Julia Sales 21/07/2022
Provas que Meg Cabot nunca perdeu seu charme para mim
Considerei por muito tempo que a escrita da Meg Cabot tinha ficado mais sóbria com o passar dos anos (consideração de alguém que lia tudo que via pela frente dela), e embora ache que isso tem um fundo de verdade (pelo menos para as obras de ficção adulta contemporânea), esse livro provou que ainda não há nada melhor que um livro escrito por ela. Nem sei se ela ainda escreve YA (a possibilidade de não me deixa um pouco triste), mas uma das principais razões de eu ter gostado desse livro é por ele ser centrado em um casal adulto. Depois de ler tanto adolescente caindo em presepadas e pulando em conclusões precipitadas sobre si mesmos e sobre outros, é TÃO bom ler um romance com adultos responsáveis lidando com situações adversas. Eu confiaria todos os problemas da minha vida nas mãos da Molly, e o jeito como o enredo segue um caminho onde os dois não concordam em tudo, mas mesmo assim cedem lugar a opinião do outro é simplesmente tão realista e saudável que fiquei fascinada. É estranho dizer que eu gosto de ler sobre adultos que não desempenham um papel de antagonista à crianças e adolescentes? Isso é específico demais? Porque eu gosto. A Molly é o tipo de pessoa que eu queria ter por perto ao mesmo tempo que quero ser ela quando crescer. E eu queria ver ela e o John felizes vivendo suas vidas diárias com seus trabalhos incríveis e desafiadores ao mesmo tempo. O livro passa voando, do jeito mais confortável possível, e tem um final perfeito, com um enredo fechadinho de livro que foi escrito por alguém que tá acostumada em fazer o que faz (óbvio). Eu li sem saber praticamente NADA do enredo em si, por isso as revelações, descobertas e etc foram ainda mais legais, então eu recomendo se possível que você tenha a mesma experiência e nem leia a sinopse, só vai pra ficar feliz e satisfeita com uma leitura que entretém facilmente