O túnel

O túnel Ernesto Sabato




Resenhas - O Túnel


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Robson 06/11/2012

O livro participou de um momento forte em minha vida, interessante quando encontramos livros por indicação que além de ler acabamos assimilando com a sua vida naquele instante. Achei interessante que o "sentimento" neste livro é muito impactante.
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Esther 05/01/2022

Como ser um homem manipulador
Esse é um livro muito bem escrito sobre um homem com vários problemas psicológicos.
Ele se apaixona por uma mulher sem mesmo conhecê-la e faz várias imposições sem antes saber se ela gosta dele.
Não entendi bem o propósito do livro...
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Giovani L. 11/07/2012

Perturbações da Mente
O túnel, onde se cria a expectativa, a amargura, a ansiedade que se dissipa ao longo do tempo. Fonte de fatos mentirosos criados para alimentar a vontade do ser. Fantasia que se torna realidade.
O Túnel, livro de Ernesto Sabato relata a história por trás do assassinato de María Iribarne executado por Juan Carlos Castel que é um artista plástico introvertido e que vive no túnel de sua mente a criar a partir de análises superficiais, concretos fatos que o perturbam e regem suas atitudes. O intrigante do livro é que vive-se Castel em sua mente, apenas em sua mente, e as loucuras da voz que se convive diariamente.
Esta voz que comanda, canta, distrai, pensa arduamente e cria sensações que não haviam antes. A criação do ciúmes, ver o que não há, criador de irritações e perturbações. Assim age a voz no interior de Castel, sempre lhe sabotando com visualizações superficiais que se tornam profundas em sua mente perturbada que lhe toma a vida.
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Fabio Di Pietro 06/04/2024

Desconforto
Essa foi a palavra que me veio a mente quando da leitura do livro. Somos mergulhados na mente desse personagem irritadiço, entregue às paixões, aos impulsos, às loucuras que o ciúmes impõe à mente humana.
O narrador é um assassino que despreza a humanidade, principalmente por ele ser parte dela e ver nela o seu reflexo.
Ao mesmo tempo que me arrependia de ter iniciado a leitura, não conseguia parar de querer estar nesse túnel claustrofóbico e sua visão unidirecional da realidade.
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Lurdes 21/02/2024

Difícil falar sobre este livro sem sentir um grande incômodo.
Eu já havia lido outros livros do autor e apreciado muito, mas O Túnel me provocou muitos sentimentos contraditórios.
Ao fim e ao cabo me parece a história de como se dão os feminicidios e senti muita raiva.

O livro é narrado pelo pintor Juan Pablo Castel que já no primeiro parágrafo conta do crime que cometeu. O assassinato de María Iribarne.

Ele narra toda a relação dos dois, sua obsessão por ela, sua insegurança por achar que seu "amor" não era correspondido.

Castel viu Maria pela primeira vez durante uma exposição de seus quadros. Em um deles, um pequeno detalhe de uma mulher em uma janelinha no canto da tela, que passava despercebido do público e dos críticos, é motivo de longa observação de Maria.
Acontece que este detalhe, esta janelinha, tinha um significado muito importante para Castel, uma simbologia de sua solidão e isolamento, sua incapacidade de se comunicar com as pessoas.
Quando Maria se detém em frente a janelinha, para Castel é como se ela desnudasse sua alma e fosse a única pessoa capaz de amá-lo e compreende-lo.
A partir daí ele desenvolve uma obsessão por esta mulher. Ele a persegue, se aproxima, praticamente força uma relação, sempre movido por esta certeza de que "precisa" dela e de que ela "precisa" dele.
Ele cria uma imagem dela baseada em suas fantasias, que não correspondem à realidade. Maria é uma mulher livre, com muitos interesses e amores e isto vai levando Castel à loucura.
Quem já viveu um relacionamento abusivo enxerga muito facilmente o processo. Ele diz que é amor, mas ele nunca sequer conheceu esta mulher. Ele amou uma fantasia criada por ele mesmo e tentava encaixar Maria neste roteiro.
Vi muitos críticos "passando pano" para Castel, enxergando um homem em conflito, vítima de uma sociedade doente.
Eu só consegui ver uma mulher em uma relação abusiva, que culmina com um típico feminicidio.
Sábato é um grande escritor, que domina a escrita, e o respeito muito por isto. Ele mesmo não minimiza a loucura de Castel, o que não o torna menos nocivo.
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Luquinha da leitura 09/02/2024

"María é morta. A vida é inescapável; ainda assim, a extraviamos."

