distanciamento e tensão entre a umbanda e o espiritismo. Durante anos tentou ser reconhecida enquanto religião única, e não uma “vertente” do espiritismo ou uma forma de ser espírita. Essa identificação também era conflituosa para os próprios médiuns. Contudo, alguns se apresentavam enquanto espíritas, apesar de serem umbandistas, para evitar o preconceito que se tem com as religiões afro-brasileiras. Enquanto o Espiritismo era entendido como uma religião nobre, dos mais elevados e bem afortunados; a umbanda era relacionada ao “baixo espiritismo", aos menos afortunados, à magia negativa. O próprio governo, durante períodos ditatoriais, preservava os centros espíritas e perseguia a umbanda, o candomblé, a macumba, entre outras religiões. Por isso, muitos umbandistas precisavam se proteger, alegando serem espíritas.

É incrível o esforço que Cumino faz para nos narrar a história da Umbanda e como foi o processo de se reconhecer enquanto religião única. Os próprios umbandistas divergiam sobre os preceitos da Umbanda, sobre os valores da Umbanda e até sobre a origem da palavra Umbanda. Alguns, inclusive, queriam “apagar” a relação desta com as religiões afros.

Cumino também nos guia pela literatura umbandista, mostrando as primeiras contribuições, primeiras impressões sobre a religião, até os autores de nossos dias. É interessante notar como a literatura na fase inicial era “confusa”. A Umbanda se via como uma religião prática, e por isso se manteve afastada muito tempo da literatura. Alguns pais, inclusive, desaconselhavam a leitura de tais obras, uma dos motivos era essa confusão que gerava divergências entre os autores e até informações infundadas.
Enfim. Quero cada vez mais ler e saber sobre a Umbanda porque, como o próprio Cumino (2019, p. 272) fala “todos podem e devem ler e estudar para entender a Umbanda, além da manifestação mediúnica no terreiro [...], entendendo-a como religião - como doutrina, teologia e rituais próprios”.


Salve a Umbanda!

Referência:
CUMINO, Alexandre. História da Umbanda: uma religião brasileira. São Paulo: Madras, 2019.
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Caboclo.Pena 24/05/2016

Literatura Umbandista
Literatura Umbandista é na www.gratusbrasil.com.br.

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