O Eco dos Livros Antigos

O Eco dos Livros Antigos Barbara Davis




Resenhas - O Eco dos Livros Antigos


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Cris 30/05/2024

30.05.2024
Pense em uma estrutura de contar a história diferente, e não é por meio de carta e sim por meio de livro. Ashly que tem um dom de sentir os sentimentos do último dono, é levada a se deparar com um livro sem autor, mas que lhe traz emoções que a fazem querer ler. E nós, lemos um livro dentro de um livro...muito interessante!
Vamos lendo juntos o livro descoberto que assim que ela vai lendo, desconfia de que não é uma historia ficcional, e sim real, o que a leva a investigar. E também sobre a vida de Ashly que herda uma livraria onde foi ensinada pelo ex dono a profissão da encadernação e restauração de livros. Vale a pena ler.
Valesca.Castelani 01/06/2024minha estante
Parabéns pela resenha
Esta na minha lista, agora deu muita vontade de ler


Cris 02/06/2024minha estante
Valesca, espero que goste assim como gostei.


Valesca.Castelani 02/06/2024minha estante
Eu com certeza irei gostar uma história bem contada




anacarola.s2 21/05/2024

"Tenha coragem. O mundo precisa da sua voz."
Essa é daquelas leituras que é capaz de nos transformar, se for feita no momento certo. E, por esse motivo, imagino que essa resenha vai ficar grandinha. Ainda assim, ainda falando muito aqui, não vou ter dito tudo o que essa leitura significou pra mim.

Acredito que devo começar falando que é uma história que trabalha temas sensíveis como: suicídio, depressão pós parto, xenofobia, psicofobia, abusos psicológicos, relações familiares problemáticas e como o meio influencia pessoas. Tudo isso é trabalhado de forma muito sensível e responsável.
Nunca tinha lido nada da autora, não conhecia a sua escrita e fiquei sabendo desse livro pelo instagram, em um vídeo de recebidos de uma bookgram. Me interessei pela sinopse que ela leu e coloquei na minha lista. Algumas semanas depois, o e-book ficou por dois reais e comprei. E que bom que fiz isso.

O Eco dos livros antigos conta a história de Ashlyn, que, já muito nova, descobre que tem um dom: ao tocar um livro, ela sente as emoções, sensações e aspirações da última pessoa que o leu. A partir disso, ela consegue entender como a pessoa estava naquele momento. Eu amei a explicação que a autora deu para essa habilidade, como foi o desenvolvimento disso desde a primeira vez que a Ashlyn sentiu os ecos e como ela construiu um cenário de forma que, essa personagem, utilizasse isso para resolver a situação problema da narrativa: dois livros que chegam nas mãos dela, sem autor, sem créditos, sem ecos de leitores, apenas com duas dedicatórias que parecem conversar entre si.

Além da psicometria, a Ashlyn é uma personagem completa, bem construída, complexa no que diz respeito às suas relações, tanto familiares, quanto conjugal, carrega muitas bagagens e dores e tem uma coisa nela que me fez me conectar: ela utiliza a leitura como uma barreira protetiva, pois não quer se colocar em riscos, não quer ter a chance de ter o seu coração machucado e, através dos livros, ela busca conhecer experiências, sentimentos e situações, com as vivências dos personagens.

"Ela entendia a necessidade de se esconder atrás de um livro, de criar uma barreira física entre si e o mundo. Fazia isso há anos, buscando refúgio nas histórias de outras pessoas."

É lindo como a autora mostra, através da Ashlyn, o poder curativo de um livro. Me fez pensar em todas as histórias que me marcaram, em livros que ficaram tatuados em mim e que carrego comigo mesmo depois de anos que li e, sério, essa leitura me fez ter o sentimento de gratidão enorme por ter aprendido a ler, por ter tido esse hábito incentivado, por todos os livros que de certa forma me abraçaram ao longo da minha vida. Mas, ela também mostra que o risco vale a pena. Que também é importante sair do livro e viver. E gente, é surreal de tão lindo quando ela consegue a coragem de se abrir de novo. Muito lindo, muito sensível, muito marcante, trazendo a reflexão que:

"O tempo tem um jeito de passar sem que a gente perceba. As coisas acontecem e, em um piscar de olhos, perdemos a chance."

Além da Ashlyn, temos uma história que se desenrola através dos dois livros misteriosos que ela encontra, trazendo para nós dois personagens, Hemi e Belle, que também são muito reais e muito bem construídos. Eu amei cada detalhe da história dos dois. Amei como a segunda guerra foi trabalhada de plano de fundo, amei as críticas sociais que foram levantadas através desses dois livros, amei e me conectei e torci e chorei horrores. Achei incrível como ela conecta as histórias e amarra tudo fazendo com que tudo na trama tenha um por que e um pra que.

A escrita é surreal de tão boa. Pra vocês terem uma ideia, quando li a última frase e percebi que o livro tinha acabado eu gritei: AAAAAH NÃO!!! Sabe aquela sensação de acabar uma viagem que foi muito especial pra você? Foi essa a sensação que eu tive, de tão imersiva que a escrita é. A minha sensação é que eu estive com esses personagens, me afeiçoei a eles, conheci esses lugares, tenho os detalhes de cada lugar gravado na mente de tão poderosa que é a escrita desse livro.
Enfim, dizer que eu amei seria pouco. É um livro profundo, que me fez refletir sobre o poder da literatura (pra dizer o que queremos e pra ouvir o que precisamos), sobre a importância da coragem, sobre enxergar possibilidades e aprendizados nas nossas feridas e sobre o amor. Só leiam.

"Tal como as pessoas, os livros com mais cicatrizes são os que viveram as vidas mais completas. Desbotados, amassados, empoeirados, despedaçados. Esses têm as melhores histórias para contar, os conselhos mais sábios para oferecer."
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