Seis passeios pelos bosques da ficção

Seis passeios pelos bosques da ficção Umberto Eco




Resenhas - Seis Passeios pelos Bosques da Ficção


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Leonardo.s.lopes 03/05/2024

Espetacular
Difícil demais falar sobre esse clássico... da primeira à última conferência, Umberto Eco se mostra como um escritor que transita com tranquilidade e humildade não só pela Literatura como também por várias áreas do conhecimento, como a Filosofia e a Teologia, por exemplo.

O livro transborda de bom humor. As análises são diversidades, sem deixar de serem profundas e provocantes. Dá vontade de ler cada livro que Eco cita e analisa, pois o faz nos contagiando.

Amei a leitura e quero ler outros livros do Eco, já...
comentários(0)comente



douglaseralldo 03/05/2024

Entre sem medo ou 10 considerações sobre Seis passeios pelos bosques da ficção, de Umberto Eco
1 - Conjunto de seis conferências de Umberto Eco realizadas por Eco em Harvard, o livro reúne textos sobre o olhar do pesquisador sobre a ficção e a literatura, tudo isso permeado tanto pela sua erudição - às vezes levada ao extremo - como pela sua capacidade poucas vezes vista de relacionar essa erudição à cultura popular trazida à baila em muitos momentos. Certamente uma obra que todos os interessados em literatura e pela ficção precisam conhecer;

2 - Obviamente, a abordagem de Eco não apenas nos traz diferentes exemplos retirados da ficção, bem como em muitos momentos retoma e relembra discussões teóricas acerca do fazer e do ler literatura, tanto das de origem de seus trabalhos, quanto a outros teóricos relevantes não como conceituação, mas tentativas de entendimento da literatura e do ficcional. O livro inicia com a conferência entrando no Bosque, que entre outras coisas ele diz que "Bosque é uma metáfora para o texto narrativo, não só para o texto dos contos de fadas, mas para qualquer texto narrativo". E trata-se realmente de uma bela metáfora, pois perceberemos na argumentação de Eco que nosso comportamento leitor assemelha-se às escolhas ao se adentrar a um bosque;

3 - No decorrer das conferências, perceberemos, a presença constante de dois conceitos importantes a Eco, os de leitor-modelo e autor-modelo, que permearão as observações e interpretações do autor no decorrer de sua escrita-fala. Perceberemos, aliás, no quão leitor é Eco, um leitor que às vezes temos a sensação de extrapolar os limites do leitor tamanha sua dedicação extrema à leitura de alguns trabalhos. Outro elemento que nos chama a atenção é o lado semioticista do autor, fã dos gráficos de da procura pelos mais distintos símbolos na narrativa;

site: https://www.listasliterarias.com/2024/05/entre-sem-medo-ou-10-consideracoes.html
comentários(0)comente



booksdalaus 15/11/2023

Seis passeios pelos bosques da ficção
O que é o texto de ficção?
Em que medida ele difere da verdade histórica?
E o que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias ou vice-versa?

Estas e outras questões cruciais da arte narrativa são discutidas, de forma acessível e bem-humorada, por Umberto Eco, nestas seis conferências que realizou em 1993 na Universidade Harvard.
De Esopo a Ian Fleming, de Edgar Allan Poe e Nerval aos modernos experimentos de Georges Perec, passando ainda pela Paris de Alexandre Dumas, o noticiário da Guerra das Malvinas, os filmes pornográficos e seus próprios romances, Eco investiga os diversos aspectos da leitura, expandindo nossa percepção não apenas do mundo ficcional, mas também da própria realidade.
comentários(0)comente



Karen 19/03/2023

Um bosque diferente
Eco nos coloca em um bosque particular, original, onde a técnica e a emoção andam de mãos dadas.
Absolutamente INCRÍVEL!! ?
"As coisas parecem mais fáceis quando se trata de verdades ficcionais".
comentários(0)comente



Ana 28/12/2022

Panorama interessante
Ótima leitura para uma visão da literatura de ficção. Minha primeira leitura de eco, aliás. Sei que não comecei bem mas gostei da maneira como discorre sobre suas ideias
comentários(0)comente



