Fernanda 21/03/2015
Segunda-feira entre uma tarde frienta e chuvosa, resolvi ler esse livro que a minha cunhada tanto falou. Atribui a ele, a função VOTO DE MINERVA, afinal, eu acompanhei a saga do quarteto de noivas e achei um porre.. Mas, segundo os fãs, eu cairia de amores pela serie mortal.
Ok,cá estou eu.
Vamos começar pela história EMBOTIDA NUM ROMANCE POLICIAL E SUSPENSE , a principio eu estava até apreciando, mas, depois do meio acho que a autora se embolou e começou a ficar repetitivo.. E um tanto forçado querer aparentar a “dureza” da protagonista, eu sei gente, eu sei que ela sofreu um trauma muito grande, mas, nem mesmo as sequelas desse trauma me fez ver nela uma coitada sofredora, e admiro a fachada de policial bem capacitada sem deixar duvidas quanto ao machismo e ela sendo uma mulher dominar tão bem as situações a qual ela foi convocada. No entanto,o perfil sombrio, distante e até esnobe dela não fez de mim uma fã da tenente Dallas..Quando na verdade eu achei ela mais para “sem-educação” ao invés de uma mulher durona e decidida ,aliás, isso ela é também, mas, a arrogância é sem fim ,meu Deus.
O casal principal, Roarke e Eve parecem gato e rato, ocupam boa parte da trama trocando farpas e salientando como seria um ataque de vespas. Ok, tudo isso pode funcionar como preliminares e aumentar o apetite voraz do leitor. Eu também gosto desses conflitos, mas ,nesse livro é demais. E do nada, ambos estão se atacando como animais no cio rsrs Aquele velho clichê, se encararam a primeira vista, trocaram umas farpas, nessa coisa toda rolou uma carona,um botão da blusa da tenente fica no carro do mocinho, e por ai o cara guarda esse mimo como um amuleto.Rararara. Achei isso tão tolo.
A historia se passa muito além do nosso tempo. Num mundo onde os botõezinhos da supertecnologia falam mais alto. Não me empolgou o cenário futurista. A ambientação numa perspectiva futura pode até ser legal, mas, a meu ver pouca contribuição traz à narrativa. Se fosse tão moderno assim, não existiria tantas falhas no sistema de investigação e bandidos não teriam tanta chance para com o crime, e fora, aquele lance da arma no nome do Roarke.
Aliás,o Roarke,até que dá um caldo, mas ainda sim prefiro tantos outros por ai. Tipo Gabriel Emerson do inferno de Gabriel, e até mesmo o Carter de álbum de casamento da própria autora.
E por fim ,o meu maior desgosto. Não acho que a autora tenha suporte para lançar tantossssssss livros dessa serie e segurando a antipatia da moça Dallas. Nos EUA foram publicados mais de 45 e ainda não foi finalizado..Aqui no Brasil se não me engano estamos no 25..Ok,quem é fã acha o máximo essa quantidade de continuação, mas, acho que acaba se esquecendo que no desenrolar de tantos livros, o suspense começa a ser declarado logo no inicio, as brigas do casal começam a ficar mais que previsíveis. A Eve continua aquela mala sem alça mal humorada e sem educação, o Roarke apesar de galã, um personagem controlador, possessivo e que tem dinheiro para tudo e no fim a Nora mostra que aderiu á essa nova moda entre as autoras, digo o lado MERCENÁRIO, aproveitar um publico especifico porque sabe que enquanto lançar livros relacionados aos personagens que a galera esta familiarizada, mais livros serão vendidos, e no fim o Money Money será garantido- publico certo ..
O que eu quero dizer é que com uns poucos 10 livros,a historia seria facilmente resolvida. E pra finalizar, eu acho que a Nora escreve, escreve, escreve, escreve, e tanta marola me dispersa. Esse excesso de descrição nas cenas intima não me deixaram nem mesmo arrepiada, ela escreve e escreve e no final não diz nada ou já perdeu o sentido e isso só me fez concluir o que eu já sabia. Não aprecio o estilo escrita Nora de ser, e apesar de mudar a categoria de romance para ficção e suspense policial, acabo percebendo que a escrita que me incomodava no quarteto de noivas, continua me incomodando por aqui.