Patrícia 19/01/2014Tirando o chapéu pra Raphael DracconConfesso que fui surpreendida... de início, Dragões de Éter para mim era mais um entre tantos sucessos norte-americanos nas livrarias, onde eu pensava que na capa traseira do livro iria encontrar quantas semanas ele passou em tal posição no Times.. e blá blá... enfim, todas essas coisas que vc vê de um best-seller norte-americano, eu via o povo falar muito dele. Inclusive um amigo meu. Era só elogios... até que um dia criei tempo e vontade em lê-lo (pois meu gosto literário se distancia um pouco do tema de Draccon). E veio a surpresa nas primeiras páginas quando desconfiei da escrita do livro, parecia um livro... brasileiro! Eu logo: "oxe!" (isso mesmo, bem nordestino mesmo) fui na ficha catalográfica do livro e lá estava a publicação no Brasil. Bom, até aí a surpresa foi apenas diante do que eu pensava do livro ser norte-americano, pois o início de Dragões de Éter é meio, digamos assim, perdida, enrolada, muitas explicações sem explicações (?!), demonstrando a ansiedade do autor redigindo seu primeiro livro (isso fica na cara, não precisei nem de pesquisa), mas aos poucos, ao longo de suas quatrocentas e tantas páginas é que veio a surpresa de fato. Caramba, que imaginário o desse cara! Que obra estupenda! Uma saga digna de reprodução cinematográfica! Pena que o Brasil ainda não tem uma Hollywood da vida, pq se tivesse essa saga já estaria seu nome cotado ao Oscar 3 anos depois de sua publicação. Dragões de Éter é criativo, prende o leitor, nos faz dar risadas, chorar, se angustiar e ler obsessivamente página após página perdendo o sono pela noite adentro... A escrita que no início está meio perdida, fica "semidivina" do meio para o fim, e suas continuações? Essas são melhores ainda, se é que dá para imaginar isso. O Draccon amadurece ao longo do primeiro livro para ser arrebatador no segundo livro. Dando orgulho aos leitores brasileiros. Quando se vai escrever uma resenha no skoob, vc vê: "Escreva o que achou do livro/o que aprendeu com ele" Deste eu posso dizer: Aprendi que livros brasileiros podem ser tão bons ou melhores que aqueles que inspiraram histórias de filmes magníficos do mundo da fantasia que tanto nos prendeu a atenção na adolescência e até hoje.