GG 17/04/2024
Uma narrativa fragmentada sobre a filha do pecado e o sacerdote supremo, Nawal traz um texto de conteúdo difícil e leitura meio monótona. Demorei horrores para ler menos de 200 páginas.
As meninas órfãs, residentes no lar que deveria ser acolhimento, são objetos para os homens. Não suficiente o sofrimento da mulher ser dobrado pelo mero fato dela ser mulher, ainda é culpada e intimamente ligada ao pecado.
Uma crítica ao fanatismo religioso, ao machismo estrutural, ao pouco ou nenhum valor dado às mulheres, por muitas vezes, a narrativa se torna cansativa. Óbvio que os debates levantados são de extrema importância, mas particularmente não curti muito não.
É tudo bem cíclico, repetitivo e principalmente causador de indignação. Esse último, para mim, é o maior mérito do livro.