O livro branco

O livro branco Han Kang




Resenhas - O livro branco


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bel 05/11/2023

Ausência
é um livro dolorido, quando vc vai lendo ele doi em você, é maravilhoso.
Ele fala muito do luto, da dor..e é muito bem escrito, já quero ler os outros da autora, leiam!
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Mari Pereira 04/11/2023

Sou muito fã da Han Kang e amei os dois livros anteriores dela que foram traduzidos no Brasil.
Em O Livro Branco, a autora nos apresenta um livro mais poético, reflexivo. Cada capítulo tem como título o nome de algo branco e sobre isso ela escreve textos curtos e bastante poéticos. Muito bonitos.Todos o livro se organiza em torno da perda, luto, ausência, silêncio.

É uma leitura bem bonita. Mas, para mim, não tem a potência dos livros anteriores, que navegam também pelo inusitado e estranho.
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Mariana Dal Chico 01/12/2023

“O livro branco” de Han Kang, publicado no Brasil pela @todavia com tradução de Natália T. M. Okabayashi é uma obra de difícil definição, daquelas que não cabe em apenas uma caixinha: autobiografia, ensaios, poesia, contos, autoficção, fotografias…

Quando a autora foi passar uma temporada em uma cidade europeia, em pleno inverno, com muita neve, ela começou a colocar no papel seus sentimentos em relação à irmã que viveu apenas algumas horas e que ela nem chegou a conhecer.

O tema central é o luto, que em algumas culturas é representada pela cor branca. Que é uma cor frequentemente associada a inícios e possibilidades.

“(…) Existem certas memórias que não são danificadas pelo tempo. O mesmo vale para a dor. Não é verdade que o tempo e a dor tingem e destroem todas as coisas.” p. 85

“Pois você com certeza irá me abandonar um dia.
Quando eu estiver no meu estado mais fraco e precisar de ajuda,
vai virar as costas para mim, de forma irremediável e fria.
Eu sei disso com muita certeza.
Não posso voltar para o tempo em que não sabia.” p.111

Sempre fico fascinada com autores que conseguem usar o silêncio como ferramenta potente de amplificação de alguma ideia. Quem faz isso muito bem é o João Anzanello Carrascoza e com essa leitura, descobri que Han Kang também é mestre em dizer muito em seus silêncios e ausências.

Uma narrativa que foge de todos os padrões, com uma escrita formidável, é comovente, delicado e precioso. Por vezes triste, com reflexões que fazem o leitor repensar os significados de vida e morte, como o passado nos molda no presente e pode refletir no futuro.


site: https://www.instagram.com/p/CzXBx5WP1x_/
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arthur966 24/02/2024

Se você ainda estivesse viva, eu não deveria estar vivendo agora. e, se eu estou viva agora, você não deve existir. somente entre a escuridão e a luz, nessa lacuna azulada, nós conseguimos nos olhar, cara a cara.

minhas resenham costumam ser só uma citação do livro, mas dessa vez uma coisa aconteceu e eu queria escrever um pouco sobre isso. entre mim e meu irmão minha mãe perdeu um filho. ela sempre quis ter dois filhos, por isso se esse filho do meio estivesse vivo, é bem pouco provável que meu irmão estivesse vivo também. quando eu era criança eu às vezes pensava em como seria esse irmão, como ele seria diferente do irmão que eu já tinha, e lendo esse livro eu fiquei pensando nesse irmão desconhecido, em como teria sido a vida dele. minha mãe quase nunca fala dele, mas por acaso enquanto eu estava lendo esse livro ela comentou sobre ele, que eu me lembre pela primeira em muitos meses, sem nem saber que eu estava lendo um livro sobre isso.
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Caraminholas 15/02/2024

Uma simples e bela narrativa sobre o luto.
Terceiro livro que leio da autora e acho que ela se tornou realmente uma das minhas favoritas. Li em 2 sentadas por serem mini relatos, mas eles continuam expansivos, quase que dando segmento, por ter a mesma temática de formas distintas.
As notas da autora arremataram muito bem os escritos dando um ar de sensibilidade e vida para essa obra que fala sobre lutos.
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Carol 27/01/2024

O branco diz muita coisa!
"Então, se você ainda estivesse viva, eu não deveria estar vivendo agora. E, se eu estou viva agora, você não deve existir."

