Se adaptar

Se adaptar Clara Dupont-Monod




Resenhas - se adaptar


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NazaSicil 24/04/2024

As pedras do muro da casa da família é que narram a história, o que achei bem diferente.

No interior da França, uma familia composta de um casal, o filho mais velho e a filha do meio, nasce um bebê com uma grave disfunção neurológica.

O livro aborda a percepção dos irmãos: o mais velho, que é extremamente cuidadoso e amoroso com o irmão deficiente, a irmã do meio que é rebelde e não aceita bem o irmão doente e o irmão caçula que nasce anos depois da morte do menino enfermo.

O livro é lindo, poético, delicado e evidencia bem a necessidade de toda a familia se adaptar à chegada de uma criança severamente doente ao seio familiar.

Cada irmão se adapta de uma forma e até mesmo o quarto filho, mesmo sem ter conhecido o irmão que morreu, precisa de adaptar ao luto daquela ausência que nunca será esquecida.

O livro toca um tema muito pungente que é a dificuldade de ser diferente perante um mundo inadaptado, muitas vezes, para acolher as pessoas com deficiências e transtornos.
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

"todo adulto deveria lembrar que é alguém em dívida com a criança que foi".

uma criança inadaptada, um irmão mais velho, uma irmã do meio, seus pais e avó e as pedras do jardim. sim, as pedras do jardim: entre as personagens presentes, são elas que nos contam a história.

ser inadaptado, segundo a perspectiva das pedras, é ter características que te isolam, de alguma forma, da inserção social. no caso desta criança, ser inadaptado é ter nascido com necessidades especiais. sua inadaptação é contada pelas pedras com uma atenção delicada para a perspectiva de seus irmãos; acompanhamos aqui essas três crianças em momentos de amor, de ódio, de frustração, de desentendimento de si e do outro, de egoísmo e todo o mais que se esconde nas entrelinhas.

eu amo narrativas que transferem para a história o olhar das crianças. e amo quando isso é feito com cuidado e profundidade como foi feito nesse livro. quanta delicadeza, quanta beleza, quanta dor. as pedras como um narrador coletivo, neutro mas nem tanto, trazem pra nós a visão do ambiente sobre as pessoas, e elas enquanto parte do ambiente terem escolhido olhar para o olhar das crianças foi de uma riqueza sem tamanho.

ler Se Adaptar foi uma experiência surpreendentemente linda pra mim. confesso que o estilo de escrita desse livro não é do tipo que me arrebata e eu não esperava muito dele, por isso deixava pra lê-lo enquanto estava no transporte, por exemplo, ou em outros momentos de não tanto destaque na minha rotina. e esse livro deu uma luz diferente pra esses momentos. não foi uma experiência avassaladora, mas teve um brilho especial.
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Garota Imersiva 07/02/2024

Resiliencia
É um livro de leitura lenta e sem grandes reviravoltas, mais baseado na emoção. Acompanha uma familia que muda e se adapta com a chegada de um filho pcd. O foco é nos que auxiliam e se doam para cuidar, em como muitas vezes eles perderam sua identidade e tiveram que se redescobrir.
As narradoras são pedras e achei super interessante, combinou muito.
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honey 24/01/2024

A história tem muitas e muitas camadas mas eu infelizmente não me conectei tanto assim. lida com a complexidade do ser humano e eu adoro isso, mas dessa vez não rolou tanto
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nay.gba 19/01/2024

Diante de um Inadaptado, todos os outros Se Adaptam
Se Adaptar foi uma leitura curiosa. A narrativa é em terceira pessoa e possui três pontos de vista principais.

A história aborda o cotidiano de uma família do interior com os pais e os três irmãos, sendo o caçula uma pessoa com deficiência.
A partir do nascimento do menino passamos a acompanhar os familiares com muita profundidade.

A narrativa trata com naturalidade a realidade de uma família singular, o que nos faz refletir sobre as questões em torno das famílias com PCD. Um assunto comum a tantos e ao mesmo tempo tabu e invisibilizado.

