Elle 14/08/2020Pra passar o diaApesar desse livro ser bem curtinho - tem só 205 páginas, eu demorei alguns dias para ler. Não foi por causa da escrita da autora, se vocês já leram a resenha de Inferno em Nova York, sabem que eu gosto da escrita da Amanda, é bem fácil de ler, divertida, leve, flui bem... Porém tive dificuldade em me apegar a esse livro. Achei os personagens meio forçados. O começo não foi empolgante. Na verdade, foi bem morto. Talvez seja por isso que demorei tanto tempo pra me ajustar a história...
Sobre os personagens: eu achei a Quinn insuportável logo na primeira vez que ela apareceu. Não consegui gostar dela de jeito nenhum. Sempre que ela narrava eu ficava revirando os olhos, porque eu peguei ranço dela! Ela só tinha atitudes ridículas! Como pode uma adolescente de 17/18 anos agir dessa maneira? Eu não sei nem como ela tem amigos, porque agindo do jeito que ela age, eu que não ficaria perto! Ela só começou a melhorar um pouco quando ficava perto tô Theodore. E ainda assim, parecia que ela se achava melhor que todo mundo. Simplesmente não consegui gostar dela.
O Theodore começou sem personalidade nenhuma. Ele era o "principal", mas agia como o secundário que ninguém lembra o nome. Foi só depois de 40% que ele começou a parecer interessante.
Confesso que fiquei bem intrigada sobre o grande mistério envolvendo o hotel e porque o Theodore e o pai terem que largar tudo pra trás. Uma das coisas que eu mais gostei foi que todos os ambientes e lugares descritos no livro realmente existem, achei isso muito interessante, pois mostra o cuidado da autora de fazer algo real, que as pessoas conseguem imaginar.
O caso de traição do pai da Quinn rendeu uma boa treta, o que me envolveu. Não estava achando o livro muito interessante, porém quando chegou aos 50% o negócio começou a andar pra valer.
Achei muito inteligente a autora falar sobre o bullying, pois é, infelizmente, algo normal nas escolas. Ao retratar o caso do Gibson, que todos chamavam de burro só por ele ter repetido duas vezes, e mostrar como ele se sentia de verdade, a autora conseguiu mostrar que nem toda "piada" é bem vinda. Como a própria autora falou no livro: "muitas vezes, estamos tão acostumados com uma situação corriqueira, que nem reparamos se ela está machucando o outro."
A Sarah foi uma personagem bem controversa... Apesar de muita gente odiar ela, eu entendi totalmente o lado dela. Me identifiquei com ela. Provavelmente também faria qualquer loucura pra ajudar minha família. Apesar dela ser a "vilã" da história, eu considero ela a grande coitada, pois a família dela estava sofrendo pelas atitudes da Quinn e do pai dela. Acabou que as "ações" dela não levaram a nada. Todo o conflito e o climax foram "desperdiçados".
O final foi aberto, na verdade, segundo o que a própria autora escreveu: esse livro não possui fim. Não gosto de livros com finais abertos, principalmente livros únicos, porém isso é um gosto pessoal.
Eu achei um ótimo livro, nada muito elaborado, mas bom pra passar o tempo. Gostei que diferente de Inferno em Nova York, não tem nenhuma cena erótica, por isso qualquer um pode ler.
Eu recomendo pra todo mundo que quiser um livro fácil e interessante para passar uma tarde tediosa de domingo.