Saga de Njáll

Saga de Njáll Desconhecido




Resenhas - Saga de Njáll


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Lari 03/06/2024

Interessante
Interessante mas achei a leitura um tanto rasa, não sei se pela época em que foi escrita, talvez, mas fica faltando um algo mais.
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luan.willian00 02/06/2024

Um retrato da Islândia medieval
A saga de Njall é uma obra islandesa do século XIII e que narra fatos ocorridos entre 960 e 1020 na Islândia medieval, período esse marcado por forte presença da cultura vikikng e marcar o período da cristianização da Islândia.
Apesar de já saber sobre o destino de Njall, morto em um incêndio junto a sua família, uma vez que a obra em outras edições vem como saga de Njall, o queimado, a história não se prende a apenas o personagem que da nome a obra.
Sobre a narrativa, como falado anteriormente ela não se prende a Njall, sendo ela iniciada em um período antes da introdução dele na trama e terminada posteriormente a sua morte.
A obra contem inúmeros conflitos e mortes, temos ciclos de vingança e retaliação, as assembleias que se assemelhavam um pouco aos nosso julgamentos tenta dar um freio a essa violência toda, porém em vários momentos ela acabou contribuindo para alimentar esses ciclos e gerando mais e mais e mortes, retratando assim um período em que a justiça era feita através de espadas e demais armas.
Em relação aos personagens são muitos, alguns com pouco destaque, introduzidos na saga apenas para morrerem posteriormente. Se os personagens são muitos a sua arvore genealógica é maior ainda, uma vez que pra apresentação de cada personagem é relevado sua origem, como aqui no interior que pra se apresentar pessoa se fala que ela é filha de fulano , neto de sicrano e bisneto beltrano.
Por gostar desse ar medieval e com batalhas cavalheirescas gostei bastante da obra, porém alguns pontos com as narrativas das assembleias que partiam para o lado mais jurídico quebraram um pouco do ritmo, os nomes dos personagens e a quantidade também foram um coisa que não gostei, pois em certos momentos por serem muitos e semelhante causavam uma certa confusão
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Gisele 23/05/2024

Uma saga nórdica
Para quem é fã de séries ou filmes no estilo de Vikings, a Saga de Njall é uma excelente indicação de leitura. Trata-se de uma série nórdica que tem como espaço territorial a Islândia.

A narrativa é sucinta e sempre vai direto ao ponto, muito interessante neste aspecto. Para um clássico, é de fácil compreensão. A escrita é objetiva e de fácil entendimento, o difícil desta leitura é tentar compreender a pronúncia de palavras nórdicas.

Alguns pontos importantes: há muita matança, como já era de se esperar, pelo menos para quem já assistiu Vikings. Mortes por vingança ocorrem do início ao fim da história e algumas são até injustificadas, como é o caso do filho adotivo de Njall; Durante o desenrolar dos fatos, há a transição do paganismo para o cristianismo na Islândia; e por último, como advogada, o que me chamou a atenção foi a forma de resolução de conflitos. Esses inúmeros assassinatos eram levados a julgamento mas eram passíveis de composição pecuniária, não há menção de pena privativa de liberdade neste período histórico na Islândia.


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Alessandro117 06/05/2024

Que livro ruim
Sinto muito a quem gostou, mas definitivamente é o pior livro que já li na minha vida! Nem acredito que gasteu dinheiro com ele.

Vários nomes repetidos e sem sentido para a trama, além de muito complicados para leitores brasileiros, o que na realidade não chega a ser um problema.

O nome do livro é a Saga de Njáll, mas o Njáll é um personagem terciário que dê pouca importância tem na realidade.

Agora a pior parte e a mais torturante que me fizeram quase desistir nas últimas 100 páginas é o fluxo narrativo que se resumo: alguém comete um homicídio sem motivo nenhum, aí vão a assembleia para pedir dinheiro, aí tem uma vingança, e de novo assembleia. No final esse negócio de assembleia fica simplesmente insuportável!

Fora a parte da cristalização da Islandia que é na base da trapaça e da imposição, também não esperava menos né?
Em suma, um péssimo livro!
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Domi 14/04/2024

Na era dos vikings
Esse foi um livro diferente de todos que já li. Primeiramente por me introduzir na história da Islândia (da qual eu nada sabia), pelos numerosos nomes com uma grafia completamente diferente das que estamos habituados, e pelo modo em que foi escrito - dado que o livro é todo baseado nas histórias contadas em forma de oratória e que assim foram passadas por quase dois séculos até serem compiladas e passadas para o papel.

