Ana Júlia Coelho 07/01/2024Lacy trabalha analisando denúncias contra juízes das cortes dos Estados Unidos. Ela já está um pouco cansada desse emprego, desanimada com a repetitividade dos casos que recebe, até que uma denúncia extremamente diferente aparece em seu colo: Jeri afirma ter certeza de que o juiz Ross Bannick já matou pelo menos 6 pessoas ao longo de vinte anos, e continua fazendo mais vítimas. Único problema é que não existe nenhuma prova, apenas motivo e modus operandi.
Lacy não é policial e nem detetive, é só uma pessoa que analisa denúncias relativamente leves, e fica na dúvida se deve ou não aceitar esse caso. Mas a notícia de que mais duas pessoas foram assassinadas da mesma forma que as seis vítimas anteriores a empurra de cabeça nessa busca por evidências que possam efetivamente incriminar o juiz. A questão é que parece que Ross está sempre um passo à frente de todo mundo, e tanto Lacy quanto Jeri têm medo de que ele descubra sobre a investigação e as coloque na lista desse juiz.
O juiz é uma pessoa mimada, que não pode ser contrariada e que leva o ranço muito a sério, esperando anos para se vingar de quem disse ‘não’ pro pobre menino, então achei ele um saco, com motivos terríveis para cometer os assassinatos (menos um).
O leitor já sabe desde o início quem é o criminoso, então esse plot não existe na história. É interessante acompanhar essa tentativa de encontrar evidências, mas a narrativa acaba rodando em círculos e, em alguns momentos, perde um pouco o foco nessa investigação. Por ser sempre muito meticuloso, fica bem difícil achar evidência nos crimes anteriores, então essa busca acaba ficando meio despropositada, porque não tem o que buscar. A história é legal, mas não tem nenhuma surpresa aguardando o leitor, então eu não criei nenhuma expectativa enquanto fui lendo.
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