Um livro sobre os pensamentos de Han Kang envolvendo o branco, grande foco na morte de sua irmã mais velha que viveu pouco tempo. Bem sensível inclusive a história .
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lilaceblue 14/03/2024

Solidão, silêncio e coragem
Sobre viver o luto que habita em uma palavra e em quem não se conheceu, na junção de todas as cores, na existência não vivida e na que carregamos conosco. Emprestar a vivência para alguém cuja própria não pôde ser vivida. Acreditar e reviver com esperança as dores para seguir em frente aos novos tons, honrando. Cogitar os ?e se? sobre não estar vivo nesse mundo e sim a outra que não teve a mesma oportunidade.

Esse é um dos livros mais profundos e de fragilidade pessoal mais bonitos que li. Sabia que no momento que fosse ler a primeira página, largaria ele após ler a última e assim fiz. É um livro que me fez sentir, em todos os sentidos, os tons de branco em tudo que era mencionado e em mim mesma. Na solidão, na culpa de viver, nas outras realidades que poderiam ser vividas, no luto que assombra e nas cicatrizes que um dia mancharam o branco da nossa existência.

Terminando esse livro concluo o que eu já soube e reintero pra mim mesma: reler a própria história e de permitir reviver em palavras as dores e reflexões mais profundas é um ato de coragem, mas também um ato de seguir em frente, como uma folha escrita cujo outro lado ainda está em branco. O que foi marcado no verso continua, não pode ser apagado nem reescrito, mas ainda há muito o que se registrar e viver ainda.
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pitypooralfie 07/02/2024

"então, se você ainda estivesse viva, eu não deveria estar vivendo agora.
e, se eu estou viva agora, você não deve existir."

não me tocou tanto quanto atos humanos, mas é um livro muito bonito; um pouco dolorido, talvez, mas muito bonito, muito sensível. algumas cenas eram bem palpáveis e, mesmo com a barreira que a tradução acaba criando, achei a escrita encantadora, bastante poética. não é meu favorito da han kang, e eu não recomendaria para quem nunca leu nada dela, mas é uma leitura interessante, rápida e bem tocante. marquei muitos trechos que me atingiram profundamente, que provavelmente vou carregar por um tempo e pensar neles com sentimentos contraditórios.

"não morra. por favor, não morra.
abro a boca e murmuro as palavras que você desconhecia e ouviu quando abriu os olhos negros. escrevo com força na folha branca. acredito que essa seja a melhor forma de dizer adeus. não morra. viva."

"naquele dia, voltando para casa, fiquei imaginando uma pessoa. uma pessoa que foi destruída, mas persistentemente reconstruída. seu destino se assemelhava ao daquela cidade. eu estava começando a escrever este livro quando me dei conta de que essa pessoa era minha irmã mais velha, e que eu só poderia revivê-la emprestando-lhe minha vida e meu corpo."

"solidão, silêncio e coragem. essas eram as coisas que o livro me inspirava, como se fossem um sopro."
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ncamilafreitas 17/12/2023

é difícil definir essa leitura. já li os outros dois livros da autora (a vegetariana e atos humanos) e esse é uma proposta diferente, principalmente porque é algo muito pessoal.

é um livro doloroso, particular e tocante. rápido de ler, mas é uma leitura pesada. sublinhei várias partes e muitas delas me doeu. as palavras da autora no final deu ainda mais sentido a essa leitura, fico feliz que ela tenha decidido por fim escrever essa parte.

