Eis o Homem

Eis o Homem Michael Moorcock




Resenhas - Eis o Homem


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Miqueias.Machado 15/11/2023

Achei pouco explorado, mas até que foi bom
O livro poderia ter sido mais explorado ao destacar o fato de que Karl, por ser um homem do futuro, está no passado, proporcionando experiências mais diferenciadas e engraçadas, com reflexões mais aprofundadas. O autor parece focar em algumas reflexões sobre Jung, mas como não me aprofundei e não estudei muito sobre Jung e os arquétipos, pretendo ler algumas obras dele para talvez ter mais reflexões sobre o livro "Eis o homem". Admito que gostei do livro por apresentar um dos maiores símbolos do cristianismo como um completo paradoxo. Obviamente, para as pessoas que apreciam "paradoxos do tempo", isso pode ser algo divertido. Os diálogos são até bem inteligentes, com críticas duras ao cristianismo, levando a uma reflexão sobre o que está acontecendo e o porquê.
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Villanova 23/06/2023

Eis o livro
Novela curta com boa descrição psicológica, histórica e finalzinho surpreendente. Contudo o livro acaba abruptamente. Se tiver mente aberta, irá aproveitar e gostar da leitura. Destaque também para os extras depois do final, vale a pena serem lidos.
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Mundus 14/04/2023

Já imaginou se jesus na verdade fosse alguém que voltou no tempo para conhecer o verdadeiro "jesus" e acabou sendo confundido com o "messias" e consequentemente crucificado?
Não, né?
É exatamente disso que o livro se trata.
É curtinho, super vale a pena a leitura. Não mudou nada na minha vida; não vai mudar nada na tua; mas de qualquer forma amei a leitura.
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suzanadiegues 29/03/2020

Respostas do que não foi perguntado
Foi minha primeira leitura de uma tradução portuguesa, no início a imersão foi difícil, exigiu um esforço, mas logo que você entra na história ela anda até rápido. É instigante e o tipo de livro que você lê porque ele responde, mesmo que de forma irônica, aquilo que para você até então era óbvio ou sem necessidade de resposta. É um livro excelente, apesar do nicho específico. Vale a leitura, muito!
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Bruno 17/02/2013

Interessantíssimo
Em que pese a quebra de vários dogmas religiosos a leitura vale a pena.

Nesta obra de Sci-fi histórico, religioso e ficcional o protagonista ingressa em uma máquina do tempo e é levado à região da terra Santa pouco antes da crucificação de Jesus Cristo.

Ocorre que para sua surpresa Jesus, Maria e José em nada assemelham-se às versões encontradas na bíblia (diametralmente reversos ao exposto ali!).

Ciente de tudo o que vê e a par da importância da existência do Messias para o futuro da humanidade, o protagonista em desespero e boa-fé simplesmente "incorpora" Jesus, percorrendo seus caminhos e usando de suas habilidades de psicólogo/psiquiatra (sem formação) para curar doenças psicossomáticas e prever situações que já sabia graças a sua condição de homem do futuro (realizando "milagres").

Contudo o autor não peca em trabalho (risos...) e consegue com primazia nos teletransportar junto ao narrador: as descrições são impressionantes e cada personagem representa uma surpresa (já que é tudo diferente do que estamos habituados a encontrar).

O único ponto negativo é que o livro é muito pequeno: haveria muito mais a explorar do enredo, mas de toda forma, a leitura vale muito a pena.


P.S: Caso você seja um religioso extremista ou sinta-se ofendido com interpretações diversas dadas a Jesus Cristo, relembro que é tudo uma obra de ficção (até Saramago já fez isto!).

Renata CCS 25/02/2013minha estante
Uma proposta interessante deste livro.


Bruno 25/02/2013minha estante
Olá Renata,

É bem legal sim e você lê em poucas horas.

Vale a atenção se você curte sci-fi e quebra de dogmas religiosos.

Abraço.




JCarlos 07/06/2012

Um regresso no tempo ao ano 28 DC e a busca pelo Jesus histórico
Nao há como comparar "Eis o Homem", de Michael Moorcock, com a fantástica série Cavalo de Tróia, de J J Benìtez.
Contudo, gritantes são as diferenças, apenas em comum o retorno no tempo à época de Cristo.
Bem. O livro “Eis o Homem”, tradução portuguesa de "Behold, the Man", foi escrito por Michael Moorcock, na decada de 60, tendo ganhado o prêmio Nébula de 67, e já causando protestos das comunidades cristãs, tanto é que o próprio autor afirmou que reembolsaria o valor de compra de cada exemplar àqueles que lhe escreveram opinando que devia ser morto ou, tirando isso, duramente castigado por escrever acerca do tema.
O autor é mais conhecido por escrever ficção-científica e criar personagens fantásticos como o albino Elric de Melniboné, na linha espada e feitiçaria, de Conan e Krull. Este livro, publicado em Portugal, por certo, deve ter tido restrições no Brasil, dado ao tema tratado, pois não houve lançamento nacional.
Na narrativa, Karl Glogauer, um frustado estudioso de psicologia, assombrado pelas teorias junguiadas de sua esposa Mônica, esta psicóloga formada, não mede esforços em se voluntariar ao experimento de uma máquina do tempo, viajando de volta ao ano 28 D.C., onde objetiva se encontrar com o Jesus histórico.
Glogauer é apresentado como realista, complexo, contraditório, emocionalmente e psicologicamente confuso grande parte do tempo. Logo de início é abordado no deserto, onde a máquina em forma de útero caiu e se avariou, sendo levado a João Batista.
Conhecedor dos fatos narrados na Bíblia, inicia sua jornada para encontrar Jesus de Nazaré.
Porém, o que encontra é frustrante e, tentando recriar os fatos conhecidos até então, representa toda a via crucis e os milagres de Jesus, sendo confundido com o próprio Cristo.
Brilhante, embora confesse que me angustiei com a construção do enredo. Talvez porque o tema incomode à minha cultura cristã, talvez porque a abordagem tenha excessiva em cima de arquétipos junguianos, onde o autor procura sugerir respostas alternativas aos fatos transcritos no Novo Testamento, aos temas da imitação de Cristo, da essência do Cristianismo, divagando sobre religião, psicologia, medo, fé e ciência. Talvez porque o texto possa soar, em algumas passagens, como blasfêmia.
O personagem mostra uma complexidade de caráter intrigante, com constante crises de nervos, fazendo com que a toda hora me perguntasse porque ele fazia isso ou aquilo e porque continuava a fazê-lo, sendo sabedor de toda a história, considerando sua condição de viajante temporal.
O livro é curto, portanto, tenho que não suficiente para uma maior construção do personagem. Talvez de forma proposital, pois instigaria o leitor a moldar a imaginação e se colocar no local do viajante, com toda aquela crise de nervos, incertezas e inseguranças, especulando sobre o que variamos e como nos comportariamos, se lá estivesse.

“Cristianismo não foi mais do que um nome novo dado à conglomeração de antigos mitos e filosofias. Tudo o que os Evangelhos fazem é recontar o mito do sol e truncar idéias dos gregos e dos romanos.”

“Não aconteceram milagres — esses foram inventados mais tarde, emprestados daqui e dali”.

“— Não pode ser — murmurou o louco. Podia a História ter mudado? Estaria ele numa outra dimensão em que Cristo nunca existira?”

“— Havia dúzias de messias na Galileia naquela época. Que tenha sido Jesus a carregar o mito e a filosofia foi uma coincidência histórica...
— Não pode ter sido só isso, Monica.”
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