Longe da água

Longe da água Michel Laub




Resenhas - Longe Da Água


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Lucas1429 06/04/2024

À sombra do passe em flor
Assim o é. O despertar, o alvorecer, então, amadurecer. E a (con) sequência disto tudo. Nesta novela, ainda que o categorizem romance, o tempo é o merecido descanso para a dor da memória.

O narrador, sem nome, mas de documento, filho de gaúchos, efervescente na compleição da adolescência inquieta e ingenuamente definidora, remeterá anos depois, aos trinta, migrado em São Paulo, o réquiem para o qual a parceria juvenil de Jaime e a paixão longínqua de Laura contribuíram, na formação intelectual e emocional, forçosamente decisiva, sua inercia adulta.

Como passagem de vida significa arrebatamentos, melancolia também é item consciente da figuração humana. Este homem, psicologicamente fragilizado, é visto em cima do muro ao conhecer o toque do prazer de uma vizinha, ao reconhecer a vantagem corporal inexistente para conquistar garotas, a confiança necessária para desatrelar-se da figura de Jaime, amigo, o melhor. Do acidente fatal num balneário de verão que coibirá sua trajetória, ponto de partida para a íntima reconstituição violenta em não parar. Ao custo amargo, seja.

"Nada pode ser tão banal, mas não é bem disso que estamos falando." Não foi. Senão o protagonista tragicômico, Michel Laub, seu ventriloquo, onipotente.

Ficcionista contemporâneo brasileiro, porto-alegrense e conterrâneo de suas criações errantes, Laub propositalmente gosta de inferir às formações de seus objetos literários, antecessores ou predecessores, o contexto social como atributo causal de comportamento, pertencimento, às vezes, exemplo. É uma alegria uma caneta desafiadora em riste, em atividade, em pedagogia do que é viver - inesperado.
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Ariadne 23/02/2023

Bem razoável
A história é até interessante só que é contada de um jeito tão monótono e tão chato que você entediado enquanto lê. Acho isso uma proeza.
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Monaliza20 16/04/2022

O poder do acaso
Se você soubesse que uma pequena escolha sua definiria toda a sua vida, ainda assim tomaria essa mesma decisão?

Me peguei pensando nisso durante a leitura desse livro pequeno, mas poderoso. Os personagens são ótimos e, ao mesmo tempo, não inspiram lá muita confiança.
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Antonio Maluco 25/04/2022

Tristeza
O livro conta histórias de um casal e um homem na cidade gaúcha de Porto Alegre e o final poderia ser outro
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Carol 16/06/2011

Fiquei tão irritada em trombar com dois pontos a cada duas frases que xinguei mais o editor que a história em si, arrastada e morna.
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Sílvia 30/10/2018

Estranho
Imagine um livro melancólico. É esse. Às vezes parece que vc não sabe quem está falando. Parecem várias vozes, uma por capítulo. Sempre aquela sensação de deja-vu de culpa no ar. Depressão rodando. É quase uma confissão sendo que o leitor é o psicanalista e ombro amigo ao mesmo tempo.
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Kirsch 06/02/2023

Tava a tempo querendo ler esse livro do Laub, principalmente depois de ler Segundo Tempo e Tribunal da Quinta-feira.

A trama se desenrola pelas lembranças do narrador. Vai da infância até a vida adulta. Na adolescência, tem um acontecimento que se passa boa parte da história.

Entendi que o livro gira em torno do sentimento de culpa do narrador nesse acontecimento (percebi mais da metade pro final do livro).

O final é bem triste, apesar de achar que a tristeza viria de outra forma, como um término de relacionamento..

Recomendo.
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