Mai 23/07/2023
Deveria ter prestado atenção às bandeiras vermelhas do livro
O início do livro já é um indicativo de que a história não vai se desenrolar bem: três homens numa montanha, traindo suas mulheres com uma prostituta e usando drogas. Ou seja, UMA ENORME red flag, mas resolvi permanecer firme na leitura por gostar de Nora Roberts.
Na primeira vez que o assassino apareceu no livro, eu mentalmente afirmei: "é ele", e apesar das (boas) tentativas da autora de fazer o leitor desconfiar de outro personagem ao longo do livro, meu palpite inicial foi 100% certeiro, o que tira totalmente a magia de um livro de suspense/policial, pois não deveria ser tão fácil assim descobrir o vilão.
O que gostei no livro: da investigação policial, dos ares de cidade pequena, da parte cômica da história.
O que SEM DÚVIDA foi o pior do livro: a "mocinha". Meg é uma mulher masculinizada e ultra feminista, não quer um marido, não quer ser protegida por ninguém (mesmo o pai tendo sido assassinado e o assassino ainda estando à solta), fala palavrões demais, é promíscua demais... Ou seja, é uma maria-macho. E para piorar (até onde consegui ler, porque só li metade do livro graças à Meg e pulei pro fim para ver quem era o vilão), Nate não é capaz de estabelecer limites aos comportamentos horríveis dessa mulher. O pior de TUDO é que Meg é hipócrita, fala mal da mãe por ser promíscua e uma péssima mãe, mas é uma cópia da mulher de quem nasceu (e o próprio mocinho diz isso lá pelo meio do livro quando Meg quer convencê-lo a ir para a cama: "Que imitação barata [você faz] de Charlene, Meg").
Enfim, se não fosse Meg, e se a autora tivesse criatividade para esconder bem o vilão, poderia ter sido um excelente livro. Pena que não foi. Pela primeira vez deixo um livro da Nora sem finalizar.