Apesar das dificuldades com os nomes e vários personagens, a leitura fluiu bem e me aventurei pelas terras recém colonizadas, de certa forma bem organizadas e com os
primórdios de um direito com seus jurisprudentes (detentores dos conhecimentos das leis que não eram escritas) muito embora muitas disputas legais terminassem a base de espadas e muito sangue derramado.
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Erich 12/04/2024

Um épico
Li a edição do Clube de Literatura Clássica (do mesmo tradutor). A saga é maravilhosa (apesar de ser fácil se perder um pouco com os nomes). Apesar do tradutor avisar na introdução ao livro que poderia ser uma leitura um pouco complicada, senti durante a leitura que já vi algo similar a isso antes: J. R. R. Tolkien. Acredito que todo aquele que gosta do Silmarillion, principalmente da tradução mais fiel ao estilo do Tolkien feita pelo Reinaldo José Lopes, irão também gostar desta obra.

A saga de Njáll é uma obra sem autor definido e que não se preocupa com "spoiler" (coisa que encontramos em alguns textos antigos, que já anunciam de início fatos que ocorrerão depois). Não se prenda também a "Njáll" pois a saga não consiste em acompanhar a história deste personagem (que na minha versão só aparece na página 121), mas sim acompanhar histórias de antes e depois da vida dele.

(Detalhe importante, no que escrevo abaixo vou usar letras normais. Assim, o caracter "þ" usarei como "th" mesmo, e os caracter especial ð, "edh", utilizarei "d" mesmo)

De certo modo existem alguns pontos cruciais que vão norteando a obra (e não necessariamente capitei todos nesta leitura)

Quando escrevi minha resenha no goodreads comecei falando da intrigas, mas vou deixar aqui pro fim pois tem alguns spoilers.

Vou comentar sobre alguns outros aspectos: a presença da religião, a sociedade islandesa e o tom de épico presente.

- O épico. Vemos ao longo da obra vários momentos onde temos um grande personagem/heroi com ações e força que parecem sobre humanas. Temos descrições fantasticas, como mover-se em tal velocidade que o inimigo mal enxerga seus movimentos. Acredito que essas descrições atingem seu ápice com Gunnar Hámundarson e suas batalhas. Ele sempre se mostra capaz de, sozinho, sobrepujar uma grande quantidade de adversários. Não temos isto somente com ele, Thorgeirr Skorargeirr (página 293) também é descrito como extremamente poderoso na família de Njáll.

- Sociedade islandesa. O que mais me chamou atenção aqui foi a maneira como eles resolvem "dívidas de sangue", os assasinatos entre famílias. Não existe de fato um julgamento de certo/errado ou uma busca por justiça no sentido mais moderno onde praticar assassinato é um ato condenável. Temos na verdade uma constante disputa legal a respeito das coisas, onde as mortes são compensadas com acordos financeiros. E vemos, com a evolução da obra, uma complexificação dos casos. O julgamento ao fim da obra, por exemplo, se torna uam gigantesca disputa legal. Onde o que estava em jogo não era a verdade mas sim a forma como a acusação e de defesa seriam apresentadas. A forma se mostra superior à realidade. Pontuo aqui que mesmo com a mudança de religião a organização social não parece ter mudado nada. Como se o impacto do cristianismo fosse mínimo.

- Religião. Começamos com uma sociedade politeista que tinha os deuses nórdicos como referência e que inclusive utiliza citações referentes a esta mitologia em experiencias e contatos diários. Chegamos a um momento em que o cristianismo chega à Islândia (e não foi uma chegada pacífica, naturalmente) e vemos a troca da mitologia nórdica pela mitologia cristã, a troca da referência aos deuses pela referência a um deus. Um ponto importante é que apesar da obra ter sido escrito em uma Islândia cristã (pois foi a chegada destes que levou a escrita de fato àquela civilização) e inclusive fazer a afirmativa explicita (na voz de Njáll) de que esta nova religião seria algo bom, ao mesmo tempo a obra coloca elementos onde vemos certa podridão da nova religião.
- - Vemos o uso de artificios enganadores sendo utilizados para convencer as pessoas de que a nova religião é verdadeira e a velha religião falsa. Como a aposta da fogueira.
- - Vemos o uso da força para convencer, de modo que muitas vezes era "conversão ou morte" para muitas pessoas.
- - Vemos a falta de honra dos seguidores da nova religião quando a impõem por força de lei na assembleia, ao invés de procurar uma escolha mais justa.
- - E, se quisermos forçar um pouco, vamos notar que antes da chegada da nova religião a honra e a busca por conciliação eram elementos mais latentes e presentes. Depois da chegada do cristianismo isso parece mudar, e a deshonra e a busca por vingança se tornam mais presentes nas relações.

Agora voltemos às intrigas...

1 - A profecia a respeito de Hallgerdr, filha de Höskuldr, proferida por seu tio na página 84.

