Doce amanhã

Doce amanhã Banana Yoshimoto




Resenhas - Doce amanhã


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Emiliana.Tsukamoto 02/06/2024

Muito bonito, poético e sensível...
O livro traz a história de Sayo, que têm vivenciado o luto pela morte de seu namorado, ao mesmo tempo que tenta recuperar os ânimos, ou seu mabui, após uma experiência de quase morte. Gostei bastante dos personagens secundários, que auxiliam a Sayo nessa jornada, em especial Ataru e Shingaki. Alguns pontos da história me deixaram intrigada, mas escolhi relevar kkkkk no fim, o livro realmente traz um certo acalento diante da finitude da vida. Nos lembra de que o amanhã sempre vai existir, assim como nossos entes queridos e as memórias que criamos com eles.
Emiliana.Tsukamoto 02/06/2024minha estante
Sobre a questão do incesto, eu fiquei na dúvida se isso era tratado uma ou duas vezes no livro, pois quando Ataru descreve sua única experiência com uma mulher, ele relata ter se juntado à irmã e suas amigas, mas as coisas não ficam exatamente bem explicadas.




Luisa Dahmer 02/06/2024

?O importante mesmo é estar aqui.?
A morte é abordada de forma crua, porém delicada. A escrita tem um teor místico e quase onírico, o que torna a leitura impactante e diferenciada. É uma leitura que nos põe a refletir.
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renni 31/03/2024

"A existência não tem metas e resultados. Apenas fluxo e movimento."
Todo livro que eu leio da Banana Yoshimoto eu fico chocada o quanto ela consegue mexer comigo. E É TODA VEZ.

Acho que quanto mais a história ressoa em mim, mais eu fico sem palavras pra descrever. Não passei por nada parecido com o que a Sayo passou mas a dedicação que ela tem pela vida é tão... bonita. Ela não tá bem. Ela assume isso várias vezes. Mas as coisas não acabam aí. Não são apenas 2 alternativas: estar bem ou não. É ver os outros lados. Os outros caminhos. Tudo o que pode se desdobrar, aqueles que podemos conhecer, momentos que somente poderão ser vividos por isso.

O que ficou pra mim foi que a gentileza que temos com nós mesmos é retribuída ao universo e vice versa. De forma contínua. Não que a gente deva algo ao mundo, mas já que estamos aqui, porque não aproveitar?

(A competição acirrada que ficou agora entre Kitchen vs. Doce Amanhã pra ver quem é meu livro favorito da vida...)
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lilaceblue 27/03/2024

Um ode à vida aos olhos a quem sobrevive e escolhe recomeçar
É indescritível e não cabe a mim expressar o quanto este livro se aconchegou em meu coração, se tornando um favorito de alma. É um livro sobre luto, mas um consolo diferente de todos que já li ou me adentrei, é como um abraço ao sentimento e uma respirada funda.

Ele mostra a vida de quem fica nesse mundo e que resolve (mesmo com a parte de si mesmo onde habitava a pessoa amada perdida de forma tão forte) seguir uma vida de honra, a si mesmo e a quem já partiu. Mas que na verdade, nunca partirá para sempre, pois sempre estará em nosso coração, nossas lembranças e ao nosso lado, mesmo que não fisicamente.

Assim como outras obras, esse livro traz cenários e ambientes descritos de uma forma fascinante e imersiva, coisa que adoro muito e fico maravilhada na escrita da Banana Yoshimoto. Amo como ela nos transporta a sentimentos tão profundos com tanta delicadeza e respeito. Apesar de ser um livro em si sobre luto e tristeza, também é sobre viver, renascer e se encontrar. Se encontrar como um novo alguém dentro de nós mesmos e, ao mesmo tempo, conhecer outros alguéns. Esses que compartilham do mesmo peso que é habitar esse mundo convivendo com uma enorme falta, e também, se permitir descobrir uma nova liberdade e relacionamentos reconfortantes.

Por fim, me emocionei ainda mais com o final, principalmente com os últimos diálogos e revelações. E, após ler o posfácio, só consigo ser grata a escritora por uma obra tão dolorosa e ao mesmo tempo tão linda. Realmente chegou em minha vida no momento que mais precisei.
maria20274 28/03/2024minha estante
Eu amo suas resenhas




yoshii 21/02/2024

"Apegue-se a tudo e viva sem pressa".
Eu sou muito fã da escrita de Banana Yoshimoto e esse livro não é exceção. O posfácio faz referência ao terremoto de Fukushima e uma tentiva da autora prover um meio de esperança às vítimas da tragédia, e a autora faz isso sem fugir do seu estilo, ao meu ver.
A protagonista Sayo, depois do acidente, meio que fica presa entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos, e esses mundos se sobrepõem. Similarmente, Sayo fica viajando entre Tóquio e Kyoto e as cidades representam dois mundos diferentes. Achei uma sacada muito boa, até porque a estética das cidades é bem diferente.
Apesar de ser um romance, eu gostei de como as relações foram apresentadas e, também por causa do luto, os relacionamentos da Sayo não são apenas românticos.
Um livro curto, mas de muita reflexão.
Mariana 22/02/2024minha estante
? vou colocar na lista!