Gabriel Oliveira 12/04/2021

Um livro que deveria ser mais conhecido
Eco foi um acadêmico que virou romancista aos 48 anos. O que ele tem a nos ensinar?
A resposta é: muito.
Nessas conferências que ele deu, transformadas em livro, ele discute várias nuances da escrita ficcional que são de gigantesco valor especialmente para quem pensa em escrever.
A escrita ficcional que afeta o mundo real, a diferença autor empírico e o autor ideal, as molduras narrativas nos contos (especialmente num conto de Poe)... tudo isso e muito mais.
Boa parte do livro é dedicada a Sílvia, de Nerval e isso me incomodou um pouco. Dá pra ver que ele era obcecado por essa obra. Eu comprei Sílvia e vou ver se acontece o mesmo comigo.
comentários(0)comente



Paulo Silas 09/04/2021

De que é composto o texto ficcional? O que existe na ficção que faz com que seja compreendida enquanto tal? De que maneira um texto ficcional pode ser diferenciado de um texto que retrata algo da realidade? Há algo da realidade presente na ficção - e a ficção se apresenta de algum modo na realidade produzindo algum efeito concreto? É torno de questões tantas como essas que Umberto Eco escreve o seu "Seis Passeios pelos Bosques da Ficção", abordando a arte narrativa por meio de diversos exemplos da literatura e da história para estabelecer algumas diretrizes possíveis para que essa relação entre o texto ficcional e a realidade possam ser minimamente apuradas.

O autor abre a obra com o seu primeiro passeio explanando sobre a importância que a figura do leitor tem para a história, diferenciando o leitor-modelo do leitor empírico e todas as implicações que decorrem dessas diferentes formas de leitor - cuja diferenciação também é feita para com a pessoa do autor. No segundo capítulo, questões como o tempo da narrativa e a distinção entre história e enredo são abordadas. No capítulo 3, o tema do tempo na narrativa é aprofundado, evidenciando o autor que numa obra de ficcção três são as formas de o tempo figurar - o tempo da história, o tempo do discurso e o tempo da leitura. No capítulo seguinte, o acordo ficcional que implicitamente se estabelece com o leitor ao ter em mãos uma obra de ficção é apresentado como condição necessária para que o texto funcione como... ficção. No quinto capítulo é a relação entre o mundo ficcional da obra com o mundo da realidade em que se situa o leitor que recebe a abordagem do autor. Por fim, no último capítulo os protocolos ficcionais recebem enfoque, questionando o autor se não poderia o mundo real ser lido como fosse uma obra de ficção. E é assim, com nuances, desdobramentos e aprofundamentos nesses tantos e outros temas, que os seis passeios são feitos.

O livro é resultado de uma série (seis) de conferências realizadas pelo autor, que foram reunidas nessa excelente obra. A forma com a qual Umberto Eco trata das questões do universo ficcional é cativante e divertida. A seriedade e profundidade acadêmica são mantidas adotando um tom simples na sua fala, permitindo que mesmo o leitor não situado no foro acadêmico da narrativa acompanhe integralmente tudo o que é trabalhado no livro. Os exemplos ilustrativos são diversos: obras Edgar Allan Poe, Alexandre Dumas, Arthur Conan Doyle e inclusive suas próprias são abordadas ao lado de exemplos como a fórmula da Coca e os filmes pornográficos, permitindo assim uma compreensão própria da relação entre a realidade e o ficcional que constitui o tema central do livro. Leitura fundamental para quem quer percorrer os meandros da narrativa.
comentários(0)comente



Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - SEIS PASSEIOS PELOS BOSQUES DA FICÇÃO
Seis passeios pelos bosques da ficção é uma obra riquíssima de Umberto Eco, que tenta nos responder perguntas como: o que é o texto de ficção? Em que medida ele difere da verdade histórica? E o que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias ou vice-versa? O que é um leitor-modelo? Qual é a diferença entre um autor-modelo, autor empírico e narrador? Todas essas dúvidas são sanadas por meio de exemplos incríveis, mas que exigem um conhecimento literário intermediário.

Seis passeios pelos bosques da ficção é um livro técnico sobre a narrativa e a história ficcional. Para compreender as referências mencionadas para compreender as referências mencionadas por Eco, é necessário ter um conhecimento intermediário em Literatura Universal, pois o autor utiliza histórias e personagens clássicos para dar exemplos e explicações e é preciso ter essas referências. Do contrário, é provável que você não entenda nada da leitura, recomendo não comprar o livro aleatoriamente!

