Rogers.Silva 01/05/2024
Franceses e suas intensidades
Ao ler esse livro de Duras, não pude deixar de não me ver também mergulhado na literatura de Annie Ernaux, ambas se assemelham muito na narrativa turbulenta, pessimista e absurdamente sincera.
Duras nos apresenta nesse livro, talvez autobiográfico, não sabemos ao certo se todas as memórias expostas aqui são de fato reais, detalhes muito íntimos da vida dela, de seus familiares e de seu amante.
O livro passeia por memórias, quase em fluxo de consciência, da infância, da juventude e da maturidade. Onde ela foca nos dramas familiares e na sua polêmica relação com um homem casado e muito mais velho que ela.
Mas, o que mais me chocou nesse livro foram os relatos familiares. A relação forte de amor de ódio entre mãe e filha, que por vezes direciona toda a trajetória de desamor, pessimismo e infelicidade da protagonista.
Uma obra densa, mas que merece uma conferida. Mais por reflexão do que por prazer.