Blacksad

Blacksad Juan Díaz Canales...




Resenhas - Blacksad - Edição Importada


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Eduardo 06/03/2022

Um quadrinho excelente de se acompanhar, principalmente para quem gosta de histórias de detetive. As histórias são relativamente clichês, mas os autores utilizam esses clichês muito bem e tenho certeza que de forma proposital.

A escolha pelo uso de animais antropomorfizados também é excelente e parece bastante consciente o motivo, mostrando que o mundo onde Blacksad vive é uma selva e as pessoas agem como animais - inclusive, isso dito de forma expressa pelo protagonista.

Entre as histórias presentes no volume, "Artic Nation" certamente é a melhor e mais profunda, discutindo principalmente o racismo da sociedade americana, com claras referências à Ku Klux Klan e aos Panteras Negras.

Em relação à arte, não há o que se criticar. É o grande forte de "Blacksad". É belíssima e irretocável. Uma verdadeira obra prima, extremamente presa aos detalhes em seus quadros. Enfim, uma leitura extremamente prazerosa e interessante!
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Lucas1429 09/02/2020

Quadrinho Noir
A história é relativamente clichê, mas é feita com tanta simpatia que dá prazer de ler. Talvez ficasse cansativo se fosse uma história longa, mas como são contos alguns contos menores dá pra ter um cuidado maior tanto com os personagens quanto com a dinâmica das histórias. Recomendo pra quem for fã de quadrinhos e histórias de detetive.
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Douglas MCT 30/03/2019

True Detective
Usando de fórmulas clássicas dos dramas criminais, a dupla de autores não só transformam clichês em ferramentas poderosas de narrativa, como narram uma verdadeira história de detetive.

Canales não busca reinventar a roda com seu roteiro redondo e enxuto, com começo, meio e fim bem resolvidos em mais uma típica trama do gênero. Quando o corpo de uma estrela de cinema é encontrado morto, o detetive particular conhecido por Blacksad sai no rastro de potenciais suspeitos. Com o detalhe que ela foi sua ex (namorada?), o felino carrega um peso, não só do passado mal resolvido romanticamente falando, como também pela brutalidade do crime, que leva de uma figura suspeita a outra – enquanto a trama do vilão corre em paralelo –, até chegar num elemento óbvio nesse tipo de enredo, que já vimos dezenas de vezes antes (com direito a cenas no cemitério, no barbeiro, no boteco e alguns gângsteres envolvidos), mas que aqui volta a funcionar pela simplicidade das ocorrências e pelas convenções que o gênero permite, sustentados por diálogos cínicos e fortes, em uma graphic novel embalada por uma arte formidável.

É então quando entra em cena o traço singular e primoroso de Guarnido, talvez o maior mérito do quadrinho. Em vez de antropomorfizar animais, ele os mantém humanos, mas representados como bichos (por isso mesmo eles não tem caudas, ao mesmo tempo mantendo uma fisionomia completamente humana, sem perder as características de sua raça... anfíbia, mamífera ou qualquer outra). Estabelecendo uma atmosfera completamente noir – e bem-vinda para esse tipo de enredo, diga-se de passagem –, com cores aquareladas ora pastéis ora frias e uma finalização no pincel, que deixa tudo mais fluído, o artista compõe em cada enquadramento um painel digno de constar numa parede ao lado de grandes pinturas. Suas escolhas de ângulos, composições de personagens, figurino, cenário e sequências de ação, enchem os olhos, a medida que mantém a atenção de qualquer leitor presa a uma página por longos minutos, senão pelo roteiro ou diálogos precisos, mas certamente pela ilustração suntuosa.

Dessa maneira, mesmo com uma história que você já assistiu ou leu por aí, Blacksad se destaca não só pela representação bestial de suas figuras ordinárias, mas por um trabalho artístico inigualável. Um verdadeiro detetive.
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