Cris Paiva 20/04/2016
Comprei esse livro numa promoção na Livraria Cultura, era um bota-fora da editora e estava bem baratinho. Só fiquei esperando uma ocasião propícia para a leitura, e com esse calorão que está fazendo nesse outono, nada melhor para ler do que um livro que se passa no frio, mais precisamente, na Groenlândia, com neves e geleiras mil para todos os lados. È o paraíso!!
Peter mora em Nova York e ele e a família vão para a Groenlândia com o pai, que vai realizar algumas pesquisas de campo sobre o derretimento das calotas polares. Ele fica lá naquele frio intenso, cercado de neve e tempo inóspito com os cachorrinhos que puxam os trenós e de vez quando faz uns passeio na imensidão gelada. Morri de inveja. Affff...
Thea é a outra parte da história, a menina vive num mundo subterrâneo, que é como uma grande rede de cavernas que existe na Groenlândia. O povo dela fugiu da Inglaterra devido a perseguições e acabou parando por lá e construíram esse mundo onde vivem com uma tecnologia construída e desenvolvida por eles, e sem ver a luz do sol há muitos e muitos anos.
O caminho dos dois se cruzam quando a Thea se rebela contra as normas desse mundo e decide arrumar um caminho de fuga para o mundo exterior.
Olha, a história tinha fôlego para se tornar uma daquelas séries intermináveis e distópicas, mas não é nada disso. É uma aventura juvenil muito boa, sem romance e nem casaizinhos cheios de marra, ou de rebeldes sem causa. Até decepcionei um pouco nesse sentido, porque ficava esperando a mocinha fazer algo realmente estúpido e provocar uma revolução ou ter algum amor impossivel, como é de praxe nos livros young-adult de hoje, mas não aconteceu. O que teve foi uma boa de uma aventura, com cachorros, muito gelo e pé congelado para todos os lados. Amei!