Manifesto antimaternalista

Manifesto antimaternalista Vera Iaconelli




Resenhas - Manifesto antimaternalista


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Carlos.Junior 18/05/2024

5/10
??Manifesto Antimaternalista??, escrito pela psicóloga e psicanalista Vera Ianconelli é um grito feminista, que tenta ser radical mas não consegue, sobre as ideias ??concretas?? que temos em relação a parentalidade, maternidade e o que é ser uma mãe de fato, partindo de pressupostos sociais já estabelecidos como a responsabilidade que a mulher possui perante ao parto e cuidado das crianças.
Sua forma de escrita e condução é tranquila, claro que por ser obra de uma mestrando em psicologia apresenta sim alguns (na realidade vários) momentos de dificuldade, onde se preza que o público tenha um conhecimento prévio em Lacan, Jung e Freud ou que pelos menos tenha dado uma olhada de relance em outros livros de psicanalise ou psicologia semelhantes. Não é um livro feminista, mas sim um livro que aborda o feminismo sobre a questão psicanalítica e de análise antropológica.
Infelizmente, notasse um tom embargado por uma política de identidade puramente capital e neoliberal durante as frases do texto, o que gera uma certa despersonalização da palavra MULHER em troca da identificação de certos grupos que contribuem sistematicamente e subconscientemente CONTRA os direitos femininos básicos.
Em resumo sincero, se fosse um livro sobre feminismo radical, seria um livro perfeito, como não é, é ruim. Seu conteúdo é longo em tamanho e seu léxico é exagerado, possui partes desnecessárias com o contexto anexado ao estudo e existem melhores recomendações para se procurar. Se me esforçasse na defesa da obra, poderia dizer que este exemplar é sim uma boa recomendação de introdução a um publico novo no ramo do direito público/privado feminino ou até da psicanálise sobre um viés feminista.
No fim, o livro vale a pena dependendo do tipo de público que você se categoriza.
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Lívia 02/04/2024

Livro essencial
Esse livro é essencial para todos! Desde quem tem, vai ter ou não terá filhos. Ajuda na reflexão do papel político e social no cuidado com as infâncias. Questiona nossa cultura maternalista, que tanto nos é empurrada como algo ?natural?.
Excelente trabalho!
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isamoraex 22/03/2024

Perfeito!!
Não tenho palavras para a análise através da psicanálise a respeito da maternidade que se funde à história e simplesmente quebrou meu mundo!!! que livro
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Vivi 22/03/2024

Gostei muito da leitura. Pessoalmente, tive mais interesse pela primeira metade do livro, a parte específica para psicanálise não me interessava tanto. É um excelente material!
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@Estantedelivrosdamylla 27/02/2024

Uma leitura desafiadora
Depois de quase um mês lendo esse livro aos poucos, posso dizer que gostei da leitura e me abriu a mente sobre muitos pontos que jamais havia ouvido falar.

A maternidade, de maneira nua e crua, é um tema que me interessa, tendo em vista que meu raciocínio vai de encontro com muitas crenças que ainda permeiam nos dias de hoje.

A Vera Iaconelli através desse livro traz a teoria maternalista desde sua origem, e com isso aborda pontos que vão de encontro com essas verdades ditas como absolutas. E esse foi o motivo que me fez comprar esse livro.

Não sou da área da psicologia e muito menos da psicanálise então é fácil deduzir que houve momentos desafiadores nessa leitura, principalmente na última parte que já estava bem cansativa e repetitiva.

Admito também que quando ela começava a falar de Freud (sim, que irônico né?) Eu ficava bem cansada kkkk. Mas no geral eu gostei bastante de vários pontos da leitura, principalmente da origem da teoria maternalista e de como ela foi usada para manipular as mulheres ao extremo.