O Túnel é uma história de amor contada do ponto de vista de uma mente extremamente desequilibrada e solitária.
Castel passa todos os seus momentos (com e sem María) pensando em como sua amante está sendo infiel ou como ela não o ama o tanto quanto ele acha certo. Esta auto-sabotagem não permite que eles vivam uma relação minimamente saudável e limita a felicidade de Castel a breves instantes de prazer.

"Castel é uma personagem que constrói por subtração, cavando um profundo abismo, forma as cordilheiras que vão encerrá-lo no túnel"
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Aline.Andrade 24/01/2024

Insano
Nessa história o narrador conta a própria história de aversão, solidão, amor e ciúme extremo e relacionamento abusivo pelas duas partes. Chocante e paralisante.
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Ricardo 23/07/2012

O túnel - Ernesto Sabato
Juan Pablo Castel, um sujeito inseguro e perturbado por ver a vida absurda e cruel, é obcecado em acreditar que por meio de análise constante seria capaz de pintá-la. Como, por exemplo, acreditar que uma imagem "corriqueira" em um de seus quadros seria capaz de catalizar o lado gratuito da vida que tanto lhe é cara por ser inatingível em sua plenitude devido uma timidez patológica.
O livro inicia com a confissão de um assassinato: solução para atingir a Vida de um ser que, apesar de uma reflexão constante, não conseguia se enxergar além de uma marionete na mão do ocaso.
Para alguém que enxerga a vida um abismo e se isola dentro de um túnel como quem foge de um mostro, a comunicação torna-se problemática. Os relacionamentos só poderiam ser acompanhados de tragédias e obsessões.
Enfim, um livro tenso no qual Ernesto Sabato nos apresenta a enorme potência de seu gênio.



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Luiz 18/03/2024

Castel e Maria, não é um romance
O livro já inicia com Juan Castel confessando um assassinato. O pintor, tenta provar-se diferente, em não ser como os outros humanos. É introspectivo e cru. Ao desenrolar da história, consegue provar o contrário. Cheio de si, narcisista, obsessivo e agressivo. Ele conhece uma apreciadora de sua arte e se apaixona, desenvolvendo nele os sentimentos mais diversos e experiências jamais provadas. Castel e Maria não foram pra mim um romance, e sim um laço que nem sei dizer se foi afetivo, conturbado e cheio de perguntas quase nunca respondidas. É um livro bom, mas esperava mais.
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tia maris :) 07/06/2024

Boy Surtado ou Fanfiqueiro?
Juan é um cara maluquinho, né? Não acho que ele tenha um distúrbio mental, só acho que ele é um homem machista e controlador que pensa demais e acaba entrando em um ciclo vicioso de obsessão e paranoia. Gostei do livro.
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Jader 26/07/2024

Personagem detestável muito bem construído. Angustiante seus relatos paranoicos, de ciúme, de solidão e sobretudo de insanidade.
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Vanessa.Benko 10/09/2024

Sempre pensei que não existe memória coletiva, o que talvez seja uma forma de defesa da espécie humana
Ernesto Sabato nos conduz pela mente de Juan Pablo Castel, um pintor e assassino confesso que, desde a primeira frase, deixa claro seu crime: ele matou María Iribarne, a mulher que amava e, paradoxalmente, odiava. Mas, em vez de um típico romance policial, o autor nos entrega uma investigação íntima, uma autoinvestigação obsessiva que nos faz questionar até onde vai a racionalidade e onde começa a loucura.