Lusia.Nicolino 04/02/2024

Pode ser doce o amanhã de quem perdeu seu grande amor?
Sayoko nos conta, de forma delicada, a sua história. É trágica e ela tenta dar leveza e doçura ao tema da morte entrelaçando o acidente que vitimou fatalmente seu namorado, Yoichi, seu momento atual e seu passado. Sobrevivente, em sua longa recuperação vive experiências curiosas. Efeito dos analgésicos ou a descoberta do túnel que pode levá-la a outra universo? Ela reencontra seu amado avô e até o seu cachorro de estimação há muito na "fazenda das borboletas"! Compartilha as dores emocionais com os ex-futuros sogros e carrega cicatrizes que nunca a deixarão esquecer o episódio. Arte, natureza, viver sozinha, o progresso e a decadência dos lugares que habita são tratados como alívio para a dor profunda. A morte é a sombra da vida e sempre nos espreita, Banana nos ajuda a refletir sobre isso.

Quote: "Nenhum de nós poderia se acostumar à vida sem ele, mas estarmos nos acostumando ao tempo presente sem a existência dele nos fazia sentir como se a ordem das coisas tivesse sido forçosamente alterada."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le https://www.youtube.com/channel/UCxd2JrdhqMWb5WEyE6RoIlQ
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Heider 22/01/2024

Boa leitura.
Primeira leitura coletiva do ano do Clube de Literatura Japonesa da @japanhousesp e @quatrocincoum com participação da escritora Mariana Carrara. É sempre enriquecedor compartilhar nossas experiências de leitura e aprender com outros pontos de vista influenciados por diversas áreas do conhecimento.

Confesso que demorei a me conectar com a leitura. Não sei dizer se coloquei uma expectativa muito alta na autora, na sinopse do livro ou mesmo das minhas últimas leituras de autores japoneses.

Demorei a entender para onde Banana Yoshimoto estava levando a história com um tema delicado que é o luto. O jeito que a protagonista, Sayo, lida com a morte do namorado não me impressionou no começo, foi até clichê ela expressar a culpa por ter sobrevivido, a constatação de que não será a mesma ou ainda a responsabilidade de manter viva a memória de alguém que se foi. Aos poucos a minha expectativa foi se adequando a proposta do livro: mostrar a partir de um recorte, uma das muitas maneiras de lidar com a morte de alguém querido, sem a ambição de extrapolar esse exemplo para todos os que lidam ou lidaram com o tema.

Um ponto positivo do livro são as descrições dos lugares onde a protagonista passa e de como esses lugares se conectam com os sentimentos dela no momento. O modo como Sayo vai redescobrindo Kyoto, conhece novas pessoas e vai criando novas conexões ao mesmo tempo em que aos poucos parece seguir em frente. O final aberto combina com a proposta e com o título, não é algo realmente doce, mas a certeza de que é possível se permitir um leve otimismo. Sobre a polêmica do final, o incesto, foi algo que destoa do resto do livro, mas não surpreende por se tratar de algo até recorrente em obras japonesas.

A edição da editora Estação Liberdade está impecável, o material gráfico é de ótima qualidade e a tradução está excelente.

Gostei do livro e recomendo a leitura. Por ser uma autora que parece recorrer com frequência ao tema do luto, não sei se vou me interessar em ler algo dela de novo.
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Gláucia 19/01/2024

Leveza e esperança
Com uma linguagem fluida e por vezes poética, a autora traz leveza e esperança para falar de perda, luto e transformação. As descrições dos locais que a protagonista (re) visita encantam, bem como as relações que ela (re) constrói com os espíritos encarnados e desencarnados que ela encontra em sua jornada de autoconhecimento e superação após um evento traumático que transformou completamente a sua vida e a forma de vivê-la.
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Beatriz.Varela 09/01/2024

Doce Amanhã - Banana Yoshimoto
Fiquei muito feliz ao saber que a @estliberdade tinha publicado mais Banana Yoshimoto por aqui! Amei Tsugumi e acabei indo atrás de The Lake, que precisei ler na tradução pro inglês no kindle. Eu nunca tinha ouvido falar de Doce Amanhã, mas foi uma grata surpresa. Escrito após o terremoto e tsunami de 2011, a autora se propõe a abordar o luto de forma mais individual, através de uma protagonista que perde o namorado em um acidente de carro do qual também sai bastante ferida. Apesar do tema triste, é abordado de forma bem leve e otimista, de forma a trazer conforto. Gostei muito da experiência e não consegui colocar de lado até terminar.
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Ve Domingues 03/12/2023

Que livro lindo! Sou muito fã dessa autora e me emocionei com Doce Amanhã. A obra fala sobre o luto de uma maneira poética, mas não é só isso. Também aborda a importância de tomarmos a nossa vida nas mãos e fazermos o que realmente queremos fazer e não somente o que os outros esperam que a gente faça.
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