Por fim, é isso. Acho que vale a pena essa leitura e pretendo refaze-la em algum momento no futuro.
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Ariana Pereira 18/02/2024

Leitura obrigatória
País, mães, tio, vó, pessoas sem filhos... esse livro da Vera Iaconelli deveria ser uma leitura obrigatória para toda a sociedade. Ele analisa a construção social histórica do papel da mulher na criação de novos membros da sociedade. Papel que deveria ser dividido entre todos e não cair nas costas de um único ser humano.
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gabs pina 05/02/2024

Eu, que não sou muito de psicanálise, achei muito interessante os links do livro, realizados dentro e fora do universo psicanalítico. As pautas sobre o antimaternalismo foram muito interessantes de serem lidas.
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Alexya 13/01/2024

Bom
Se propõe a uma crítica ao modelo adoecedor de maternidade burguesa. Excelente e necessário nesse ponto. Renova a esperança na psicanálise. Porém se inspira muito em produções dos anos 80, francesas e europeias no geral que tem pautado esse debate há décadas. Não que não seja importante pautar esse discurso ainda hoje, visto que ainda adoecemos as mulheres e as responsabilizamos quase que exclusivamente pela parentalidade. Especialmente com a onda mais recente de conservadorismo.
Só que penso que esse ainda é um trabalho raso no livro, especialmente na tentativa de atualizar a questão e abrasileirar. Por exemplo, teóricas brasileiras psicanalistas que produziram e produzem sobre o tema e são postas como referências são mencionadas, mas não trabalhadas ou aprofundadas no livro. Além disso, a perspectiva de mulheres negras e latino-americanas é acrescentada como um adendo, um contraponto, de duas-três páginas ao fim de capítulos extensos da perspectiva francesa. Não soa como se o contato com a produção psicanalítica brasileira produzisse uma transformação de referencial, mas fosse agregada apenas, e timidamente. Gostaria de ter visto mais. Especialmente de alguém que tem tanto espaço na mídia e peso acadêmico.
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Geanne 08/01/2024

Novas perspectivas
Um livro bem autêntico, que traça reflexões contemporâneas sobre maternalismo a partir do viés da psicanálise e das políticas da reprodução presentes na sociedade capitalista ocidental atual. Pontua detalhes importantes da nossa constituição enquanto sociedade os sujeitos que somos/performamos. Importante e atual, ainda um tema que me causa certas incertezas. Gostaria de me aprofundar mais.
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NathaliaEira 06/01/2024

Na primeira parte do livro, a psicanalista Vera traça com maestria e didática o cenário cultural, social e econômico do surgimento do maternalismo; ideologia essa de que mulheres nasceram para dedicar-se aos cuidados, o tal do instinto materno. Vera irá dialogar com autoras como Silvia Federici e bell hooks para fazer esse panorama!

já na segunda parte, a autora tece críticas a psicanálise a fim de salvá-la dela mesma, visto que Freud e Winnicott foram grandes agentes do maternalismo. traz à tona os debates mais recentes sobre complexo de édipo, histeria, castração, estado esquizoparanoide... Lacan também aparece bastante, através da tríade do Simbólico, Imaginário e Real e da função-mãe e função-pai erroneamente difundidos.

ótimo livro para conhecer mais sobre os principais conceitos da psicanálise, numa perspectiva contemporânea e de recortes múltiplos!

"A ideia de uma mãe determinada natural e biologicamente vem responder à nossa angústia diante da falta de garantias do amor daqueles que nos trouxeram ao mundo. Só um investimento especial em cada um de nós, que surge da identificação conosco, do amor, do cuidado e da responsabilização, pode nos tirar desse desamparo inicial. Não é fácil sustentar que, no momento da nossa existência em que somos mais indefesos, "dependemos da boa vontade de estranhos". A falsa premissa de que haveria uma natureza maternal decorrente do instinto responde a questões político-econômicas, mas também contempla nossas fantasias narcísicas."
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Juninh4 06/01/2024

Minha leitura mais impactante e poderosa de 2023.
Em primeiro lugar, quero parabenizar a Vera, pois o livro foi escrito com extrema sensibilidade, considerando diversas configurações familiares e levando em conta a experiência de pessoas atravessadas por marcadores sociais como raça, identidade de gênero, classe, orientação sexual, entre outros.

Segundo, há uma confusão em atrelar valores democráticos a valores capitalistas, em confundir emancipação feminina com ascensão econômica. Criamos a ideia de que, para uma mulher ser bem-sucedida, ela precisa ter os mesmos direitos que um homem branco, sem romper com as lógicas da opressão. Esse é o erro. Estamos integrando o sistema sem transformá-lo verdadeiramente. A mentalidade não mudou; apenas os mecanismos de opressão foram atualizados.