Os seis passeios que o leitor dá, são os seis capítulos da obra:

1. Entrando no bosque
2. Os bosques de Loisy
3. Divagando pelo bosque
4. Bosques possíveis
5. O estranho caso da rue Servandoni
6. Protocolos finais

A metáfora "bosques" do título, refere-se à narrativa, que é como um passeio por um bosque. Tanto o autor quanto o leitor podem fazer escolhas de diferentes caminhos a percorrer. Cada passeio te leva a um lugar diferente, com paisagens diferentes, todo bosque (narrativa) proporciona uma viagem diferente, e cada leitor interpreta essa viagem de acordo com as suas vivências e experiências.

"Já que tento justificar todos os títulos que tolamente escolho para minhas obras, permitam-me justificar também o título de minhas conferências Norton. "Bosque" é uma metáfora para o texto narrativo, não só para o texto dos contos de fadas, mas para qualquer texto narrativo. Há bosques como Dublin, onde em lugar de Chapeuzinho Vermelho podemos encontrar Molly Bloom, e bosques como Casablanca, no qual podemos encontrar Ilsa Lund ou Rick Blaine. (...) um bosque é um jardim de caminhos que se bifurcam. Mesmo quando não existem num bosque trilhas bem definidas, todos podem traçar sua própria trilha, decidindo ir para a esquerda ou para a direita de determinada árvore e, a cada árvore que encontrar, optando por esta ou aquela direção. Num texto narrativo, o leitor é obrigado a optar o tempo todo. Na verdade, essa obrigação de optar existe até mesmo no nível da frase individual." (p. 12)

Li essa obra para a matéria de Crítica Literária, ou seja, foi uma das últimas obras que analisei no curso de Letras. Embora o texto pareça complexo, creio que o melhor caminho seja fazer realmente uma leitura e um estudo aprofundado, pois esse livro não foi escrito para ser lido apenas uma vez e por prazer. É uma leitura técnica. Se você busca saber mais sobre a magia por trás do texto ficcional e tudo o que o envolve, esses seis passeios são os melhores caminhos!

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS, LINKS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2019/06/resenha-seis-passeios-pelos-bosques-da.html
comentários(0)comente



Ocelo.Moreira 17/03/2020

Um Livro Sobre o que é Ficção e o que é Realidade
Não é um livro sobre técnicas de escrita ou como escrever melhor. É um livro sobre comparação entre a ficção e a vida real, sobre o impacto da ficção na vida das pessoas.

É um livro sobre livros que marcaram épocas, cujo estilo e criação literária se confundiram com a vida real, causando assim confusão em seus leitores.

É também sobre personagens ficcionais que pareceram existir na vida real como por exemplo, Sherlock Holmes. E também sobre endereços que não existiam na época e foram mencionados em romances clássicos por seus autores.

Ou seja, na verdade é um livro sobre a visão, a observação, a pesquisa literária e a paixão por tais romances clássicos do autor Umberto Eco.
comentários(0)comente



Cicera Evila 26/02/2020

Seis Passeios pelos Bosques da Ficção
Este livro traz 6 palestras ministradas pelo mestre Umberto Eco.

Como não poderia deixar de ser, é um livro excelente e indispensável para quem estuda ou tenta compreender o que é essa tal de ficção.

Eco faz análises elucidativas acerca da natureza da ficção, metaforizada como um bosque - ou diferentes bosques.

No entanto, não para por aí. Ao explicar a natureza da ficção também explica os parâmetros da realidade, estabelecendo, inclusive, as intersecções entre uma e outra e como isso nos afeta enquanto leitores, tanto de Ficção como da Realidade.

A cereja do bolo é ver alguém que ama livros e arte e literatura falando disso. Por mais erudito que Eco seja, nunca abandona o didatismo e amor pelo assunto tratado.
comentários(0)comente



Sobrinho 29/04/2018

Teoria literária
Umberto eco é um autor diferenciado, pois isso, percorrer sua obra é um privilégio, ainda mais quando se trata do conhecimento sobre teoria ficcional. Recomendo.
comentários(0)comente



Wellington V. 17/07/2011

Acessem: http://mosaico.blogs.ie/2007/10/30/seis-passeios-pelos-bosques-da-ficcao/
Que o autor -- Moisés Sbardelotto -- tem razão! (risos)
comentários(0)comente



13 encontrados | exibindo 1 a 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR