A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Gabs 07/06/2024

Não quero o amor bonito. Não quero a meia-luz, não quero a cara benfeita, não quero o expressivo. Quero o inexpressivo. Quero o inumano dentro da pessoa; não, não é perigoso, pois de qualquer modo a pessoa é humana, não é preciso lutar por isso: querer ser humano me soa bonito demais.??
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anahhilst 06/06/2024

Me encontrei na bagunça da mente do outro. Fez muito bem para mim esse encontro.
Obrigado Clarice, bom descanso.
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adriana 06/06/2024

Clarice nos transporta a diversas reflexões sobre a vida, como fomos instalados ao sistema e como reagimos (ou somos segmentados a reagir). Nesse monologo extenso, há diversas frases que nos fazem sentir humanos, e outras nos desumanizam completamente.
Sentia que g.h estava completamente perdida, e algo que seria uma espécie de praga para ela, na verdade foi um instrumento de reflexão profunda de todas as dores e amores que viveu, g.h nos mostra uma vastidão de visões, levando a pensar sobre o significado da vida e as ações ao longo dela.
O sentimento de vazio era muito presente, juntamente com o de curiosidade pelo futuro, mas é algo tão complexo que engloba o medo e anseio por todas as coisas, ele tenta justificar um de acordo com o outro. Muitas vezes nao entendia bem, mas se levarmos a leitura querendo ou nao no final entendemos o que g.h transmitia nos seus pensamentos.
A questão em si dela comer uma barata é apenas um dos elementos do livro, a narrativa é cercada dessa ideia porem há algo muito mais significativo nessa questão. Afrontar e persistir nos seus medos e objetivos foram umas das coisas que eu mais percebi após g.h comer a barata.
Ela nao estava completa, mas uma certa lacuna nela fora preenchida pelos seus pensamentos, talvez o que realmente precisássemos era de um tempo para pensar tanto quanto g.h, de uma forma muito mais "meditacional" do que apenas surtos e pensamentos infundados. Nenhum pensamento era infundado, pois um surgia de acordo com os outros anteriores.
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Lorran6 06/06/2024

passado alguns dias e ainda penso nessa clarice, em sua metamorfose krafkanina, com uma habilidade impressionante em desenvolver uma narrativa à partir da imundice de um inseto, inaugurando G.H, enclausurada ? em si mesma ? no quarto da empregada que expõe fissuras sociais e vereditos morais.
embaça e depois toma forma as suas visões ainda fragmentárias do mundo. se reduz na sua forma embrionária e só depois expande ? ou mundo inteiro se transforma para G.H. caber nele.
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HonorLu 05/06/2024

Amor enquanto exercício de carência
Concluir a leitura de A Paixão Segundo G.H foi uma realização pessoal. Desde que o ganhei de presente em 2015, devo ter iniciado sua leitura umas 4 ou 5 vezes. Em todas elas eu largava o livro antes da conclusão do primeiro capítulo. Quase 10 anos depois, consegui lê-lo do começo ao fim.
O curioso é que o livro deslancha muito naturalmente após o primeiro capítulo, apesar disso não fazer da leitura uma experiência simples ou fácil. É sim um livro denso, paradoxalmente aversivo e atraente. Demorei mais do que gostaria para concluí-lo, justamente por isso. Encontrava muita coisa pra fazer para não ler, e quando, enfim, lia, me deixava consumir pelas páginas.

Aqui, Clarice parece buscar uma desaprendizagem do humano, do sentir, e a narradora nos incentiva a abdicar da linguagem em busca do âmago das coisas. Toda a reflexão que começa a partir da barata esmagada, é densificada a medida que se desnuda, parte por parte, o que é o propósito e a experiência em vida, a linguagem. Assisti algumas boas palestras da Nádia Gotlib e também da Yudith Rosenbaum, uma na qual esta traz uma colocação que me parece muito perspicaz sobre A Paixão Segundo G.H, ela diz que aqui, Clarice faz um percurso contrário à narrativa moderna, na qual a personagem parte do mito para personalização do Eu, G.H parece desvencilhar-se do Eu, afastando-se em busca do mito originário. Vale a pena a leitura do romance e o estudo crítico do livro.
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carol 04/06/2024

Clarice é um sentimento inesgotável e que eu jamais vou me acostumar. Clarice torna sua sensibilidade em palavras tão sensoriais que expressam emoções que até então eram desconhecidas. Que experiência é ter essa "alma formada" segundo ela. G.H está com certeza no meu top livros e é incrível como em cada pedaço eu me sentia mais humana. Desejo a todos essa mesma sensação, 5?? total
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Jane 03/06/2024

Minha segunda leitura de Clarice não me trouxe as mesmas emoções e sensações que tive ao ler "A hora é da estrela", mas não esperava essas reações, na verdade nunca sei o que esperar de Clarice. Aqui me senti perturbada e angustiada, um fluxo de consciência que penetra a mente do leitor e bagunça toda a percepção de espaço e tempo, onde se não houver uma leitura atenta, pode perder toda a linha de raciocínio da personagem, que mergulha em inúmeras análises e reflexões profundas sobre a condição humana em sociedade. Mais uma vez lendo fluxos de consciência que não me prendem, onde me sinto dispersa e não consigo me conectar a narrativa, sou levada para longe do texto e me torno apática ao seu conteúdo. Não sei se foi do momento ou realmente este livro não é para mim, porém não é um livro que pretendo reler para tirar outras conclusões, apenas não sinto o que quer que ele busque provocar. Entretanto, ainda o acho interessante para se aprofundar leituras sobre a mente humana e as inquietações que nela habitam.
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Marina Vasconcelos 03/06/2024

Pessoa de alma não formada
Um livro MUITO complicado de se ler, complexo demais. É uma sequência de pensamentos e ideias da personagem, não absorvi nem 30%. Se você não está acostumado com leituras clássicas, não comece com esse livro.

Talvez eu seja uma pessoa de alma não formada mesmo.
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akemi.takei 03/06/2024

Paixão segundo g.h
Nunca tinha lido nenhum livro da clarice antes e de fato a escrita dela é total fora do meu costume, tive dificuldade pra interpretar algumas coisas e me agoniei muito com esse lance de barata, mas fora isso o livro é bom!
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Maria 02/06/2024

Primeiro livro da Clarisse que li, por causa da escola.
Achei bem difícil de entender, mas é bastante existencialista. O livro nos faz refletir bastante contando os pensamentos da personagem.
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karolina 02/06/2024

?querer ser humano me soa bonito demais
Uma obra de arte, que expressa e inexpressa, humanidade e desumanidade ao longo dela
clarice mais uma vez nos trás uma historia inusitada mas com um significado enorme por trás, e que, tem que ser lido com a alma

pra mim esse é um livro sobre aprender a viver não sabendo de tudo, e não podendo prever tudo
sobre esperanças, sobre quem a gente é, sobre ser humano e errar muito, sobre ser desumano as vezes, e sobre gostar de não entender tudo, afinal, são muitas variaveis, e temos muitas coisas novas pra vivenciar e aprender

obs: não, eu nunca achei que um livro sobre uma mulher comendo uma barata traria tantos pensamentos profundos, clarice faz tudo.

[favs quotes:]
? "mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo quero sempre a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar a desorientação"

? "mas era desse não bom que eu havia organizado o melhor: a esperança"

? "mas como adulto terei a coragem infantil de me perder? perder-me significa ir achando e nem saber o que fazer do que for achando"

? "a verdade não faz sentido, a grandeza do mundo me encolhe"

? "pois ao mesmo tempo que luto por saber, a minha nova ignorância, que é esquecimento, tornou-se sagrada"

? "o que era eu? era o que os outros sempre haviam me visto ser, e assim eu me conhecia"

? ? "não era um soluço de dor, eu nunca o ouvira antes: era o de minha vida se partindo para me procriar" (sinto um pouco de super aqui: me desfaço e refaço em questao de meses, como eu ja fiz milhares de vezes)

? "e isso me da o direito maior: o de errar."

? "a vida se me é, e eu não entendo o que digo. e então adoro."
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julhafernandes 01/06/2024

Foi o primeiro livro que li de sua autoria e sinceramente a genialidade de clarice é fora do comum. uma história tão banal de matar e provar uma barata abrir margem pra tantas reflexões mais que profundas. sao tantos temas abordados e uma delicadeza pra descrever cada um deles, os sentimentos, a vida num todo. fiquei surpresa e encantada. tantos trechos marcantes. me senti compreendida por ela e suas questões. e concluo essa resenha com um trecho em específico que desde o início me deixou pensativa: "como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo?"
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pietra 31/05/2024

Acredito ser um dos livros mais difíceis de Clarice, já estou acostumada com sua escrita mas por algum motivo não pude me conectar com essa leitura. Acho que não gostei tanto da analogia da barata, em várias partes do livro eu pensava: Clarice, vai comer a barata?
Para mim, passou a ter fluidez nas últimas cinquenta páginas e foi quando eu li incansavelmente até o fim.
Pela escrita e pelas últimas cinquenta páginas que para mim salvaram o livro, valeu a pena.
Clarice deixa tudo tão confuso mas ao mesmo tempo tão imersível, até hoje não sei explicar.
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Lígia 31/05/2024

Clarice faz com que eu reflita sobre toda a minha existência toda vez...

Esse livro foi um dos mais loucos e mais complexos que já li, nunca pensei que uma narrativa surgiria de uma experiência com uma "barata", agonizante pra se dizer pouco... Gostei, foi leitura do clube e estou louca pra debater com as meninas
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Anne 29/05/2024

Queria ter dado 10/10 mas não tive como
Na minha visão esse livro tem uma leitura difícil não pelas as palavras que a Clarice usa mas pelo os próprios fatos que acontecem, pois o que o livro nos faz sentir com o que acontece pode nos impedir de continuar por aversão a eles. Demorei pra engatar na leitura e acredito que isso acontece só no final quando minha curiosidade fala mais alto e quero ver o que acontece sem me prender a cada significado da palavra usada. Também não tem como não sentir nojo ao ler.
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