É bastante bela essa menina, e muitos ainda hão de pagar por ela; mas isto eu não sei: de onde surgiram olhos de ladra em nossa família

.
A jovem Hallgerdr é herdeira sanguínea de Ragnar Lodbrok e seu gênio forte realmente causa problemas. Primeiro, vemos várias dívidas de sangue ("muitos hão de pagar por ela") e depois temos um pesado conflito que tem como origem suas ações ("de onde surgiram olhos de ladra").

Seguem spoilers sobre este tópico. [SPOILERS A PARTIR DAQUI]
- Hallgerdr casa com Thorvaldr filho de Osvifr, morto por Thjóstólfr e compensado com 200 onças de prata
- Hallgerdr casa com Glúmr filho de Óleifr que é morto (também) por Thjóstólfr (desta vez morto por Hrútr) e é compensado com presentes. Com ele nasce Thorgerdr que se casará com Thráinn, tio de Gunnar.
- Hallgerdr casa com Gunnar Hámundarson de Hlídarendi e com ele tem vários filhos. Dentro deste casamento surgem duas grandes intrigar prepertradas por Hallgerdr.
- Primeira intriga: contra a família de Njáll. Começa com Svatr cortando lenha em Raudaskridur (uma floresta compartilhada por Njáll e Gunnar), isto desagrada Hallgerdr.
- - Kolr mata Svatr, compensado com 12 onças de prata
- - Atli mata Kolr, mesmas 12 onças
- - Brynjólfr mata Atli, 100 onças de prata
- - Thórdr mata Brynjólfr, mesmas 100 onças
- - Sigmundr mata Thórdr, 200 onças de prata. Porém Thórdr era pai de criação dos filhos de Njáll.
- - Skarphedin Njállson mata Sigmundr, Grímr e Helgi matam Skjöldr. E se "encerra" a primeira grande intriga.
- Segunda intriga: contra Otkell. Começa com Otkell, seguindo o conselho do mentiroso Skammkell, recusando auxiliar Gunnar em momento de necessidade. Isto irrita Hallgerdr e ela faz Mellkolfr (antigo criado de Otkell) roubar do antigo mestre mantimentos e levar para ela. As tentativas de conciliação não deram certo e o os problemas entre Gunnar e a gente da região de Otkell simplesmente vão escalando cada vez mais. Culminando com o exílio da família e a morte de Gunnar. Esta grande intriga é também o que coloca Gizurr, o branco, Geirr Godi e Mördr Valgardsson na obra. Os três como inimigos de Gunnar neste primeiro momento e futuramente como aliados do povo de Njáll.
- Os ressentimentos entre a gente de Gunnar e a gente de Njáll são depois reacendidos, de certo modo sendo presentes nos eventos que levarão à morte de Hölkuldr Thrainsson/Hvitanessgodi e depois ao incêndio de Njáll.

[FIM DOS SPOILERS]

2 - Um segundo ponto que parece dar uma flexionada na obra é a presença de um pequeno personagem: Hrappr o matador. A introdução dele na obra leva a um desentendimento entre os filhos de Njáll e Thráinn Sigfússon (página 214). Que depois alimenta o problema entre os filhos de Njáll e Höskuldr Thrainsson/Hvitanessgodi e sua gente (aqui surge Flosi Thrórdarson, irmão do sogro de Hölkuldr Hvitanessgodi).

Todas as intrigas na obra, as pequenas e as grandes, parecem interligadas em um mesmo fio condutor. Ocorrendo apenas algumns eventos que conseguem interromper por um momento a escalada de conflitos ou que realizam um desvio de modo a atingir outras pessoas.

Por fim, uma pequena crítica ao livro/tradução: senti falta de uma genealogia ao fim. Mesmo que não para todos os personagens, ao menos para os mais importantes. E, junto com isso, seriam muito bom ter organizado a página em que cara personagem primeiro aparece na obra. Por exemplo, me perdi um pouco com Thorgeirr Skorargeirr, que vejo aparecer na pagina 293. Mas será que ele já tinha sido citado antes?
Venetillo 10/05/2024minha estante
Comecei a ler hoje, e creio que os que não gostaram quiseram ler esse livro de forma fluída como uma outra qualquer. E ele precisa de pausas, e pesquisas pra vc assimilar o conteúdo. Parabéns pela resenha.




KelenDZ 02/04/2024

Estava em alta expectativa com este livro, e não foi o que eu esperava.
A história inteira é virada em mortes e vinganças e pagamentos pelas mortes.
Os nomes repetidos e descendências é complexo acompanhar.
Achei que teria mais sobre os costumes da época, o início do cristianismo e afins.
Após o incêndio, a história fica muito chata.
A parte que ainda gostei mais foi sobre a história de Gunnarr.
Litchluz 15/04/2024minha estante
Recomendo ler a saga de gunnlaugr antes


KelenDZ 15/04/2024minha estante
Eu li ela antes ?




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