Sabato nos convida a acompanhar um narrador que é, ao mesmo tempo, insuportável e fascinante. Castel, com sua vaidade exacerbada e uma postura de superioridade quase insuportável, fala diretamente ao leitor, tentando justificar suas ações e, de alguma forma, induzir-nos a enxergar o mundo através de sua lente distorcida. Ele nos dá permissão, inclusive, para desistirmos da leitura — uma demonstração clara de seu ego inflado e da crença de que ele é, de alguma forma, superior ao leitor comum. Isso poderia afastar alguns, mas para mim funcionou justamente ao contrário: o livro prende, provocando uma curiosidade quase mórbida de compreender a lógica por trás de sua insanidade.

É impossível ignorar o fluxo de consciência que permeia a narrativa de Castel. Ele frequentemente se desculpa por sua mania de justificar excessivamente e por cometer erros na narrativa, que ele poderia simplesmente ter apagado. É uma janela para sua ansiedade, sua incapacidade de se conectar genuinamente com os outros e seu medo profundo de parecer ridículo. Há momentos em que essa vulnerabilidade ressoa, quase como um reflexo de nossas próprias inseguranças, o que gera uma estranha conexão, ainda que temporária, com o leitor.

O relacionamento entre Castel e María é uma dança macabra de perguntas sem respostas. Os diálogos são, na verdade, monólogos disfarçados; Castel sempre está falando consigo mesmo, tentando encontrar em María um espelho de suas próprias ilusões e teorias. Ele tenta encaixar suas emoções em um quebra-cabeça racional, um exercício fútil que o leva ao abismo. Maria, por outro lado, permanece um enigma — uma ausência constante que talvez seja o maior tormento de Castel. Ele a culpa por sua própria desintegração, pela sua incapacidade de sentir algo além da obsessão.

A construção do personagem de Castel é, sem dúvida, um dos pontos altos do romance. Sabato cria um protagonista coerente em sua loucura e consistente em sua busca desesperada por sentido. Há uma espécie de horror na forma como ele racionaliza cada emoção, transformando sentimentos em equações frias. Sua dúvida constante em relação ao amor de María, seu ciúme corrosivo e suas ameaças de suicídio – todas atitudes que revelam a necessidade de ferir. Como o posfácio dessa edição bem explica, Castel não é um sujeito autônomo, mas um herói trágico, um diagnóstico doloroso de uma humanidade que, em meio a tantos avanços técnicos, descobre-se medíocre.

O livro, com seus capítulos curtos e diretos, é de uma leitura fluida e, ainda assim, profundamente densa. Cada página nos empurra mais fundo no túnel da mente de Castel, um espaço que se desdobra como um labirinto sombrio. À medida que avançamos, sentimos o peso de uma promessa nunca cumprida, que se transforma em uma ferida aberta, gerando instabilidade e culminando em catástrofe. Em última análise, o "Túnel" nos deixa com uma reflexão inquietante: até que ponto o isolamento emocional e a obsessão podem levar alguém?

Sabato constrói um retrato brilhante de um homem em completa desintegração: um insensato. E, ao virar a última página, talvez nos encontremos perguntando: quantas vezes também percorremos nossos próprios túneis, esperando, em vão, encontrar uma saída que nunca existiu?
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Fabi 10/11/2023

Obscuro
Eu adoro livros em que entramos na mente da personagem para vasculhar seus pensamentos. Esse aqui é um prato cheio pois o que o protagonista faz o livro inteiro é criar teorias para justificar seu estilo de vida solitário e paranoico. Logo na primeira frase o pintor Juan Pablo Castel confessa o assassinato de Maria, não é spoiler, isso está na contracapa e nas resenhas das livrarias. Um pintor que tem aversão às pessoas e rejeita as críticas sobre sua arte, despeja em Maria toda a responsabilidade de ser a única pessoa no mundo a entendê-lo. A partir daí a trama se desenrola nos pensamentos e nas ações desse ser perturbado. Adorei as diversas alegorias do texto como a característica física do marido da vítima, o silêncio de Maria, as outras mulheres da vida do pintor etc. A leitura é intensa devido à obsessão. É claustrofóbica à medida que vamos entendendo o significado do túnel do título. É inquietante pelo contraponto dos personagens. É perturbadora, pois atinge as profundezas obscuras da mente. Me senti em um labirinto sufocante e sem saída, mas não me senti nesse túnel. Esse é do Castel.
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