Minha amiga Anne Frank

Minha amiga Anne Frank Hannah Pick-Goslar




Resenhas - Minha amiga Anne Frank


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Alan kleber 22/05/2024

"Só porque éramos judeus."
"Amsterdã foi um lembrete da terrível lição que aprendi cedo demais: nada é permanente na vida. Uma existência calma, amorosa e confortável pode ser roubada pelas poderosas forças do ódio."

Hannah via o holocausto como o conto moral definitivo sobre aonde o ódio pode leva quando pessoas boas ficam em silêncio.
Este livro é dedicado à memória dos 6 milhões de judeus que pereceram no holocausto, incluindo 1,5 milhão de crianças.

"Minha Amiga Anne Frank" é uma obra profundamente comovente escrita por Hanna Pick-Goslar, uma das amigas mais próximas de Anne Frank. O livro oferece uma perspectiva única sobre a vida de Anne, além de fornecer um relato vívido e doloroso das experiências de Hanna durante o Holocausto.

O livro começa com a infância de Hanna e Anne em Amsterdã, onde as duas frequentavam a escola Montessori e desenvolviam uma amizade sólida e sincera. Hanna descreve Anne como uma garota alegre, cheia de vida e sonhos, muito além da figura que conhecemos através de seu famoso diário. Essa proximidade permite aos leitores vislumbrarem uma Anne mais humana e tangível, alguém que ria, brincava e fazia planos para o futuro.

Antes de chegarem a Amsterdã, a família de Hanna enfrentou o crescente assédio nazista aos judeus na Alemanha. Com a escalada da perseguição, eles decidiram deixar seu país de origem em busca de segurança. A mudança para a Holanda trouxe um breve período de alívio, onde Hanna e sua família puderam se estabelecer e onde ela conheceu Anne. No entanto, esse sentimento de segurança foi interrompido com a invasão nazista na Holanda.

À medida que o livro avança, vemos a crescente ameaça nazista e como isso impacta a vida dos judeus em Amsterdã. A narrativa de Hanna detalha a deterioração progressiva das liberdades dos judeus holandeses. Leis restritivas e a segregação tornaram a vida cada vez mais insustentável, culminando no isolamento e posterior captura. A fuga da família Frank para o esconderijo é vista através dos olhos de Hanna, que sente profundamente a perda de sua amiga. A família de Hanna, assim como muitos outros, não sabia que os Frank tinham ido para um esconderijo porque, para despistar os nazistas, eles contaram a amigos que iam para a Suíça.

Um dos momentos mais impactantes do livro é o reencontro das duas amigas no campo de concentração de Bergen-Belsen. Separadas por uma cerca de arame farpado, as breves palavras que trocam são uma prova do poder da amizade e da esperança, mesmo em meio à barbárie.

Além de narrar a história de Anne, Hanna também compartilha suas próprias experiências nos campos de concentração. Seu relato é direto e doloroso, descrevendo a fome, a perda e o desespero que enfrentou. No entanto, também há momentos de bondade e solidariedade que iluminam sua jornada, mostrando a resiliência do espírito humano.

A escrita de Hanna é simples e direta, mas carregada de emoção. Ela evita qualquer romantização dos eventos, apresentando os horrores do Holocausto com uma honestidade brutal. Ao mesmo tempo, suas memórias de Anne são cheias de carinho e saudade, trazendo uma sensação de intimidade que é ao mesmo tempo reconfortante e dolorosa.

"Minha Amiga Anne Frank" é um testemunho essencial, não apenas para entender melhor Anne Frank e o contexto do Holocausto, mas também para apreciar a profundidade das relações humanas e a força da amizade. Através da narrativa de Hanna Pick-Goslar, somos lembrados da importância de lembrar o passado, honrar a memória dos que se foram e aprender com as lições da história.

Este livro é uma leitura obrigatória para todos aqueles interessados em histórias de sobrevivência, resiliência e a capacidade humana de encontrar esperança em meio ao desespero. É um tributo tocante a Anne Frank e a todas as vítimas do Holocausto, bem como uma celebração da amizade e do espírito humano indomável.