É urgente e fundamental mudarmos nossas mentalidades, e é por isso que o "Manifesto Antimaternalista" se torna um livro crucial. Precisamos reavaliar nossas crenças sobre a maternidade para encontrar soluções sustentáveis para a infância e para a luta das mulheres.

Para quem não está familiarizado com o termo, o "maternalismo" é basicamente o discurso que historicamente reduz as mulheres à função de mães e trabalhadoras domésticas não remuneradas. Essa mentalidade está adoecendo as mulheres. Se não houvesse tamanha iniquidade gênero, as mulheres não adiariam a escolha de ter filhos ou até mesmo evitariam tê-los.

Vera destaca que a solução para esse problema não deve ser vista como uma demanda apenas entre mulheres, mas como uma demanda das famílias e da sociedade como um todo, que sobrecarregam as mães de maneiras diferentes. Acreditar que é um problema apenas entre mulheres é ignorar que é, na verdade, um problema social.

Fico muito feliz em ver mulheres brilhantes como Vera contribuindo com epistemologias sobre esse assunto. Discutir lugares sociais não é uma imposição, mas uma busca por coexistência e por novas formas de sociabilidade que não estejam baseadas na opressão de um grupo sobre o outro.

Obrigada por este livro, Vera!

site: instagram.com/psi.juna
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Bia 05/01/2024

Uma leitura potente e necessária, de como o maternalismo, faz parte da nossa sociedade, fazendo com que as mulheres se tornam cada vez mais sobrecarregadas e muitas vezes sem perceber como esse sistema afeta as mulheres e principalmente as mulheres negras.

Através das teorias da psicanálise, apresenta como esse sistema tem como objetivo fazer com que as mulheres sejam subalternizadas e negligência o sentido coletivo de cuidado e responsabilização.

Fiquei pensando no provérbio africano que diz: " É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança."
Como esse provérbio é sábio e como é completamente distante da nossa realidade uma vez que todos os cuidados com as crianças em nossa sociedade devem ser da mãe.
E caso ela precise de ajuda ou solicite, acaba sendo sempre julgada.

O livro coloca luz, em teorias ultrapassadas que foram apresentadas como as corretas o tal " instinto materno".

Que muitas pessoas possam aproveitar essa leitura, em busca de mudanças.
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Fer Targa 01/01/2024

Vai reverberar por muito tempo
Ela é precisa. Livro muito importante para colocar muitos pingos nos is. É um livro essencial para todo psicanalista e ao mesmo tempo terapêutico para toda mãe e filho.

Vera tem a ousadia de, com muito respeito, questionar a perspectiva maternalista da psicanálise e apontar outros caminhos possíveis.
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ppatrocia 19/12/2023

Leitura mais que necessária; uma retratação detalhada e rica das perspectivas presentes, não só, na concepção de uma nova vida, como também nos hábitos que herdamos nos últimos séculos relacionados ao conceito da maternidade. A autora, com uma consciência empática em relação à diversidade de modelos familiares, sociedade, corpos, e as relações entre os mesmos, nos traz reflexões acerca das diversas problemáticas históricas que carregamos nessas políticas de reprodução e como podemos trazer nossa atenção e cuidado no manejo das mudanças necessárias.
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Pamela 05/12/2023

Para além do conceito de "romantização da maternidade"
Me inquieta o conceito da "romantização da maternidade".
Que romantização é essa que basta olharmos por 15 minutos com mais cuidado para as mulheres ao nosso redor e percebemos que todas elas estão exaustas?
Desde sempre.
Avós, mães, tias.
Acho que a Vera traz luz sobre isso para além dos textos do Instagram que falam sobre a grande sobrecarga do cuidado (que é real).
De onde vem essa sobrecarga? Quais são os agentes responsáveis por essa sobrecarga e como chegamos até aqui? Como podemos criar uma sociedade na qual o cuidado não seja apenas responsabilidade da genitora?
Como recriamos uma sociedade na qual escolher a maternidade não signifique abdicar dos desejos e do ser individual?
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