Como o Mundo Virou Gay?

Como o Mundo Virou Gay? André Fischer




Resenhas - Como o Mundo Virou Gay?


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Cássio Cipriano 11/10/2021

Importante para a cultura e o legado LGBTQ+ no Brasil
Li esse livro na minha adolescência, quando tinha uns 18 para 19 anos, e foi um instrumento muito poderoso no meu processo de aceitação e amadurecimento enquanto LGBTQ+. Numa época em que eu não tinha com quem conversar sobre ser gay, por ter crescido no interior e não ter amigos gays, esse livro foi uma importante fonte de conhecimento.
Lançado em 2008, o livro é uma coletânea de textos publicados ao longo de uma década no Portal Mix Brasil, um dos mais importantes (senão o mais) para a difusão de informações sobre a cultura e o movimento LGBTQ+ no Brasil. Numa época em que o preconceito era ainda mais forte do que hoje, e quase não se dava visibilidade para pessoas públicas falando sobre cultura e movimento LGBTQ+ na mídia aberta ou que produzissem conteúdos voltados para o público LGBTQ+ na internet, o André Fischer, autor do livro e criador do Mix Brasil, foi um precursor e abriu caminhos para algo que hoje vemos muitos influenciadores, jornalistas, apresentadores e demais criadores de conteúdo LGBTQ+ fazendo com maior liberdade e acolhimento.
Os textos não se limitam a um assunto, são bem abrangentes. A única coisa que me incomoda hoje é o título do livro. Não acho que COMO O MUNDO "VIROU" GAY? passa uma mensagem adequada, em um mundo onde tantas pessoas ainda pensam que ser gay é uma "escolha", e o subtítulo também não me soa legal hoje em dia, visto que uma NOVA ORDEM SEXUAL também se alinha ao discurso opressor de que existe uma "ditadura gay", de que nós queremos "impor" nossa sexualidade quando, na verdade, só lutamos por respeito e igualdade. Se a publicação for relançada algum dia, espero que repensem o título e subtítulo.

site: https://instagram.com/cassiocipriano
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Potterish 30/11/2012

O mundo em arco-íris
Uma das questões mais latentes dos últimos anos tem sido a sexualidade, como ela é vista, aceita, abordada e incorporada na nossa rotina. Principalmente, como identificar e lidar com as diversas formas de sexualidade que têm “saído do armário”.

Com essa perspectiva, o jornalista André Fischer reuniu uma série de crônicas no livro “Como o mundo virou gay”, refletindo sobre como os homossexuais enxergam o mundo, a forma que se veem e como se sentem recebidos pela sociedade. Se quiser saber mais, abra a extensão e leia a resenha de hoje do Potterish.


“Como o mundo virou gay”, de André Fischer

O que o jornalista André Fischer analisa nas 263 páginas de seu livro são quais sentimentos os gays despertam na sociedade atual, já que o preconceito, por mais que ainda exista, é bem menor do que o de décadas atrás. Ele faz um histórico de como a causa gay começou a ser aceita, relembrando os estudos de Alfred Kinsey, o momento em que a Organização Mundial de Saúde deixou de considerar homossexualidade uma doença e a criação da Parada Gay, até as leis mais atuais que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


Fischer defende que a causa gay é fruto direto da revolução sexual, do feminismo (ou seja, da derrota do machismo) e da discussão a respeito da sexualidade na mídia. Grande parte da aceitação da homossexualidade também está atrelada ao reconhecimento do mercado, que “passou a reconhecer os gays como um dos segmentos mais atraentes e com características específicas que vale a pena estudar para tornar mais rentáveis seus investimentos”, segundo o autor.

Porém, Fischer não pinta o mundo arco-íris como uma perfeição. O jornalista também debate as questões internas do “mundo LGBT” e o preconceito interno. Há gays que não aceitam drags, que detestam a Parada Gay, que discriminam aqueles que se “comportam demais como héteros”, criando de dentro uma série de estereótipos.

O autor, por ter reunido uma série de textos escritos em épocas diferentes, naturalmente acaba se contradizendo algumas vezes. Ao mesmo tempo em que defende o fim do estereótipo gay, Fischer reafirma alguns deles. “Não é lenda. Os gays se divertem mais, escolhem os melhores filmes, dançam melhor, conhecem pessoais mais glamourosas, costumam saber o dia certo para ir a cada lugar”, escreve.

Sobre a manifestação da homofobia, Fischer entra numa polêmica quando estabelece uma diferença entre aqueles que fazem piadas com gays e os que os agridem. Para o jornalista, ambos são preconceituosos, mas apenas os agressores podem ser taxados de homofóbicos.

Em seus textos, Fischer consegue manter um equilíbrio entre a visão parcial de quem é um ativista conhecido da causa gay e um jornalista que racionaliza diante dos fatos. No entanto, algumas partes que lembram o gênero auto-ajuda são extremamente dispensáveis. De qualquer forma, trata-se de uma boa obra para refletir sobre uma sociedade mais disposta a amar de diversas formas.

Resenhado por Sheila Vieira

263 páginas, Editora Ediouro. Publicado em 2008.


ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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Roro 21/07/2012

Ame, amei

Não tenho orientação sexual, porque a nada fui orientado.
Não tenho opção sexual, porque nada escolhi.
Mas sim tenho CONDIÇÃO sexual, porque assim nasci!
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MAJ 14/07/2010

Como a capa já diz, ótimo livro, tanto para gays como para simpatizantes. As opiniões de André Fischer e sua experiências são extremamentes úteis para que se possa entender e até gostar ainda mais do mundo gay.
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