"Perdi minha melhor amiga, Anne, quando ela havia acabado de completar 13 anos e de começa a escrever no diário. Naquelas páginas, eu sentia que estava com ela novamente. Era uma sensação estranha testemunhá-la evoluir e amadurecer, ao mesmo tempo que ganhava acesso à sua vida pessoal e no esconderijo. A Anne que eu encontrei na mais terrível circunstâncias em Bergen-Belsen estava faminta e desesperada, muito longe da garota animada que eu conhecia. Estas preciosas páginas me permitiram vê-la entre esses dois momentos. O texto é tão rico e vívido, que eu sentia como se estivesse bem do lado dela outra vez. Aquilo me deixou tanto eufórica quanto com o coração despedaçado.
Sofria por saber que ela havia escrito muitas daquelas palavras enquanto ainda vivia tão perto de mim - mas o tempo todo eu achava que ela estivesse a centenas de quilômetros, em segurança. Eu a imaginei tentando silenciar a tosse quando ficava doente e os passos durante o dia, vivendo sempre com aquela pontinha de medo de que eles pudessem ser pegos. Fiquei profundamente comovida não só com o talento dela ao descrever os eventos e as dinâmicas dos outros que se escondiam no sótão na Prinsengracht. Mesmo com toda a maturidade, Anne ainda era uma adolescente bem no início da vida. Eu me identifiquei com o desejo dela de se sentir completamente compreendida por alguém, com seu anseio por "pelo menos uma vez me divertir de verdade, e de ri tanto, a ponto de sentir dor". Ela era tão vibrante, tão viva... Ler aquelas palavras me deixou dilacerada. Eu sentia muita falta de minha amiga, mais do que jamais poderia expressar."
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JoiceCoutinho 01/05/2024

Minha amiga Anne Frank (Hannah Pick-Goslar)
Impactante!!!
Estou acostumada com livros que contém relatos sobre sobreviventes das guerras, mas esse me tirou o fôlego!!
A narrativa da Hannah é muito envolvente e emocionante!
Inicialmente, conta sobre sua infância com Anne Frank, uma de suas melhores amigas.
Os relatos sobre o holocausto começam e são realmente fortes!! Ela conta detalhadamente cenas que ninguém esqueceria, totalmente desumanas...
Em alguns momentos, tive que parar a leitura e tomar um ar.
Vale a pena ler!!
No final do livro contém também informações sobre o que aconteceu com os jovens que foram à festa da Anne Frank (que foi citada em seu diário).
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Elena43 05/03/2024

Com certeza um dos melhores livros que já li em minha vida! Um relato de força, de dor e principalmente de esperança.
Obrigada Hannah.
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thai 21/01/2024

Que livro...
O livro contra a trajetória da família de Hannah, ou Hanneli da fuga da Alemanha depois de Hitler ter tomado o poder até a libertação dos judeus pelos aliados.
É simplesmente uma leitura difícil, não tem como não se emocionar por tudo o que essa menina passou desde muito jovem, perdeu a mãe e teve que cuidar da irmãzinha de dois anos e teve sua infância roubada pelos nazistas.
É muito diferente você estudar sobre o Holocausto e ler esse livro, pq no colégio a gente estuda o básico e aqui a gente tem o relato direto de uma sobrevivente, como ela perdeu o avô, o pai e a avó por doenças no campo e ainda perdeu a melhor amiga, e ela só pode descobrir mais tarde.
Em O diário de Anne Frank, a Anne escreve sobre Hanneli e como ela achava que sobreviveria e a Hanneli não, e no final é ao contrário. O livro dá uma continuação ao diário já que mostra um momento de Anne no campo de concentração, como ela sentia fome pela comida em escassez do lado dela da tela e como Hannah e as mulheres do acampamento dela tentaram ajudar a menina, e mesmo assim Anne morreu de tifo, assim como várias famílias do acampamento da Hanneli.
É impossível não chorar no capítulo sobre a libertação, a família da Sra. Abraham, que acolheu e ajudou tanto Hanneli como a Gabi, estava no trem e morreu de tifo depois da libertação. O Sr. Frank procurando as filhas e depois descobrindo que elas morreram um mês depois de irem pro Bergen Belsen. Pessoas desesperadas por comida e depois morrendo de tanto comer.
Esse livro é avassalador.
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Vick 11/12/2023

Todo mundo deveria ler esse livro!
A primeira vez que ouvi falar sobre a Hannah foi nos créditos de um filme da Netflix, de nome semelhante: ?Anne Frank, Minha Melhor Amiga?.

Como sempre fui muito apaixonada por história e me interesso pelos assuntos relacionados à Primeira e a Segunda Guerra, fui pesquisar mais sobre ela e então descobri o livro.

A história de Hannah me emocionou de muitas formas, não apenas por todos os relatos chocantes e terríveis da guerra, mas também por sua proximidade com Anne, que se tornou tão conhecida no mundo todo, e que eu mesma conheci ainda no início da adolescência - e com quem me conectei desde pequena por conta de seu grande sonho de se tornar uma jornalista famosa.

Poder conhecer mais da história de Anne para além do diário foi incrível, mas ler a experiência de alguém que sobreviveu a todo o pesadelo de um campo de concentração foi surpreendente.

É muito difícil não ficar horrorizado com os relatos do Holocausto e acompanhar de perto a história de uma pessoa que não só passou por tudo isso, como sobreviveu foi muito tocante.

Hannah ajudou a manter a memória de Anne viva, mas também foi fundamental para um maior entendimento de tudo que os judeus passaram e garantir que todo o horror não se repita de novo.
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