é sempre uma experiência singular ler han kang.
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Artemis 28/04/2024

"Dentro desse branco,de todas as coisas brancas "
Lindo,lindo,lindo,a delicadeza da autora nesse livro é completamente diferente da brutalidade impecável da mesma autora em A Vegetariana, acho que ser capaz de escrever das duas formas é muito impressionante,gostei bastante do livro,é franco mas extremamente profundo,preciso ler Atos Humanos o mais rápido possível.
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Helder 25/05/2024

Triste e bonito
Tenho pouco a falar deste livro. A autora se baseou na informação que um dia ouviu de sua mãe, de que esta perdeu um bebê antes da autora nascer.
E sendo assim, a autora sabe que só existe porque sua irmã morreu, pois a família nunca teria tido condição de ter mais uma filha.
Isso é um peso que a autora carrega, junto com um luto que sente por alguém que não conheceu e principalmente pelo sofrimento da mãe.
E na Coréia, o luto é branco, então a autora passa a descrever ou criar situações relacionadas com a cor branco, e uma linguagem bem poética, mas que não me pegou muito.
Só consegui me envolver mais com a leitura na parte final onde a autora nos mostra alguns rituais bem interessantes da Coreia.
Outro ponto curioso, é que este livro foi escrito e um período em que a autora foi convidada para passar um tempo morando em Varsóvia na Polônia, onde acabou tendo acesso ao passado do país, primeiro sobe o jugo de Hitler e depois de Stalin e estas experiências também foram trazendo experiencias para o texto, pois mesmo em tempos de guerra, é possível se encontrar muitas coisas brancas.
Um livro bonito, mas não recomendável para todo mundo.
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Mari 11/02/2024

O luto tão abstrato quanto uma cor
Eu li esse livro de uma maneira lenta, acredito que li livros com mais de 500 páginas em menos tempo do que li este pois a narrativa pedia uma lentidão delicada. Sempre quando leio algo que seja de uma narrativa pessoal, priorizo ler e reler as palavras do autor várias vezes para que não falte nada na narrativa.
Chego a conclusão de que é uma narrativa simples, não como uma ofensa, mas simples em questão de sinceridade no sentimento que existe e é vivenciado pela autora. É o luto em todas as cores brancas que se encontra pois ela mesma não conhece por quem está vivendo esse luto, portanto tudo pode ser sua irmã, nada pode ser sua irmã, é abstrato, é gelado, salgado, bonito, sujo, misterioso como realmente é viver o luto.
Fico pensando em como viver o luto em várias culturas é visto de maneira diferente e que poderia até ser interpretado no ocidente como uma maneira de se manter no eterno movimento de sofrimento mas o luto é complexo e individual, não se perpetuando através de cinco passos mágicos. Aqui, para a autora, o luto representa o branco, que é a junção de todas as cores, todos os sentidos. É imaginar um futuro para quem se perdeu, uma fantasia onde se não existe e o outro existe no seu lugar, é experiencia-lo infinitamente em diferentes objetos e instantes da vida.
O luto por alguém que nunca conheceu, que muitas vezes parece que é imaginado, é tão abstrato quando a própria narrativa e de forma proposital. O livro branco é tudo que o luto é, torrentes de emoções que as vezes se organizam e as vezes só são sentidas, é vida e morte no mesmo sentido e fluxo. É belo e doloroso. É uma obra honesta.
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mimperatriz 06/12/2023

O livro branco
Queria muito ler Han Kang e escolhi O livro branco por ser o mais recente traduzido para o português. E gostei!

O livro tem o luto como tema principal, pois Han Kang escreve sobre a ausência da sua irmã mais velha que morreu horas após o nascimento. Ela escreve sobre o espaço criado por essa morte e vida que cresceu nesse mesmo espaço.

É como se o luto participasse de forma oculta, nas entrelinhas, ainda que saibamos da morte de sua irmã. Como se ele fosse uma grande nuvem que abraça a vida. Ou o contrário. É sentido, é ausente, é sensível, é bonito.

O formato é muito interessante, tem trechos primorosos e uma escrita belíssima. É um misto de reflexões intensas, de poesia, de autoficção.

É potente! Recomendo.

A tradução é de Natália T. M. Okabayashi.
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MaLucchese 09/04/2024

Doído e melancólico
Um livro que trata do luto, mas de uma maneira tão simples e profunda. Achei um primor, uma narrativa direta, mas sensível. Quero ler tudo da autora.
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