Sah Ollie 05/06/2024Deus do amor ou a cadelinha de PsiquêComo peguei pra ler pelo segundo livro, não fiquei totalmente certa de como se dava a história da mitologia nos dias atuais. Tive a impressão que os deuses originais morreram e novos eram nomeados para ocupar o lugar. Mas fiquei um pouco confusa do que aconteceria se Afrodite, por exemplo, fosse nomeada, o filho da nova nomeada automaticamente seria Eros? Um já nascido? Bom, não sei.
Fiquei interessada por dois motivos, a mitologia, e pela protagonista plus size. Um deus do amor apaixonado pela gordinha? Claro que é ótimo ler sobre.
Comentários com SPOILERS, a partir daqui.
Gostei da primeira interação de Eros e Psiquê, já rolou uma química ali, porem, tudo aconteceu no período de uma semana mais ou menos. UMA SEMANA! Não dá pra comprar o amor deles em uma semana. Se bem que se for olhar pela mitologia, o amor era a primeira vista kkkk. Temos um Eros sedutor, com vibe bad boy, fama de impiedoso e... Só fama msm. Pois durante todo livro eu fiquei esperando aquele terror todo que ele tocava. A partir do momento que ele foi encontrar Psiquê para avisar que iria mata-la a mando da mãe, já soa o menos aterrorizante possível. Que tal na calada da noite, nas sombras, meu querido cupido do mal? Não, num restaurante, onde sem muito esforço, Psiquê o convence de no mata-la. E a solução é tão fácil né, casar com ele. E ele sugerindo!!! Cara, não, já tá claro que ele não faria mal a ela. Esperei algum tipo de frieza maior em relação a isso, dada a fama dele. Mas a partir daí é uma sucessão de demonstrações controvérsias dele que mostra só um lado mais gentil e humano, e não há muito daquele debate interno. Ele vive dizendo que é um monstro mas não vemos muito disso pra temermos sobre a relação deles.
O jogo de sedução dele, foi legal, ele já deixou claro que queria ela, sem joguinhos. A ameaça de Afrodite pairando sobre eles foi meio broxante. Alem de fazer ele parecer bem pau mandado, ofusca a luta interna dele. Seria tão bom ele debater a própria moralidade e não só tentar contornar a mãe narcisista. Aliás, o relacionamento deles ficou super vago. E daí meio que não senti esse temor todo que ele deveria ter dela. Boas cenas de hot, mas faltou um tômpero pra que esse romance fosse avassalador, como deveria ser, se tratando de Eros. Mas foi ótimo ter a representatividade na personagem da Psiquê. E apesar de todos pontos "negativos", eu fiquei viciada na leitura. Mas esperava que pelo menos os personagens tivessem uma conexão maior antes do começo do livro, pois a paixão e amor no período de sete dias ficaria bem mais convincente. Não que parece forçado, mas poderia ser melhor construído. Talvez uma paixão reprimida e escondida muito bem escondida.
O plot final foi legal, Psiquê usou dos recursos de blogueira pera desmascarar
Mas a verdade é que curti muito ler, então é o que importou pra mim.