Catharina 02/01/2014
Clássico e obrigatório !
O livro ''Cartas na mesa'' da famosíssima escritora Agatha Christie relata uma história que começa quando o estranho e diabólico Sr. Shaitana convida Hercule Poirot para um de seus jantares (que a propósito são bem famosos, como suas festas) e propõe convidar outras pessoas que ao seu ver são artistas, pois cometeram crimes e não foram descobertos. Ao chegar ao tal jantar, ele se vê rodeado de pessoas que estão no mundo do crime, seja o desvendando ou o praticando. Depois de comerem, Shaitana divide o grupo para jogar cartas de tal modo que uma mesa fica para os que desvendam crimes e outra para os que já o cometeram e assim, há o assassinato. O diferencial dessa obra é que os suspeitos já não são iniciantes, o que faz com que os detetives tenham que procurar no passado as respostas para o presente. Além disso, há uma análise surpreendente das características psicológicas de cada personagem, seja pela letra ou seja pela descrição de um ambiente. Outra coisa que me faz amar as histórias da Agatha são os seus desfechos fantásticos. Não é como em alguns livros policiais que os autores nem fazem questão de terminar, deixando essa tarefa para a imaginação do leitor (o que me dá muuuuuuita raiva) ou outros que fazem um final super previsível que o leitor já tem a plena certeza de quem é o assassino, mas o detetive só acaba descobrindo no final, mas é uma história em que todas as provas ou testemunhas levam a somente um suspeito (e tem horas que parece mesmo que a história já acabou e que já tem o culpado), porém, o culpado acaba sendo uma pessoa que você nem imaginava e que depois da leitura, refletindo os fatos da explicação do detetive e as ações do culpado ao decorrer do livro, você acaba percebendo que é uma história bem possível de acontecer. Gostei muito do livro e recomendo não só esse, mas todos da Agatha, que parecem ser muito bons.
'' -Meu amigo, nós dois encaramos esse assunto sob prismas opostos! Para você, o crime é uma questão de rotina: o assassinato, a investigação, as pistas e, por fim, pois sem dúvida você é um sujeito competente, a condenação. Essas banalidades não me atraem! Não sou atraído por espécimes medíocres de gênero algum. E o assassino descoberto é necessariamente um fracassado. É de segunda categoria. Não: eu encaro a questão do ponto de vista artístico. Só coleciono a nata! (...) aqueles que escapam impunes! Os bem-sucedidos! Os criminosos que levam uma vida boa sem que paire sobre eles sequer uma sombra de suspeita (...)''
Shaitana