Virgínia mordida

Virgínia mordida Jeovanna Vieira




Resenhas - Virgínia mordida


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Mariana 24/05/2024

Foi duro ver a Virgínia entrando num buraco sem fim por ?amor?. Uma pessoa boa, bem sucedida, com uma ótima rede de apoio que se cegou e se amarrou a um cara tóxico porque ele ?a amava demais?. Acho que o mais duro de tudo é saber o quão real essa história é , infelizmente.

Um verdadeiro picolé de limão.
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Bianca 15/05/2024

Breve comentário
Um livro muito forte e real! Me emocionei com a sensibilidade que a autora apresentou a história da Virgínia!
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maria.e.sousa.7 10/05/2024

Vertiginoso, de fato!
Vertiginoso é um adjetivo geralmente associado ao livro de Jeovanna Vieira e sim, ela cria uma narrativa vertiginosa de ler e para ler, porque começamos e não queremos mais largar essa estória, até chegar ao seu final.

Com capítulos curtos e ligeiros, imprime um ritmo dinâmico, ágil e intenso à leitura. No desenrolar da estória, ela vai e vem na linha do tempo, rememora, reconta... tece, costura e mescla as lembranças com o que está vivendo no momento presente, imprimindo fluidez e dinamismo ao que é contado.

Um livro difícil, doloroso, desconfortável, mas ultra necessário, que descreve uma relação interracial com um indivíduo narcisista: Virgínia é uma mulher negra bem-amada pela família (embora tenha crescido com pai ausente/desconhecido), inteligente, e muitíssimo bem-sucedida profissional e financeiramente. Mas cai na teia insidiosa de um ator estrangeiro, um Narcisista Vulnerável, que usa sua história de vida com a mãe abusiva como cartão de visitas. O sujeito está no ponto cego mais obscuro de Virgínia, que fica completamente fascinada e hipnotizada por ele.

Conforme acompanhamos o desenrolar desse romance abusivo, a angústia se acumula, porque é uma história conhecida demais, comum demais e percebemos que muitas de nós já estiveram lá nesse lugar tenebroso, sujeitadas pela paixão ao fascínio por essa serpente sedutora do narcisista/manipulador. Pode acontecer com qualquer uma de nós; qualquer pessoa – mais notadamente com mulheres – que não tenha uma autoestima saudável, uma estruturação emocional forte e equilibrada. E mesmo uma mulher/pessoa emocionalmente saudável não está isenta de cair na teia de um parceiro narcisista, pois todos temos nossos pontos cegos. O resultado pode ser aniquilamento psicológico, do qual é muito difícil se recuperar depois. Em casos mais trágicos até mesmo morte – vide os altos e nefastos índices de feminicídio no Brasil e no mundo.

Com a sua narrativa intensa e brutalmente honesta, Jeovanna nos presta um grandissíssimo serviço de observação e reconhecimento dos sinais que esse tipo de relação tóxica e abusiva vai mostrando ao se construir. E assim ela nos ajuda a ficar atentas e observar tais sinais, para podermos pular fora antes que seja tarde demais - Destaque para o "Violenciômetro" que ela traz ao final: uma verdadeira pérola a se observar!

De brinde, ainda ganhamos a ambientação nas cidades maravilhosas de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, além da homenagem à cultura afro através das festas, celebrações e costumes descritos em algumas passagens.

Que estreia formidável, Jeovanna! Que seja somente o primeiro de muitos!
Parabéns e muito obrigada!

Ganhei da NetGalley/Companhia das Letras! Muito obrigada!
4/5 - Excelente!
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Marcelo Costa 21/04/2024

Cenários como Salvador, além das capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, servem de pano de fundo para a história de uma mulher negra que um dia se depara com um rapaz estrangeiro, crendo ser o parceiro ideal. No entanto, tudo desmorona quando ela percebe que sua liberdade e integridade física estão em risco. O livro é uma ode ao regionalismo, com personagens que ecoam o linguajar, os costumes e as simbologias da cultura afro.

Esperava-se uma exploração mais profunda do futuro da personagem principal, Virgínia, especialmente sua relação com a família e amigas após o afastamento do ex-companheiro violento. Um ponto forte da trama é o ritmo envolvente proporcionado pelos capítulos curtos. Esta obra me fez refletir sobre a importância da mulher contar com uma rede de apoio, especialmente diante de situações de violência de gênero.
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Wane.Myung 13/04/2024

Desafios de um amor que mais fere do que cuida
“Virgínia Mordida” é uma obra que nos confronta com a realidade de um amor que machuca mais do que acolhe. Jeovanna Vieira, em sua estreia literária, nos leva pelas ruas de São Paulo na pele de Virgínia, uma advogada carioca que se vê enredada em um romance tóxico com Henrí, um ator argentino. A narrativa, construída com capítulos breves e um ritmo que nos arrasta, desvenda as camadas de um relacionamento abusivo, marcado por diferenças culturais, de gênero e de raça.
A história de Virgínia é contada com uma honestidade brutal, onde cada página é um espelho das nossas próprias fragilidades e defeitos. É um livro que não se esquiva de mostrar como o amor pode se transformar em algo doloroso e, ainda assim, ser difícil de abandonar. A autora explora a solidão enfrentada por mulheres negras bem-sucedidas, como Virgínia, que mesmo diante do sucesso, ainda lutam contra a solidão e o medo de enfrentá-la.
Este romance é um alerta para a urgência de reconhecer e se afastar de relações que nos diminuem. É um chamado para a coragem de sermos resgatados, mesmo quando nos falta força. “Virgínia Mordida” é uma leitura necessária, um grito que ecoa a importância de não sacrificar nosso bem-estar por qualquer relação. Que este livro alcance muitos, e que sirva de lição: nenhuma relação vale mais do que nosso próprio amparo.


site: https://www.instagram.com/p/C5tR0IeLSTP/?img_index=1
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