Os pais e os irmãos não possuem nome, diferente dos outros personagens. O que me fez atentar para as vezes que citam os outros que possuem nome.
A hospitalidade é uma virtude muito valorizada. É uma herança familiar e da região o dom de ser hospitaleira.

Quem também faz a boa acolhida é a montanha com suas plantas, suas águas, suas pedras e os seus ouvidos. A natureza se mostra como anciã e procedente.
Para a nossa surpresa é pela voz das pedras a narrativa em terceira pessoa. Foi o único ponto que a autora escorregou e percebi incoerências, mas ignorei por achar que o foco era realmente somente os irmãos e segui com a leitura.

Diante de um inadaptado, imutável e impassível como uma pedra, só resta a nós se adaptar.
Leitura Recomendada.
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Be 16/01/2024

Se Adaptar - Bepo
Um livro carregado. Sinto que me faltam palavras pra descrever por ser um livro que usufrui tanto do uso delas. E o que senti lendo também é difícil descrever.
Peguei o livro no intuito de ver como seria a relação de alguém inadaptado, por as vezes me sentir assim. Inadaptado. Alguém que: "não transmitia o que é preciso." (p. 13) e me surpreendi em ver que a história são os reflexos desse alguém, são as palavras mal balbuciadas ou os suspiros de alívio de alguém que não faz o que é "preciso".
Um livro muito carregado, de tristezas, de alegrias, de carinhos, de revoltas, de magia, de fraternidade, de medo, de alívio e de sentimentos.
Fiquei muito contente de ler.
Agora, por ter ganhado atenção por ser bonito, "Se Adaptar", um livro sobre fraternidade, será emprestado para a minha irmã mais velha.
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Masagao Ribeiro 30/12/2023

Um dia, numa familia, nasceu um menino inadaptado. Assim começa a história do menino de olhos negros que flutuam para o nada, eternamente deitado, e dos seus três irmãos. Em meio à natureza poderosa das montanhas, são as pedras do muro da velha casa da família que testemunham suas trajetórias O amor absoluto e protetor do mais velho, a rebeldia que a do meio assume para rejeitar a dor, a chegada do mais novo que cresce a sombra das memórias. Um livro magnífico e luminoso sobre o laço infinito entre irmãos e a inesgotável capacidade humana de se adaptar.
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sleepyintgarden 23/12/2023

Ciência do silêncio
"se uma criança não está bem,é preciso ficar sempre de olho nas outras. ?depois acrescentava para si mesma:? porque as saudáveis não fazem barulho,elas se adaptam às arestas que a vida oferece,se moldam às dores sem reclamar de nada. essas vão ser as guardiãs do farol apesar de odiarem as ondas,mas pouco importa,recusar seria descabido. um senso de dever as guia. elas vão estar sempre ali,vigias na noite escura,vão se virar para não sentir frio nem medo. acontece que não ter frio nem medo não é normal. é preciso ir até elas."
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Renata | @am0r_p0r_livr0s 03/09/2023

Cheguei a este livro por meio da @tatalendo, e só posso dizer: QUE LEITURA!!!!
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É um livro belo, narrado pelas pedras do muro da casa de uma família que é composta pelos pais e três filhos, onde nasce uma criança deficiente. É mostrada sua trajetória, desde o nascimento do menino “inadaptado”, pelos olhares do irmão mais velho, da irmã do meio e do mais novo, chamado de “o último”.
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Fala sobre laços familiares e sobre como cada irmão reagiu ao nascimento do menino atípico. Sobre como os acontecimentos impulsionam a vida e suas transformações. Sobre como encaram diferentemente o luto. E, principalmente, sobre amor.
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A história é contada de forma poética e tão emocionante e delicada que você mergulha fundo nos sentimentos dos personagens. E um diferencial, coisa que nunca tinha visto, é que a autora não dá nomes próprios aos personagens. Faz o leitor refletir sobre as várias maneiras que os seres humanos encaram a deficiência e como pode ser complicado para uns e fácil para outros, adaptar-se.
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Recomendo demais a leitura desse livro. Lindo demais!!!
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@eleeoslivros 21/08/2023

Um livro que trata temas importantes.
me identifiquei muito com o livro, apesar de achar algumas partes uma escrita fora do
comum.
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Samyra33 08/06/2023

Peculiar
"Alguém um dia falará da agilidade que os maltratados pela vida desenvolvem, do seu talento para encontrar sempre um novo equilíbrio? Alguém falará desses funâmbulos que são os postos à prova?"

Esse é um livro bem peculiar. Primeiro que é narrado por pedras, além do fato de os personagens não terem nomes. Mas é um livro tão sensível e tão bonito, de uma escrita tão cheia de sentimentos.
Acompanhar a história do mais velho, da do meio e do último foi um presente. E é incrível como a autora quase não implementa diálogos, e como disse antes, os personagens não tem nomes, mas ela coloca tanto sentimento na escrita que eles se tornam muito reais.
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larissacesarix 28/05/2023

Se tornou o meu queridinho do ano, eu de fato entrei na história e sofri, sorri e chorei com eles. A forma como a vida é retratada, nos mostra quanto nos construímos, reconstruímos e nos destruímos. Uma leitura muito importante.
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@Umpouquinhodemim 15/03/2023

Se adaptar
Nem tenho palavras para mensurar o quanto este livro é bom, ele te faz questionar tantas coisas, onde uma sociedade hipócrita querem se passar por bonzinhos e puros de coração e então vimos o quanto os humanos são falhos.
É um livro que te assanha para a rebeldia e ao mesmo tempo te refreia para refletir. Onde nos apresentam os pensamentos e ações de cada personagens envolvidos, o mais velho, a do meio e o último e tudo gira em torno do menino, onde todos tiveram que se adaptar.
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@gejah_ 15/02/2023

Ai gente que lindeza. eu li esse livro nas férias, e sinto que foi uma leitura pesada pro clima praia+verão. mas que livro lindo. ele trata principalmente sobre a relação entre 3 irmãos (conforme o nome dos capítulos: o mais velho, a do meio e o último), o irmão mais novo sofre de uma doença que o impede de crescer e desenvolver a motricidade, fazendo com que ele seja para sempre um bebê, como é relatado no livro.

a partir de seu nascimento, toda a estrutura familiar sofre uma alteração, na tentativa de melhor cuidar da criança. mas a relação mais linda que vc vai encontrar nesse livro se dá logo no primeiro capítulo. :')
amei muito e também gostei muito do narrador do livro (as pedras da casa).
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Corrida Literária 24/01/2023

Quando a vida nos pede estoques de coragem.
Na região de Cevenas na França, num ano não tão distante, num vilarejo, com pradarias e torrentes nasce um menino, inadaptado.
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Os pais compreenderam que o menino seria um recém nascido para sempre e tiveram que usar seus estoques de coragem para não sucumbir totalmente.
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O irmão mais velho, se afeiçoa ao menino, apresenta a ele, o mundo sussurrando em seus ouvidos sons, cores, sabores e paisagens. Aprende a lidar com as necessidades do menino. Para ele, o irmão era uma experiência preciosa de amor.
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Para a irmã do meio, o menino havia tomado a alegria dos seus pais, transformado sua infância e confiscado seu irmão mais velho. Sentia-se esquecida, teve nojo e raiva do menino.
Raiva que se transformou em rebeldia. Mas a menina do meio, tinha uma vó que tudo via, olhava e percebia. Com os manejos dessa avó e com seu amadurecer ao longo da narrativa ela aprende que um laço pode assumir diferentes formas e com isso luta para recompor os laços desfeitos em sua família.
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Para o último, que veio depois da dor, dos dramas, dos laços interrompidos, do luto contínuo, ficou o peso do renascimento de uma família machucada mas corajosa.
Ele chamava o inadaptado de "meu quase eu".
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Está história contada pelas pedras do muro da casa, trazem uma narrativa genuína, leve, profunda e cheia de amor, dessa família que não é perfeita, que vive uma experiência que os machuca e precisam se fortalecer em sua própria essência.
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Nesta história os personagens não tem um nome são apenas: o pai, a mãe, o mais velho, a do meio, o indaptado, o último e a avó.
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Um livro lindo demais!
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